Porque o AVC afeta a fala?

Perguntado por: emendes . Última atualização: 30 de janeiro de 2023
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O funcionamento da linguagem envolve várias estruturas cerebrais. A presença de uma lesão em áreas específicas do cérebro irá afetar o funcionamento destes circuitos, gerando um distúrbio de linguagem em diferentes graus e formas.

No AVC hemorrágico, o próprio nome já diz, existe o sangramento, conhecido como derrame, que diferente do isquêmico, pode abranger mais áreas, de forma difusa. Além de distúrbios na visão, fraqueza muscular nos braços, pernas e face, acompanhada de dormência, convulsões, o AVC pode afetar a fala e a linguagem.

Os quadros de afasia instalam-se abruptamente, como consequência de lesões no cérebro provocadas por traumas ou acidentes vasculares cerebrais (AVC), popularmente conhecidos como derrames cerebrais. De uma hora para outra, o afásico perde a capacidade de compreender e/ou formular a linguagem.

A recuperação de um acidente vascular cerebral é um processo lento e gradual. Sendo praticamente aceite que o pico de recuperação de um Acidente Vascular Cerebral anda à volta dos 3 meses, podendo ir até aos 6 meses após o Acidente Vascular Cerebral.

Área de Broca é a parte do cérebro humano responsável pela expressão da linguagem, contém os programas motores da fala.

Por que causa explosões emocionais incontroláveis? A síndrome pseudobulbar acontece quando o AVC danifica áreas do cérebro que controlam como a emoção é expressa. O dano provoca “curto-circuitos” nos sinais cerebrais, que provocam esses episódios involuntários de riso ou choro.

Não existe tratamento específico
Não existem tratamentos à base de medicamentos que permitam reverter, abrandar ou curar a afasia progressiva primária. Segundo o neurologista Diogo Haddad, alguns medicamentos podem minimizar impactos decorrentes dos sintomas da doença.

No caso do AVC, o comprometimento da memória, do raciocínio acontece subitamente, de uma forma aguda. Assim como a pessoa que sofreu AVC pode ficar sem sentir um lado do corpo, ele também pode perder a memória repentinamente.

Para pessoas com comprometimento mais grave, uma abordagem de estímulos (repetir palavras para a pessoa) e a abordagem de estímulo programado (falar palavras e apresentar objetos que podem ser tocados ou vistos) ajudam a recuperar a capacidade de usar a linguagem.

A causa mais comum é o AVC, mas também pode ser causada por tumores cerebrais, encefalites, traumatismos cranioencefálicos, entre outras. Esse transtorno de linguagem pode alterar a fala, a compreensão, a leitura e a escrita e assim comprometer a comunicação do indivíduo em diversos graus.

Está relacionada ao conhecimento, interpretação e associação de informações, mais especificamente a compreensão da linguagem escrita e falada. Tradicionalmente acredita-se que ela se localize na Área de Brodmann 22,39 e 40, localizada na porção posterior da circunvolução temporal superior do córtex cerebral esquerdo.

“Também descobrimos que um acidente vascular cerebral reduziu a expectativa de vida de um paciente em cinco anos e meio, em média, em comparação com a população em geral.

Levar a pessoa até o hospital assim que os primeiros sintomas surgem, é o que determina o nível de sequelas que o paciente poderá sofrer. Tratar estas sequelas e voltar à vida normal, nos dias de hoje, não é uma promessa ou sonho, mas sim, uma possibilidade plenamente alcançável.

Nesse monitoramento, constatou-se que somente cerca de 36,4%, quase um terço, sobrevive mais de uma década após o evento. Já 47,2%, não chegaram a viver cinco anos depois do diagnóstico. A incidência de óbitos foi maior em mulheres e pessoas acima dos 85 anos.

Córtex cerebral
É responsável pela nossa capacidade de Pensamento, Movimento voluntário, Linguagem, Julgamento e Percepção.

Problemas na fala
Dificuldade para emitir palavras, impossibilidade de se comunicar, fala enrolada. São sinais fortíssimos de que a pessoa está tendo um AVC, principalmente se acompanhado de fraqueza dos membros inferiores ou superiores.