Porque ocorre pouca chuva no Nordeste?

Perguntado por: oguedes . Última atualização: 22 de fevereiro de 2023
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Fatores atmosféricos O Nordeste é uma área de alta pressão - com correntes de ar que transferem o calor para latitudes maiores -, situação que favorece a estabilidade do tempo e a ausência de chuvas.

Entre os principais sistemas meteorológicos que atuam sobre o Nordeste brasileiro, durante o verão, está a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), responsável pela maior parte da chuva anual na região.

Uma das causas da falta de chuvas nas Regiões Sul e Sudeste entre 2020 e 2021 é a ocorrência do La Niña. Este é um fenômeno natural e periódico que ocorre devido a mudanças de temperatura das águas no Oceano Pacífico, o que leva a uma mudança nas temperaturas e nas chuvas que ocorrem no mundo todo.

O principal causador das chuvas é a Zona de Convergência do Atlântico Sul, descrita como um sistema meteorológico tradicional no Brasil em que se forma um "corredor" de umidade que vai desde a Amazônia, no Norte, até o Sudeste do Brasil, em direção ao Oceano Atlântico Sul.

Um dos principais problemas do Nordeste é a desigualdade socioeconômica, motivada pela distribuição de renda desigual. Outros agravantes são as altas taxas de mortalidade infantil e o reduzido serviço de saneamento ambiental.

De acordo com especialistas, três fenômenos explicam a falta de chuvas no Brasil: O desmatamento da Amazônia; O aquecimento global causado por queima de combustíveis fósseis; O fenômeno natural La Niña.

Um dos grandes obstáculos ao desenvolvimento da região Nordeste seria a constante associação entre seca e pobreza. A pobreza, segundo o pesquisador, vem de atividades não apropriadas ao clima local e que vêm sendo praticadas ao longo dos anos na região.

Para o debate e melhorias, apresenta-se resumida coletânea de soluções já existentes: acesso à terra e à tecnologia ao pequeno produtor; construção de açudes, cisternas e barragens; poços artesianos; abertura de poços tubulares; implementação da agricultura irrigada; investimento em "chuva sólida"; implementação de ...

O índice pluviométrico varia entre 1.000 e 1.750 milímetros. É predominante em grande parte do Maranhão, do Piauí, do Ceará e da Bahia.

O Ceará ocupa a posição de estado mais seco do Nordeste brasileiro atualmente. Dos 184 municípios cearenses, 148 enfrentam seca ou estiagem, correspondendo a 80% do total.

Regra geral, as causas das secas enquadram-se nas anomalias da circulação geral da atmosfera. As flutuações do clima numa escala local ou regional geram condições meteorológicas desfavoráveis que resultam em situações de nula ou fraca pluviosidade durante períodos mais ou menos prolongados.

O Clima da Região Nordeste possui essa predominância porque a região fica localizada na zona intertropical da Terra, área próxima à linha do Equador. Nesses locais, os raios de sol incidem com grande intensidade sobre a superfície, por isso a temperatura da Região Nordeste fica elevada praticamente durante todo o ano.

Semiárido brasileiro

Atualmente, a região central do Semiárido brasileiro concentra as áreas mais secas da região. É o caso de grande parte da Bahia, extremo oeste de Pernambuco, além da área central e sul do Piauí. No sul do Maranhão e norte de Minas Gerais, há registro de estiagem moderada.

A proximidade dos oceanos também acaba interferindo na quantidade de precipitações, fazendo com que as regiões litorâneas tenham taxas de precipitação maiores que as regiões interiores dos continentes, devido à grande evaporação e condensação.

O ar relativamente mais frio e úmido (de sudeste e leste) vem do litoral, ganha forte movimento ascendente na Serra do Mar e segue convergindo com a acentuada rugosidade das cidades, causando fortes pancadas de chuva no período da tarde quando o aquecimento diurno é maior", explica.

A meteorologista da Climatempo Maria Clara Sassaki explica que as precipitações em Santa Catarina e Paraná acontecem por causa do vórtice ciclônico de altos níveis (VCAN). O VCAN é uma área de baixa pressão que favorece e tem poder de formar chuvas volumosas.

1877 - 1879:

1877 - 1879: seca que atingiu todo o Nordeste, mas especialmente o Ceará, e causou a morte de 500 mil pessoas. O fenômeno também gerou uma grande migração: 120 mil nordestinos fugiram para a Amazônia e 68 mil partiram para outros estados brasileiros.

A Seca do Nordeste é característica de uma região conhecida como o “Polígono das Secas”. Ficou assim reconhecida através da Lei 175/36 pelo fato de nela haver crises recorrentes de seca que resultam em calamidades. Na altura em que a lei foi aprovada, o Maranhão era o único estado do Nordeste que não fazia parte dele.

Em 2020, o projeto encontra-se quase totalmente finalizado. A seca que atingiu o Nordeste no começo de 2012 foi a pior dos últimos 30 anos. A região mais afetada foi o semiárido nordestino, principalmente do estado da Bahia. Neste estado, cerca de 230 municípios foram atingidos.