Porque o Norte e Nordeste são mais pobres?

Perguntado por: iribeiro . Última atualização: 19 de maio de 2023
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A pobreza no Brasil é derivada da má distribuição de renda e suas origens remontam ao período colonial. Atualmente o Nordeste concentra os maiores índices de pobreza do país. A falta de acesso a serviços básicos, como saneamento, é um dos fatores definidores de pobreza.

Os estados do norte e nordeste têm os maiores índices de pobreza, e Maranhão, Piauí e Alagoas são aqueles que possuem a maior proporção de pobres. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social definiu que a linha de pobreza no Brasil é quem vive com uma renda de até 140 reais por mês.

Pobreza nos estados
Das 27 Unidades da Federação (UFs) brasileiras, nove delas têm a maior parte da população composta por pessoas em situação de pobreza, a saber, Maranhão (58,9%), Amazonas (56,7%), Alagoas (56,2%), Paraíba (54,6%), Ceará (53,4%), Pernambuco (53,2%), Acre (52,9%), Bahia (51,6%) e Piauí (50,4%).

Um dos principais problemas do Nordeste é a desigualdade socioeconômica, motivada pela distribuição de renda desigual. Outros agravantes são as altas taxas de mortalidade infantil e o reduzido serviço de saneamento ambiental.

Segundo o estudo, cerca de 42% das receitas dos Estados da região Nordeste são provenientes de repasses da União – muito acima da média nacional de 23,7%. O Estado do Maranhão – maior dependente da região – tem 55,6% de sua receita composta por repasses do Governo Federal.

O estado com a menor incidência de pobreza extrema permanece em Santa Catarina com 2,1% da população, em 2020 a taxa era 1,9%. O Maranhão (21%), segue como a maior taxa entre os estados, antes 14% em 2020.

Em primeiro lugar, vem a cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, com uma renda média de R$ 8.897; Santana do Parnaíba e São Caetano do Sul, ambas na Grande São Paulo, tem renda média de R$ 5.791 e R$ 4.698; e por último, Niterói, no Rio de Janeiro, possuem uma renda de R$ 4.192.

No Brasil, Santa Rosa do Purus, no Acre, é o município menos desenvolvido com o índice de 0,2763. O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, melhor é o desenvolvimento da cidade.

A possível explicação para o aumento da desigualdade no Nordeste, segundo a pesquisadora, é o corte de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. “A única fonte de renda que teve queda foi a de outros rendimentos, que caiu 1,5% no país, e é onde estão os programas [de transferência de renda].

O aumento da desigualdade de renda foi o principal fator do aumento da pobreza, anulando os ganhos que poderiam ter resultado do pequeno crescimento da renda média de 2016 a 2019. Dessa forma, entre 2012 e 2021 o Brasil tornou-se mais pobre e desigual.

Norte de Minas

Norte de Minas: o Estado mais pobre do Nordeste.

São Gonçalo tem, de acordo com o Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea), o maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita (R$ 209 mil por habitante) e a maior arrecadação dos impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços (ISS) do país por habitante (R$ 15.617).

Santa Catarina

1. Santa Catarina. Santa Catarina é o estado mais seguro do país! Com uma média de 8,6 assassinatos violentos a cada 100 mil habitantes, o estado está bem abaixo da média nacional de 24,9.

O levantamento estatístico aponta que a região Nordeste concentra um valor proporcional a 47,9% da concentração da pobreza no Brasil. Em seguida, também com índice alto, vem a região Norte, com 26,1%. O Sudeste é a terceira região, com 17,8%.

Um dos fatores determinantes no surgimento dos estigmas ao povo nordestino se deve ao pensamento intolerante de parte da população do Sul/Sudeste do país, a qual teve um comportamento negativo em relação a estes, porém, foram sempre dóceis e amistosos com imigrantes estrangeiros, salvo casos de atritos isolados.