Porque o fungo do queijo não faz mal?

Perguntado por: amonteiro . Última atualização: 19 de maio de 2023
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No caso dos queijos finos, como o citado Gorgonzola, o mofo é de propósito: os fungos (Penicillium roqueforti) são adicionados ao leite do queijo para que, ao se proliferarem pelo alimento, eles possam dar mais sabor ao produto. Esses fungos são selecionados e não fazem mal à saúde, então pode comer à vontade.

Por isso, podem ser consumidos desde que a parte contaminada seja removida. Ao remover a parte contaminada, retire alguns centímetros a mais em volta, mesmo que o queijo ainda pareça bom. Isso evita o consumo de toxinas ou de pequenos focos de mofo que ainda não se espalharam por completo.

Quando a borda do queijo está esbranquiçada significa que há nele mofo ou levedura. Para isso, basta lavá-la e enxugá-la. Não é recomendado comer a casca do queijo, por exemplo, a do parmesão. O queijo pode mudar de cor quando fica fora da geladeira, porque ao ser exposto ao oxigênio, ele oxida.

Penicillium

Os bolores do gênero Penicillium são os mais encontrados na superfície de queijos, sendo o P. commune o mais frequente. Os fungos filamentosos formam hifas, que em conjunto formam os micélios.

Detalhes. O engenheiro de alimentos Guilherme Rodrigues explica que a casca do queijo do reino é comestível, mas altera o paladar. No caso dos queijos com casca branca ou azul, não se deve eliminá-la, já que é ela que dá o gosto.

Além de serem importantes como decompositores, na indústria alimentícia e de bebidas, os fungos também são muito importantes na indústria farmacêutica, na produção de antibióticos como a penicilina, descoberta por Alexander Fleming no ano de 1929, que é amplamente empregada nos dias atuais.

A peça chave para evitar que apareça bolor ou melhor dizendo mofo no queijo, é colocando uma pequena quantidade de cubos de açúcar dentro de um saquinho plástico ou a embalagem original juntamente com o queijo, sempre tomando o cuidado para que não fique ar dentro do saquinho, e fechar muito bem.

Salmonella spp., Escherichia coli, Campylobacter spp., Listeria spp., Bacillus cereus, Brucella spp. e Staphylococcus aureus são alguns exemplos de microrganismos patogênicos associados a surtos de infecções e intoxicações alimentares nos quais produtos lácteos, em especial, os queijos, estão frequentemente envolvidos.

Os buraquinhos se tornam suspeitos quando estão muito próximos à superfície e são grandes e irregulares, sem formato característico. Normalmente, isso ocorre com queijos que não passam por processo de higiene adequado e fiscalização sanitária.

As temperaturas altas provocam a morte das células e em temperaturas superiores a 40° C poucos fungos se desenvolvem. No entanto, algumas espécies suportam perfeitamente temperaturas de 50° a 90° C.

Por ser sensível, o queijo está sujeito à contaminação por fungos, bactérias, ácaros ou até mesmo por insetos. Por isso, as chances de ele ressecar, rachar ou mofar são grandes. A melhor maneira de evitar esses contratempos é guardar na geladeira dentro de um pote ou coberto por um filme plástico.

Encontrou uma espécie de "pelúcia" ou pontinhos de mofo nas frutas? Não dá para simplesmente cortar o pedaço com mofo e aproveitar o resto. Especialistas consultados pelo g1 não recomendam comer nem a parte aparentemente saudável desses alimentos, pois alguns mofos podem produzir substâncias invisíveis que são nocivas.

Afinal, Podemos comer a casca do queijo ou não? comestíveis. Podemos comer as cascas de queijos de massa mole com mofo branco, como o queijo Brie ou Camembert; cascas de queijos de massa mole com casca lavada, como o Époisses de Bourgogne ou o Reblochon e dos queijos de massa semidura, como o Tomme de Savoie.

Neste queijo, assim como em todos os queijos azuis, no processo de maturação, são injetados fungos, que fazem com que tenha veias verde-azuladas e que lhe dão um sabor especial. Neste caso, injeta-se o Penicillium.