Porque o lixo nos oceanos pode matar os animais marinhos?

Perguntado por: iescobar2 . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Aparelhos digestivos recheados de plásticos têm menor capacidade de assimilação de nutrientes oriundos de alimentos verdadeiros. Isso reduz a probabilidade de os animais sobreviverem e pode, em longo prazo, causar o colapso de determinadas populações.

Com a morte dos seres que realizam fotossíntese, a água torna-se pobre em oxigênio e também em alimento. A consequência disso é a morte de peixes e de outros animais que participam dessa cadeia alimentar. As aves marinhas também são bastante afetadas pelos derramamentos de petróleo.

Aparelhos digestivos recheados de plásticos têm menor capacidade de assimilação de nutrientes oriundos de alimentos verdadeiros. Isso reduz a probabilidade de os animais sobreviverem e pode, em longo prazo, causar o colapso de determinadas populações.

Aos rasgar o lixo em busca de alimento, os bichinhos correm um grande risco. Além do lixo doméstico ter inúmeras bactérias, quase sempre há algo estragado, que leva a alguma intoxicação alimentar e até mesmo a morte dos animaizinhos.

A presença de lixo marinho pode provocar alterações/modificações na estrutura comunitária das espécies modificando o habitat original, introduzindo poluentes ou espécies novas e invasivas, alterando o nível de climax da comunidade.

Tópicos desse post: Estima-se que 100 mil animais marinhos morrem por ingestão de plástico todos os anos nos oceanos. No total, são mais de 1 milhão de animais infectados. Pesquisas da Universidade de Queensland, na Austrália, já constatou que mais da metade das tartarugas já ingeriram plástico.

De acordo com um relatório da ONG (Organização Não Governamental) Oceana, que estuda a quantidade de poluição nos oceanos em todo o mundo, 85% dos animais que ingeriram lixo nos mares são espécies em risco de extinção.

Cães, gatos, coelhos, mamíferos que, como os humanos, sofrem com os efeitos das partículas finas e óxido de azoto, a longo prazo podem sofrer ou terem agravadas doenças respiratórias. A poluição do ar também favorece a aparição de cânceres e tumores, além de causar a morte precoce.

Cerca de 80% do lixo despejado nas águas resulta de atividades realizadas em terra, vindo de indústrias ou da falta de saneamento básico, entre outros. O restante é proveniente da economia marítima, como a pesca e o transporte. Anualmente, cerca de 13 milhões de toneladas de lixo são despejadas no mar.

O acúmulo desse resíduo nos mares, costas e outros componentes do ecossistema marinho pode danificar suas funções. Estima-se que recifes de coral, trincheiras de mar profundo, ilhas remotas e pólos estão sendo todos afetados pelo volume de resíduo plástico presente no oceano.

Como resultado, todas as espécies marinhas, desde plâncton e moluscos até aves, tartarugas e mamíferos, enfrentam riscos de envenenamento, distúrbios comportamentais, fome e asfixia. Corais, mangues e ervas marinhas também são sufocados por detritos plásticos que os impedem de receber oxigênio e luz.

As águas residuais, o vento, a chuva e as inundações também levam o plástico terrestre até os oceanos, especialmente aqueles de um só uso — sacolas, canudinhos, cotonetes de algodão ou embalagens — que, ao serem mais leves, voam para a costa ou entram na rede fluvial até chegarem ao mar.

4 formas de colaborar com o fim da poluição nos oceanos

  1. Evite materiais descartáveis sempre que possível. ...
  2. Busque o descarte adequado para os materiais descartáveis. ...
  3. Conscientize e mobilize sua rede de contatos. ...
  4. Consuma de marcas comprometidas com a proteção da vida marinha.

Aí, todo esse material impróprio – o lixo! – pode passar a ser “comida” de tartarugas marinhas, peixes, golfinhos e pinguins. Hoje, nenhum oceano do mundo é considerado limpo. Até nas águas congeladas da Antártida, pesquisadores já encontraram plástico e outras sujeiras.

Produtos químicos de fábricas, lavouras e fazendas alteram o pH dos oceanos, colocando em risco a sobrevivência da flora e da fauna. A cada ano, 100.000 mamíferos marinhos e um milhão de aves aquáticas morrem por confundir resíduos plásticos com alimentos.

Além da poluição do ar, terra e água, a má gestão dos resíduos tem efeitos prejudiciais à saúde pública (devido à poluição ambiental e à possível transmissão de doenças infecciosas transportadas por vetores) e à degradação ambiental em geral, bem como aos impactos paisagísticos.

Lixo traz baratas, que é o prato predileto de escorpiões e aranhas, que por sua vez atraem as serpentes. “Se a população não depositasse lixo em lugar errado, a cidade, e principalmente quem vive nos bairros, estaria livre de diversas doenças e vários animais”, enfatiza.

A superexploração do ambiente marinho para a obtenção de alimentos e outros recursos o afetam de forma drástica. Por exemplo, o arrastamento do assoalho oceânico, que pode quebrar um coral que demora milhares de anos para se regenerar, contribui para o empobrecimento da fauna aquática.

De acordo com a Resolução ANVISA RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004, cadáveres de animais são classificados como resíduos comuns, equiparados aos resíduos domiciliares, portanto, podem também ser encaminhados para o aterro sanitário.

Outras causas. Outras duas ameaças que podem causar a destruição do habitat dos organismos marinhos, como corais, algas, manguezais e ervas marinhas, são a pesca com bombas e as atividades de mineração submarina.