Porque o Brasil não ajudou a Argentina na Guerra das Malvinas?

Perguntado por: mramos . Última atualização: 7 de maio de 2023
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A invasão militar da Argentina nas Ilhas Malvinas, em abril de 1982, gerou grande tensão no cenário internacional. O Brasil, devido a sua tradição de política externa e interesses para com ambos os lados, optou, oficialmente, pela neutralidade a fim de tentar manter o bom relacionamento com ambos os países litigantes.

A Guerra das Malvinas (Falklands War ou Guerra de las Malvinas) foi um conflito que ocorreu em 1982 entre a Grã-Bretanha e Argentina. O intuito era conquistar a posse do arquipélago que está situado a 464 quilômetros da costa argentina.

Em 2 de abril de 1982, as forças argentinas desembarcaram nas ilhas, tomaram a capital, Puerto Argentino (Port Stanley para os britânicos), e derrotaram uma pequena guarnição britânica. Os Estados Unidos rapidamente mostraram seu apoio ao Reino Unido, seu aliado na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Além disso, os argentinos tinham grande desvantagem militar. A ousada ação argentina foi interpretada ainda como uma oportunidade para a expansão soviética na América do Sul. Seria possível dar um contragolpe dentro de uma ditadura que tinha apoio dos Estados Unidos.

O nome espanhol, Islas Malvinas, deriva do francês Îles Malouines - o nome dado para as ilhas pelo explorador francês Louis-Antoine de Bougainville em 1764. Bougainville, que fundou o primeiro assentamento humano das ilhas, nomeou a área em homenagem ao porto de Saint-Malo (o ponto de partida de seus navios e colonos).

O interesse britânico no território seria influenciado pelo interesse de controlar a passagem do Cabo Horn, que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico.

O documento inédito, ao qual o Estado teve acesso, narra dois encontros em maio de 1982 entre os então presidentes do Brasil, general João Baptista Figueiredo, e dos EUA, Ronald Reagan, além do secretário de Estado dos EUA, Alexander Haig.

* Provocou o desgaste dos militares argentinos, uma vez que o conflito armado lhes foi amplamente desfavorável e resultou no aumento da oposição e das manifestações contra o regime militar.

Quarenta anos após a tentativa de tomar o controle territorial das ilhas por meio de uma invasão que o tempo mostrou ser improvisada, a Argentina está mais uma vez refletindo sobre o que aconteceu, os erros e a marca indelével de um confronto que durou 10 semanas e deixou 649 militares argentinos mortos.

A disputa essencial do conflito era o Estreito de Beagle, um canal que liga o Atlântico ao Pacífico e separa a grande ilha da Terra do Fogo de outras pequenas ilhas ao sul.

Argentina e Reino Unido travaram uma guerra em 1982 pela soberania das Ilhas Malvinas. Após 74 dias de combates que deixaram 649 argentinos e 255 britânicos mortos, Londres recuperou o controle dos arquipélagos que ocupava desde 1833 no Atlântico Sul.

Consequências militares
A guerra das Malvinas também ilustrou a importância da superioridade aérea e do apoio internacional: Europa e Estados Unidos se colocaram ao lado da Grã-Bretanha na disputa enquanto que a América do Sul apoiou a Argentina com exceção do Chile.

No âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), o conflito da Ilha das Malvinas foi tratado tanto na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) quanto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).

2 de abril de 1982 – 14 de junho de 1982

Juan Díaz de Solís

Argentina é um país da América do Sul que sofreu com a colonização espanhola e conquistou sua independência em 1816. A região que hoje corresponde à Argentina era habitada por querandis, quíchuas, charruas e guaranis até a chegada dos conquistadores espanhóis em 1516, liderados por Juan Díaz de Solís.

Para os argentinos é quase como uma tradição fiel e muito amarga: o país vive atualmente uma nova crise em sua economia que, somada à dura situação política dentro da coalizão que governa desde 2019, está abalando a sociedade e aumentando as tensões.