Porque na China só se pode ter um filho?

Perguntado por: amoura . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
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Na década de 70, a China implementou a política de filho único para desacelerar o crescimento populacional. Quem violasse essa política seria multado, ou a mãe obrigada a abortar.

Este anúncio surge depois de, em maio, o Governo da China ter decidido aumentar de dois para três o limite de filhos por casal. Agora, a China vai permitir que as famílias tenham mais de três filhos, sem multas nem consequências, ao contrário do que acontecia no passado, quando os casais tinham mais de um filho.

Em outubro de 2013, no entanto, o governo chinês aboliu a lei por causa do envelhecimento da nação e dos desequlibríos de género, passando a permitir até dois filhos por família. e em 2021 acabou por permitir três.

A lei, portanto, não prevê punições para os pais de gêmeos, uma vez que admite claramente a existência deles. E nem poderia ser diferente. “Nascer de acordo com a regulamentação”, afinal, é uma expressão um tanto ridícula.

Na China, pais residentes em áreas rurais podem ter dois filhos. Na cidade, podem ter um. A multa é de US$ 3 mil por filho além da cota. O valor pode superar em até 20 vezes a renda anual dos infratores.

No ano passado, o país registrou 10,6 milhões de bebês –11,5% a menos na comparação com 2020. Apesar de Pequim ter encerrado sua política de filho único em 2016 e, desde o ano passado, permitir que casais tenham até três filhos, as taxas de natalidade não voltaram a subir.

Em geral, o governo cobra cinco ou seis vezes, diz Yang. Assim, se o ganho é de R$ 50 mil ao ano, será preciso desembolsar, de uma só vez, de R$ 250 mil a R$ 300 mil. Chamada de “taxa de planejamento familiar”, a cobrança varia de uma região para outra.

A China é uma civilização milenar que acumula mais de 4000 anos de História. Devido sua extensa trajetória, costumamos segmentar os principais acontecimentos desse povo através de uma divisão feita, principalmente, por meio de fatos de natureza política.

O governo sempre alegou que medida contribuiu para o desenvolvimento do país e para que 400 milhões de pessoas saíssem da pobreza nos últimos 30 anos. Apesar disso, Pequim começou a enxergar que a política do filho único não poderia durar muito tempo, sobretudo por conta do envelhecimento rápido da população.

Os chineses valorizam exercícios físicos para a mente e o corpo. Assim, é comum ver nas praças, pessoas fazendo exercícios coletivos como dança, Tai chi chuan e outros clássicos da cultura chinesa. Também há espaços para esportes em quadras, academias e, claro, salões de ping-pong, o esporte favorito dos chineses.

O grande motor para o elevado crescimento populacional da China, durante o século XX, foi a redução das taxas de mortalidade. Da década de 1930 até a década de 1980, o número de chineses dobrou, o que gerou uma grande preocupação por parte do governo do Partido Comunista.

Na década de 1970, a China adotou uma política de filho único por casal, para tentar controlar a alta taxa de natalidade da época. A China abandonou essa política em 2016, substituindo-a por um limite de dois filhos.

A ciência não dá um teto para o número de filhos que uma mulher pode ter.

O fim da política do filho único levou o país a incentivar as famílias a terem dois filhos a partir de 2016, subindo o número para três filhos em 2021. Mesmo assim, a China registrou queda do crescimento populacional e, após 60 anos, houve um decréscimo da população entre 2021 e 2022.

A cidade de Igbo-Ora, na Nigéria, é a capital mundial dos gêmeos. Estima-se que ela tenha cerca de 158 pares de gêmeos para cada mil nascidos vivos. A título de comparação, o continente europeu tem cerca de 16 gêmeos para cada mil nascimentos. Já os Estados Unidos, cerca de 33 para cada mil nascimentos.

Além do baixo custo da mão de obra, a China se tornou a “fábrica do mundo” devido a um ecossistema de negócios extremamente forte, falta de conformidade regulatória, baixos impostos e uma moeda competitiva.

A China é um dos governos que realiza um dos controles de natalidade mais rigorosos do mundo. Já os países europeus e o Japão fazem um controle de natalidade contrário ao da China, estimulando as famílias a terem mais filhos.

Unigênito. Este termo é utilizado para se referir ao filho único de um casal, ou seja, quando só foi gerada uma criança, sem irmãos.

Se casar na China, tem um preço bem salgado. Os casamentos chineses, de porte médio, chegam a custar 12 mil dólares, segundo informa a BBC.

O governo do Japão planeja presentear pais que tiverem bebês com 80 mil ienes extras -o equivalente a R$ 3,1 mil- a partir de abril de 2023. Hoje, no nascimento de uma criança, os responsáveis já recebem 420 mil ienes (cerca de R$ 16,2 mil).

Mais bebês indianos do que chineses
Em 2016, a lei passou a permitir até dois filhos e, em 2021, três filhos.