Porque o remédio não dissolve no estômago?

Perguntado por: aespinosa . Última atualização: 19 de maio de 2023
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Em cápsulas, comprimidos, gotas ou xarope, os medicamento tomados pela boca tem um duro caminho até atingirem seus alvos. O estômago é muito ácido (pH entre 1 e 2) e essa acidez pode ser muito prejudicial a alguns medicamentos, destruindo-o antes que ele consiga seguir adiante no organismo.

Como funcionam os remédios de uso oral? No caso das cápsulas e pílulas ingeridas pela boca, a primeira parada do princípio ativo é no estômago, após passar pela faringe e esôfago, chegando ao intestino, de onde os vasos sanguíneos absorverão os princípios ativos do medicamento.

Quando um medicamento é ingerido, ele vai para o estômago e se não tiver uma cápsula protetora para conter as enzimas, parte do princípio ativo do remédio já será absorvida no estômago, entrando na corrente sanguínea.

Via endovenosa: a administração ocorre diretamente na corrente sanguínea, promovendo rápida absorção.

Os medicamentos passam pela garganta, descem pelo esôfago e chegam ao estômago. Lá, o ácido clorídrico quebra o comprimido em pedaços menores. As drágeas e cápsulas são resguardadas por películas, e isso impede que elas sejam destruídas nessa fase.

Se o comprimido não liberar o medicamento com rapidez suficiente, grande parte dele pode ser eliminada nas fezes sem ter sido absorvida e os níveis sanguíneos podem ficar muito baixos.

Na maioria dos casos, 30 minuto são suficientes para que o medicamento seja absorvido, principalmente se ele tiver sido tomado com o estômago vazio.

A maioria dos medicamentos, especialmente os medicamentos hidrossolúveis e seus metabólitos, é eliminada principalmente pelos rins na urina.

Por essas razões, a maioria dos fármacos é absorvida, principalmente, no intestino delgado, e os ácidos, apesar da capacidade de atravessar membranas prontamente por serem fármacos não ionizados, são absorvidos mais rapidamente no intestino do que no estômago [para revisão, ver (1.

Alguns fatores influenciam a absorção, tais como: características físico- quimicas da droga, veículo utilizado na formulação, perfusão sangüínea no local de absorção, área de absorção à qual o fármaco é exposto, via de administração, forma farmacêutica, entre outros.

Essa sensação de que parece que engolimos um comprimido que não desceu é chamada de globus faríngeo. Existem diversas causas para ela. A mais comum é por doença do refluxo. Mas também pode ocorrer no câncer de tireoide.

Não. Existem alguns medicamentos que devem ser ingeridos preferencialmente após as refeições, pois em jejum podem causar irritações no estômago, como por exemplo, os anti-inflamatórios.

Sobre o tempo de ação do líquido e da pílula, é verdade que o medicamento líquido produz o efeito mais rápido se comparado à versão sólida, pelo simples fato de que o comprimido precisa ser dissolvido pelo organismo para iniciar seu efeito terapêutico, enquanto o líquido não precisa passar por este processo.

Um dos principais erros é triturar comprimidos ou abrir cápsulas para facilitar a deglutição. Uma cápsula pode ser desenvolvida para não se degradar no estômago - se retirarmos o seu conteúdo, ela pode perder o efeito.

Pare de esmagar o comprimido antes de tomar
Embora esmagar o comprimido para que fique mais fácil de engolir seja uma prática comum, o CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo) alerta que dividir, triturar ou dissolver medicamentos pode comprometer, sim, sua eficácia, principalmente os revestidos.

Probióticos podem ajudar a restaurar o equilíbrio da microbiota intestinal. Incorporar um probiótico à sua rotina durante o tratamento com antibióticos pode ajudar a manter ou, se necessário, restaurar o equilíbrio da flora intestinal.

Na via subcutânea, os medicamentos são administrados debaixo da pele, no tecido subcutâneo. Nessa via, a absorção é lenta.

Assim, por definição, um medicamento administrado por via intravascular é 100% biodisponível, isto é, toda dose do fármaco administrada diretamente na corrente sanguínea e está disponível para interagir com os receptores e desencadear o efeito farmacológico (ASHFORD, 2005a).