Porque o bebê estranha o pai?

Perguntado por: dcoutinho3 . Última atualização: 15 de janeiro de 2023
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Para o pequeno, esse vínculo é vital, pois ele depende dessa adulta para a sua sobrevivência. Por esse motivo, é comum que ele geralmente se sinta ansioso ao se separar dela e que demonstre tendência a rejeitar outras pessoas, até mesmo o próprio pai.

Quando o pai segura o bebê no colo para acalmá-lo percebe que, muitas vezes, o pequeno fica ainda mais agitado. E isso dificilmente acontece quando a criança está nos braços da mãe. A pediatra e educadora familiar, Dra. Luciana Herrero, afirma que a grande maioria dos pais passa por isso.

Demonstração do amor pelo bebê
Apesar de amar os pais praticamente desde o nascimento, até os oito meses de vida o bebê demonstra seu amor de uma maneira mais sutil. Algumas dessas demonstrações podem ser olhar para os pais e sorrir e chorar quando deixa o colo dos pais para ir com outras pessoas.

Esse comportamento é mais frequente a partir dos oito meses e é algo esperado, que não representa um problema. Com o tempo, o bebê vai ganhando segurança e independência, e esse comportamento vai desaparecendo.

Calma, em alguns momentos isso é normal. “Existe a idade do apego, em torno do nono mês de vida, o bebê tem um maior apego com a mãe, isso faz parte do desenvolvimento da criança, nessa fase isso é normal”, observa a pediatra Tatiana Miranda, coordenadora do pronto socorro infantil do Hospital Leforte.

Isso é bem comum em crianças entre 1 e 3 anos, e embora muitos pais pensem que é “manha” ou preguiça, entenda que pode ser apenas um pedido de carinho, um desejo de olhar as coisas do alto, de te ver e te escutar de perto ou de se proteger de possíveis perigos que estão no chão.

Às vezes, basta dar uma voltinha pelo bairro com o seu bebê, contar uma história ou cantar. Fazê-lo rir! Vale jogar videogame com ele no colo também. Gestos aparentemente simples são poderosos para fortalecer a ligação do pai com o seu filho.

– Aos 4 meses, finalmente acontece!
Ele consegue reconhecer as pessoas mais próximas e estabelecer diferentes relações com elas. A esta altura, o bebê também já sabe diferenciar conhecidos de desconhecidos. – A partir do 5º mês, a percepção de profundidade e visão em 3D começam a se desenvolver.

“Logo, o bebê apresenta reações similares a do medo. Ele pode também apresentar comportamento inibido, choro, tremor, busca de um aconchego em um lugar ou alguma pessoa, dentre outros comportamentos”, ilustra a psicóloga.

Para que o pai consiga fazer o bebê dormir ele terá que se esforçar bastante, pois o bebê sempre vai preferir ficar com a mãe que é seu referencial de afeto, é o organismo que ele precisa para se sentir vivo.

O bebê que balbucia palavras na hora que você fala com ele também está “falando”. Ele sente prazer em ouvir uma voz familiar de carinho. Se ele sorri a qualquer interação, é outro indício de que está contente. A criança que tem um sono tranquilo e uma alimentação adequada expressa maior contentamento.

“Mesmo que não enxergue muito bem ao nascer, o bebê 'percebe' a mãe desde o início”, explica o pediatra neonatal Luiz Renato Valério, do Hospital Pequeno Príncipe (PR). Além do olhar, esse reconhecimento, de acordo com o especialista, se dá também por meio do cheiro, da voz e do toque.

As crianças mais jovens valorizam muito o momento de ir dormir e o “boa noite” dado por seus pais. Para elas é reconfortante ter o pai ou a mãe ali contando uma história, cantando uma música de ninar ou ao menos dando um beijo de bom sonhos. Isso acaba criando uma ligação única entre os pais e os filhos.

Seja porque eles estão em alguma fase de desenvolvimento ou passando por momentos difíceis, ou mesmo por pura insegurança ou questões internas dos pais, o fato é que não receber o afeto que se espera das crianças pode ser algo bem complexo de assimilar.

Confira a seguir a lista com as 7 fases em que o bebêmais trabalho e demanda mais atenção.

  • Primeiro mês do recém-nascido.
  • Os primeiros 3 meses.
  • Nascimento dos dentes e introdução alimentar.
  • Angústia de separação, entre o mês 7 e 8.
  • Aprendizado dos primeiros movimentos.
  • Momentos em que está doente.
  • Começo da independência.