Porque o caranguejo tem que ser cozinhado vivo?

Perguntado por: ccardoso . Última atualização: 25 de maio de 2023
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Bactérias essas que se multiplicam rapidamente depois que o animal é morto e seu acúmulo pode liberar toxinas — e tanto as bactérias quanto as toxinas podem não ser eliminadas durante o preparo, como explica o Science Focus. Assim, a melhor maneira de manter o animal fresco e livre destes riscos é cozinhando-o vivo.

E é por uma questão sanitária. Lagostas e mariscos podem conter bactérias do gênero Vibrio, que se espalham rapidamente pelo corpo do bicho logo que ele morre – e as toxinas que elas liberam não desaparecem completamente com o cozimento.

Resistência. Os guaiamuns podem sobreviver, no máximo, por três dias fora da água, se o ambiente for úmido.

O consumo do caranguejo, assim como de vários outros frutos do mar, é extremamente benéfico à saúde do ser humano – exceção feita às pessoas que possuem alergia a algum animal específico, claro. Em linhas gerais, o consumo do caranguejo fornece uma rica fonte de vitaminas A, C e vitaminas do complexo B, incluindo B12.

Afinal, como comer caranguejo? Via de regra, recomenda-se comer caranguejo separando o corpo entre o casco e o abdômen. Feito isso, retire a parte mole e escura que fica em cima do abdômen. Após retirar, morda o abdômen, pois lá também tem carne.

Já as fezes são eliminadas pelo ânus que fica no último segmento do abdômen.

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Deixe cozinhar por 45 minutos.

Segundo Fabiana Borrego, nutricionista e sócia Fundadora da ChefNutri, esses micro-organismos podem desencadear algum tipo de intoxicação ou infecção alimentar: “Uma vez que a lagosta esteja morta, essas bactérias podem se multiplicar rapidamente e liberar toxinas que podem não ser destruídas pelo simples cozimento”.

“Esse raro fenômeno é ainda pouco conhecido no Brasil. Em outras espécies de lagostas que não existem no Brasil, mas em países do Atlântico Norte, a ocorrência da cor azul está associada a mutações nos genes responsáveis pela cor característica de cada lagosta”, explica o pesquisador.

Por conta de toda a complexidade envolvida no processo de armazenamento das lagostas, essas criaturas precisam ser mantidas em água com alimentos e oxigênio suficientes para viver e se manter saudáveis. Na prática, esse é um processo detalhado que dá muito trabalho e consequentemente também eleva os seus custos.

Siris, caranguejos e lagostas
Para congelar os crustáceos é importante lavá-los bem e escaldar em água fervente por 15 minutos, resfriando rapidamente após a retirada da panela.

01 – Caranguejos são decápodes: ou seja, têm 10 patas! 02 – Os caranguejos podem chegar a ter um total de 50 cm de tamanho. 03 – Todos os anos são consumidas, em média, 1.5 milhões de toneladas de caranguejo ao redor do mundo.

Os caranguejos são animais que se reproduzem rapidamente, apesar de ser necessário muitos cuidados durante essa fase, como a questão da salinidade da água. Uma fêmea pode colocar até 700 mil ovos ao mesmo tempo.

Só quem gosta de caranguejo de verdade sabe comer a cabeça sem desperdiçar nenhuma carne. Apesar de parecer difícil, essa parte pode ser bem rápida. Separe o corpo em casco e o abdômen e retire a parte mole e escura que fica em cima do abdômen e pode mordê-lo: lá também tem carne.

Os caranguejos possuem um sistema nervoso desenvolvido, com um cérebro composto por um agrupado de células neurais na porção anterior da cabeça. Este gânglio cerebral se conecta com os olhos e antenas do animal, captando sinais visuais e de movimentação nas correntes de água.

Caranguejo é uma excelente fonte de proteínas
Já é tradição na família almoçar na praia.