É melhor lucro real ou Lucro Presumido?

Perguntado por: oramos . Última atualização: 24 de maio de 2023
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Essas despesas incluem aluguel, depreciação de equipamentos, parcelas de financiamento, entre outros. Isso significa que, empresas que possuem um valor alto de despesas, podem ter mais vantagens ao optar pelo Lucro Real, enquanto aquelas com margens maiores devem optar pelo Lucro Presumido.

Entre as opções, o Lucro Real é o modelo mais justo e possibilita que um negócio receba créditos e incentivos fiscais, reduzindo suas despesas com impostos. Entretanto, por conta da complexidade, muitas organizações escolhem o regime do Lucro Presumido, mais simples de operar.

Quais empresas podem optar pelo Lucro Presumido? O Lucro Presumido também pode ser utilizado por qualquer empresa, desde que não ultrapassem R$ 78 milhões de faturamento anual. Além disso, o negócio também não pode estar na lista dos que devem, obrigatoriamente, aderir ao Lucro Real.

A opção pelo Lucro Real é vantajosa quando a empresa tem faturamento mas apresenta prejuízo, e quando o lucro efetivo (contábil) é inferior a 32% do faturamento no período de apuração.

O lucro real pode ser adotado por empresas de qualquer porte. Mas ficou mais conhecida como uma opção para grandes empresas, isso porque todas que faturam acima de R$ 78 milhões por ano são obrigadas a adotá-la.

O Lucro Real foi pensado para empresas de grande porte e é obrigatório para todas que faturam acima de R$ 78 milhões. Já no Lucro Presumido o Fisco utiliza as alíquotas de presunção para estimar quanto a empresa obteve de lucro. É a atividade econômica que vai determinar o valor da alíquota.

Uma das regras para se aderir ao Lucro Presumido é que a empresa tenha um faturamento máximo de até R$ 78 milhões ao ano. Caso ultrapasse esse limite dentro do ano-calendário não é preciso no primeiro momento mudar o regime tributário, pois a verificação é sempre referente ao ano anterior.

A desvantagem é que a parcela do Lucro Real que exceder o valor resultante da multiplicação de R$20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração, pode acarretar em um imposto adicional. Além disso, a empresa é obrigada, nesse regime, a fazer escrituração contábil (comercial e fiscal).

Para que a escolha do regime de tributação seja a mais adequada possível, é preciso fazer um diagnóstico tributário com base em projeções e/ou informações do ano corrente para simular quanto se pagaria de tributo em cada um dos regimes tributários que a empresa pode se enquadrar.

Para quem tem folha de pagamento alta, o Lucro Presumido tem ainda a desvantagem de pagar altos valores de INSS sobre a folha. E para os prestadores de serviços, a desvantagem é que, muitas vezes, as presunções feitas podem ser bastante diferentes da realidade. Nesses casos, a empresa paga mais impostos do que deveria.

Simples Nacional

Em geral, o Simples Nacional se mostra como o regime tributário mais vantajoso. Isso acontece porque ele simplifica o pagamento dos tributos.

Empresas que se enquadram no Lucro Presumido estão sujeitas a bases de cálculo variáveis de tributos, que dependerão da atividade que ela exerce. Estes percentuais vão de 1,6% do faturamento a 32%. Recomendamos também a leitura do artigo: “Planejamento tributário: o que é, sua importância e 7 dicas”.

O Lucro Real é o tributo é calculado sobre o lucro líquido da empresa durante o período a ser apurado. Assim, nessas situações, a empresa precisa verificar qual é o lucro auferido. E, com base no valor obtido, efetuar o cálculo dos tributos devidos a título de IRPJ e CSLL.

Lucro Real é a regra geral para a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica.