Porque os macumbeiros usam roupa branca?

Perguntado por: osilveira . Última atualização: 21 de janeiro de 2023
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No Candomblé o uso da cor branca além de representar a pureza e resguardar os Omo Òrìsá (filhos dos Orixás) de coisas ruins, é também usada em sinal de respeito à importância hierárquica de Òsàlá.

O branco ajuda no trabalho mediúnico
De acordo com a crença umbandista, o branco contribui terapeuticamente com o trabalho do médium, pois ajuda a concentrar, atrai bons fluidos e ainda homenageia Oxalá, regente da fé, do sentido religioso e pai da criação do mundo.

“Vestir o santo” é como no candomblé se diz quando uma pessoa se inicia e pode receber em seu corpo a manifestação da energia imaterial do orixá e, nessa condição de transe, vestir-se com a roupa e insígnias que caracterizam a identidade mítica do seu orixá.

A cor branca também simboliza a virtude e o amor a Deus. É uma cor que sugere libertação, que ilumina o lado espiritual e restabelece o equilíbrio interior.

A Umbanda é marcada pelo forte sincretismo entre catolicismo, espiritismo e religiões afrobrasileiras. Candomblé é uma religião afrobrasileira, que foi trazida pelos africanos escravizados. Umbanda é uma religião brasileira que mescla elementos do catolicismo, espiritismo, e religiões afro-brasileiras.

“No candomblé, o uso da cor branca além de representar a pureza e resguardar os Omo Òrìsá [filhos dos orixás] de coisas ruins, é também usada em sinal de respeito à importância hierárquica do pai do branco.

Sem associações negativas, o branco também sugere sentimentos de modéstia, calma, inocência, harmonia e estabilidade. É percebida pelos olhos como uma cor que traz brilho, portanto também denota limpeza, clareza, fé e positividade. Nas roupas o branco usado como base para outras cores traz harmonia.

A assessoria de comunicação da influencer explica à Marie Claire que, dentro do candomblé, raspar a cabeça é uma grande prova do seu amor e devoção ao espírito, é o desprendimento da vaidade, em nome da fé.

Exu Lálú é o justo mensageiro de Bàbá Òsàfuru (Oxalá, que além de usar um cajado especial, tem o poder do sono físico). Lálú também tem ligação com Ògún, Odé e Sàngó. Usa o "ponpo òpin" (lança pontiaguda). Evocação: "Alabó aso funfun!" (Guardião de roupa branca!).

Quanto ao uso de cores, não há unanimidade nos Terreiros. Há Casas que pedem para que os umbandistas evitem usar preto e até vermelho em dias de Giras de Direita, reservando estas cores apenas para as Giras de Esquerda. Mas isso varia de Terreiro para Terreiro. Na dúvida, consulte sempre seu Pai ou Mãe de Santo.

Em respeito a energia de grande força de Exu, costuma-se pedir licença antes de adentrar aos espaços destinados à eles. Deste modo, antes de entrar no Reino, deve-se bater 3 palmas para “avisar” que estão entrando e saudá-los com a expressão “Larouiê Exu!” que significa “Salve Exu ou Acorde Exu”.

Segundo Thauane o fio de contas, um colar usado pelos praticantes do candomblé, serve como proteção e também para identificar aquilo em que a pessoa acredita, pois cada cor possui um significado.

No livro de Eclesiastes 9:8 encontramos “Em todo o tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte óleo sobre a tua cabeça.” Vestes limpas, brancas sem manchas, sem pecado.

A cor negra é pertencente ao orixá Ikú ( a morte ), e usar preto no culto do Candomblé é a reverencia a Ikú e ao intimo culto das Yá - mi, podendo atrair essas manifestações para o tal, ocorrendo fatalidades e desavenças se não bem trabalhada, por isso o Luto dentro do Candomblé não é o Preto, e sim, O Branco.

A cor lilás ou violeta, principalmente, são cores do divino, da fé católica e da espiritualidade.

No Tabernáculo de Moisés as cores predominantes, além dos metais preciosos, eram: branco, azul, púrpura (roxo) e escarlate (vermelho). Essas cores estavam presentes tanto nas cortinas, tecidas e bordadas com essas quatro cores, quanto nas vestes dos sacerdotes (ÊXODO 26:31-37, 28).

Amostra data da época dos reis Davi e Salomão, cerca de 1000 a.C. Naquele tempo, o pigmento púrpura era símbolo de alto status social, pois fabricá-lo era muito trabalhoso.

Pomba gira é uma entidade espiritual da Umbanda e do Candomblé, considerada um Exu feminino e a mensageira entre o mundo dos orixás e a Terra.

Umbanda: Bater cabeça, firmar ponto, abrir e fechar a gira ainda são expressões por vezes proibidas.

Existem mais de 400 orixás na mitologia iorubá, mas alguns deles se tornaram mais famosos no Brasil, como é o caso de Exú, Oxalá, Ogum, Oxóssi, Iemanjá, Xangô e Iansã.