Porque não pode enterrar a noite?

Perguntado por: usalgueiro . Última atualização: 7 de maio de 2023
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Por que não se enterra a noite? Há religiões que dizem que o espírito fica 24 horas no corpo e que, por isso, deve-se esperar esse tempo para o enterro. Mas a origem da tradição da espera mínima de 24 horas pode ter a ver com uma doença que a faz a pessoa parecer estar morta sem estar, a catalepsia patológica.

O uso de chumbo torna o caixão muito pesado.

Nas culturas ocidentais, como é o caso do Brasil, colonizado por portugueses, o preto tem sua origem nos povos romanos, que usavam uma espécie de toga preta básica em situações de luto. A cor preta está associada à escuridão, falta de luz, cor da noite, da tristeza e do sofrimento pela perda de um ente querido.

De acordo com eles, esse é o tempo necessário para que a alma se desvincule do corpo. Para os judeus, o corpo não pode ser destruído, pois a alma se separaria dele lentamente durante a decomposição.

O primeiro passo é a desinfecção do corpo. Assim que ele chegar na funerária, receberá a aplicação de um potente desinfetante. Enquanto o produto está sendo inserido, o corpo deve ser massageado para facilitar a drenagem dos líquidos, facilitando também a soltura da musculatura.

Depois de passar por muitos processos, o corpo humano acaba estourando logo após o término das etapas de putrefação. Sendo assim, após 30 dias da morte do ser humano, vai se formando um volume intenso de gases dentro do corpo. Logo após o corpo estoura e libera todos os líquidos internos.

Depois que o corpo é lavado e devidamente desinfectado, o profissional da funerária inicia o processo de conservação do corpo. Para isso, ele pode optar entre duas técnicas diferentes: o embalsamamento ou a tanatopraxia. Conheça os procedimentos que o agente funerário faz para preparar um velório.

3-5 dias: Veias descoloridas se tornam visíveis e a descoloração avança. 5-6 dias: Os gases incham e formam bolhas na pele do abdômen. 2 semanas: O abdômen fica completamente inchado acumulando gases. 3 semanas: Os tecidos se tornam moles, os órgãos vazam os gases e as unhas caem.

Diz a lenda que chove nesse dia porque toda a tristeza das pessoas que perderam um ente querido sobe ao céu e desce em forma de chuva para lavar toda a mágoa de quem ficou.

Já o processo de esqueletização, que reduz o corpo somente aos ossos, pode variar de acordo com o tipo de ambiente que fica exposto o cadáver, entre dois a três anos.

Outros costumes bem presentes em velórios de antigamente eram colocar o defunto com os pés voltados para a porta de frente, colocar uma bacia com água debaixo do caixão (servia para inibir o odor).

Está tudo bem não saber o que dizer ou o que fazer em um velório, mas não vale sair falando qualquer coisa só para evitar o silêncio. Expressões como “era a hora dele(a)”, “não fique triste” ou “está tudo bem?” são algumas das falas a serem evitadas nestas horas.

Como cumprimentar em um velório? Cumprimente os familiares mais próximos da pessoa falecida com um abraço forte. Ao invés de perguntar “Como você está?”, diga “Acredito que este momento está sendo muito difícil. Conte comigo”.

Pecado é um conceito que existe em todas as religiões e significa ir contra as leis espirituais. Os judeus acreditam que a cremação faz referência ao Holocausto e, por isso, não concordam com a técnica. Já os adeptos do islamismo acreditam que o processo de decomposição natural separa a alma do corpo.

Durante a cremação, a alta temperatura também faz com que as células humanas sejam evaporadas. Apenas o cálcio, presente em nossos ossos, é que “permanece” dentro da bandeja onde o caixão é posto na hora da cremação. Essa sobra, portanto, é a que é triturada para, assim, ser entregue para a família dentro de uma urna.

No Espiritismo, a cremação é perfeitamente aceita e não existem argumentos contrários, a não ser apenas que haja um intervalo de 72 horas entre a morte e o início do ritual.

Quando o corpo é preparado para o velório, costuma-se preencher os orifícios naturais da pessoa com algodão, o que é chamado de tamponagem ou tamponamento. Esse procedimento é realizado para que gases, secreções e sangue não sejam liberados.

As alterações iniciais estão associadas à morte celular e incluem mudanças na pele e nos olhos, resfriamento do calor corporal, rigidez e manchas, como informa a organização norte-americana. A pele, por exemplo, fica pálida e perde a elasticidade em poucos minutos. Já os lábios se tornam secos e duros.