Porque o Paquistão tem arma nuclear?

Perguntado por: asantana . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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As relações desconfortáveis com a Índia, Afeganistão, a antiga União Soviética, e a escassez de energia explica sua política nuclear para se tornar uma potência nuclear como parte da sua estratégia de defesa.

Com 5.977 ogivas, os russos lideram o ranking como o país com maior quantidade de armamento nuclear. Na sequência, os Estados Unidos aparecem com 5.428, seguido pela China com 350. Completam a lista França (290), Reino Unido (250), Paquistão (165), Índia (16), Israel (90) e Coreia do Norte (20).

A Índia perdeu território para a China em uma breve guerra fronteiriça do Himilayan em outubro de 1962, desde que o impulso do governo de Nova Deli para o desenvolvimento de armas nucleares como forma de dissuasão potencial agressão chinesa.

O Exército do Paquistão é uma força voluntária de combate profissional, e tem um efetivo de 700.000 militares ativos. A Constituição do Paquistão contém uma cláusula para a conscrição, mas ela nunca foi imposta.

Sob ditaduras militares, Brasil e Argentina resistiram a acordo que proibiu o desenvolvimento de armas nucleares na América Latina e Caribe. Durante a segunda metade do século 20, a humanidade viveu com medo de um possível holocausto nuclear. Era uma espécie de pesadelo apocalíptico.

O Brasil é um dos vários países que se recusam a possuir armas nucleares, sob os termos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, mas possuem muitas das principais tecnologias necessárias para produzir esse tipo de arma.

Tsar Bomb

Tsar Bomb. Agora a pior de todas, a bomba mais poderosa e temida do mundo. Ela era termonuclear - RDS 220 ou AN602 -e foi testada pela União Soviética em 1961. Sua força equivalia a 3,8 mil bombas de Hiroshima.

Frente a este arsenal, o Paquistão pode contar com 380 tanques T-80 ultramodernos e centenas de outro tipo de tanque mais antigo. A Força Aérea indiana conta com 1.200 aparelhos, dos quais 132 helicópteros equipados com artilharia.

Depois de 73 anos da bomba de Hiroshima, um estudo científico publicado na revista internacional Nature Food sustentou que Argentina e Austrália são os melhores países para sobreviver a uma guerra nuclear.

Guerra Fria e além. Como parte das negociações de adesão da Alemanha Ocidental à União da Europa Ocidental nas Conferências de Londres e Paris, o país foi proibido (pelo Protocolo n º III do revisado Tratado de Bruxelas de 23 de outubro de 1954) de possuir armas nucleares, biológicas ou químicas.

Sarmat

"O Sarmat é o míssil mais poderoso com a maior distância do mundo para atingir alvos, o que aumentará significativamente o poder de combate das forças nucleares estratégicas do nosso país", disse o Ministério de Defesa da Rússia.

"Se o governo tentar construir armas nucleares estará desrespeitando a Constituição e terá problemas internos por não respeitar a carta magna. E também sofrerá sanções e embargos externos, pois assinou o TNP", conta Assis Cripa.

Conforme o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), os países que explodiram a bomba atômica antes de 1° de janeiro de 1967 têm o direito de possuírem esse tipo de armamento. Representados por: Estados Unidos, Rússia (sucessor da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), China, Reino Unido e França.

Os Estados Unidos desenvolveram as primeiras armas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial em cooperação com o Reino Unido e o Canadá como parte do Projeto Manhattan, com medo de que a Alemanha Nazista as desenvolvesse primeiro (ver: Projeto de energia nuclear alemão).

A Guerra no Waziristão, também conhecida como Guerra no Noroeste do Paquistão, é um conflito armado entre o exército paquistanês e militantes islâmicos das tribos locais, os Talibãs, e extremistas estrangeiros, em regiões do Paquistão próximas à fronteira com o Afeganistão.

A Força Aérea tem cerca de 65.000 militares ativos, com cerca de 10.000 reservistas. O Chefe do Estado Maior Aéreo detém as competências operacionais e administrativas.

Em 2018, Imran Khan ganhou as eleições gerais tornando-se o 22º Primeiro Ministro do Paquistão.

No Brasil, segundo o assistente para Governança do Setor Nuclear, do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Grand Court, o urânio é utilizado, basicamente, para a produção de energia, dentro de usinas nucleares, e para a propulsão nuclear de submarinos. Ele destacou a importância da retomada do urânio para o país.

A explosão de armas nucleares potentes em grande quantidade seria capaz de jogar um alto volume de poeira, fuligem e partículas na atmosfera. Isso bloquearia a luz do sol por uma quantidade de tempo suficiente para que algumas plantas morram.

Hoje o preço é de US$ 20/kg.

A força da Bomba Tsar, de aproximadamente 50 megatons, equivale a 50 milhões de toneladas de dinamite, ou a 3.300 bombas de Hiroshima (cuja detonação completou 70 anos no mês passado).