Porquê ler Brás Cubas?

Perguntado por: dmodesto . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Memórias Póstumas de Brás Cubas é o marco inaugural do realismo no Brasil. Como fica explícito no título, quem narra as memórias já está morto, o que estabelece um diálogo crítico com a estética realista. Noções como verdade, ciência e razão são colocadas em discussão e relativizadas por Brás Cubas.

Brás Cubas é personagem-protagonista do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas do escritor Machado de Assis, publicado em 1881. Nasceu legítimo representante da fina flor da elite brasileira do século XIX. Relativamente culto, elegante e refinado era partícipe do que havia de mais sofisticado na sociedade oitocentista.

Trata-se de uma autobiografia de Brás Cubas, narrador-personagem, que nos conta, em 1ª pessoa, a história de sua vida a partir de suas memórias – póstumas, pois é depois de morto que ele relembra aquilo que viveu.

Memórias póstumas de Brás Cubas é o primeiro romance realista de Machado de Assis. Essa obra, que inaugurou o realismo no Brasil, em 1881, é narrada por Brás Cubas, narrador-personagem que, após a morte, decide escrever suas memórias.

Terminando o resumo de Memórias Póstumas de Brás cubas ,falta ainda dizer que ele decidiu criar um remédio para curar todas as doenças, chamado: Emplasto Brás Cubas.

O escritor critica por meio da ironia e da volubilidade do comportamento do narrador o princípio da modernização conservadora e a continuação dos pressupostos e características coloniais na sociedade novecentista brasileira.

O livro é um catálogo de fracassos: Brás Cubas não se casa, não produz seu emplasto antimelancolia, não se torna um ministro de Estado, nem um editor de jornal; Lobo Neves não se torna um ministro, quanto menos um marquês; Eugênia não se casa com ninguém; Eulália não se afirma no mundo, não vive nem além dos dezessete ...

Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.

Resumo Fuvest 2016: Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis - Temas. 1 - As apreensões da humanidade, as contradições da sociedade e o cinismo são os temas retratados nesta obra machadiana.

A partir da publicação Memórias Póstumas de Brás Cubas, teve início sua fase realista. Nela, o autor revelou seu incrível talento para análise do comportamento humano, mostrando a vaidade, o egoísmo e a hipocrisia da sociedade por trás dos atos bons e honestos em suas obras.

O conflito interno é determinado pela própria fragilidade dos objetivos de Brás. Não tendo suas ações guiadas pela necessidade, seus objetivos estão sempre vinculados a razões fortuitas, como o capricho ou a vaidade, revelando-se vagos e efêmeros, sem que ele tenha força de vontade suficiente para levá-los a termo.

Logo no segundo capítulo do romance, Brás Cubas conta que teve uma grande ideia: criar um medicamento capaz de “aliviar a nossa melancolia humana”. A partir dessa iluminação, o narrador passa a sonhar com a glória que receberia pela criação de tão milagroso remédio.

A obra de Machado de Assis apresenta Brás Cubas como um elemento na sociedade que nada acrescenta, como se ele fosse uma espécie decadente dentro do grupo de elite ao qual pertencia. O personagem se preocupa em manter as boas aparências e com a busca de se tornar relevante de alguma maneira.

Memórias póstumas de Brás Cubas é considerada uma obra divisória de águas, pois estabelece a ruptura de Machado de Assis com os padrões que o norteavam até então.

substantivo feminino Que ocorre após a morte de alguém; que acontece em um momento posterior à morte de alguém. Que se publicou ou foi divulgado após a morte do autor, do compositor, do escritor: memórias póstumas. Que nasceu em um momento posterior à morte do pai: filha póstuma.

VIRGÍLIA – grande amor de Brás Cubas, sobrinha de ministro, e a quem o pai do protagonista via como grande possibilidade de acesso, para o filho, ao mundo da política nacional.

Brás Cubas, narrador-personagem do ro- mance, possui quatro amores em sua vida: Marcela, Virgília, Eu- gênia e Nhã-Loló.

O que significa ser um “defunto autor”? Machado de Assis exige perspicácia de seu leitor e brinca com a língua portuguesa ao apresentar este insólito personagem. O autor defunto é aquele que faleceu deixando como legado toda a sua obra; o defunto autor torna-se, na brincadeira machadiana, escritor depois de morto.

Embora tenha se consagrado como autor de textos narrativos, Machado de Assis também se destacou no desenvolvimento de crônicas e outros gêneros literários. Ele foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e participou, também, da vida política carioca.

Resposta. Flexão, agilidade e velocidade.

Com o diploma nas mãos e total inaptidão para o trabalho, Brás Cubas retorna ao Brasil e segue sua existência parasitária, gozando dos privilégios dos bem-nascidos do país.