Porque Jesus perdoou os pecados do paralítico primeiro?

Perguntado por: ddorneles . Última atualização: 22 de maio de 2023
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Isso aconteceu porque Jesus, ao curar um paralítico, disse: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”. Disseram que Jesus estava blasfemando. Jesus apenas perguntou sobre o que era mais fácil: dizer que os pecados do paralítico estavam perdoados ou que ele pegasse a sua cama e fosse para casa.

Jesus diz que o traidor será aquele que comerá do que Ele mesmo der. Após Judas Iscariotes comer o pedaço do pão molhado com o vinho dado por Jesus ficou tomado por Satanás. Jesus pediu-lhe para fazer o que tinha que fazer. Os discípulos pensaram que Jesus tinha-o mandado comprar alguma coisa.

Jesus demonstrou Sua capacidade de curar pessoas física e espiritualmente, curando um homem paralítico e perdoando seus pecados.

Maria Madalena

Em particular para os gnósticos cátaros, Maria Madalena era uma figura pecadora, mas que é perdoada por Jesus e adorada por ele.

Perdoar torna nosso espírito leve, nos possibilita enxergar além da dor e do ressentimento, nos ajuda a seguir em frente, deixando o passado para trás, sem remoer os erros, sem desejar vingança. Perdoar é possível e necessário para alcançar a tão almejada liberdade.

Perdoar não significa conviver com quem nos ofendeu
Quando você perdoa alguém, não significa que você tem que ser amigo dessa pessoa. O perdão não implica uma reconciliação com o outro. O que não pode acontecer é ficarmos com rancor e mágoa em relação a alguém.

“De fato, se vocês perdoarem aos homens os males que eles fizeram, o Pai de vocês que está no céu também perdoará a vocês” (Mateus 6, 14). “Quando vocês estiverem rezando, perdoem tudo o que tiverem contra alguém, para que o Pai de vocês que está no céu também perdoe os pecados de vocês” (Marcos 11, 25).

Ele mostrou-lhes como orar dizendo: “Perdoa-nos as nossas dívidas [ofensas], assim como nós perdoamos aos nossos devedores [aqueles que nos ofenderam]” (Mateus 6:12) e “perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve”.

“Mestre, quantas vezes devo perdoar uma pessoa que me ofende: até sete vezes?”. Essa pergunta é feita por Pedro, no evangelho de hoje, de Mateus 18,21-35. Jesus responde a Pedro e a todos nós: “não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete!”.

Perdoar é reconhecer que alguém errou contra você, contudo, optar em deixar o rancor de lado em relação a essa pessoa. O perdão é um ato de decisão no que se refere às questões internas que perturbam a paz de um indivíduo.

Em 1 João, capítulo 1, verso 9, está escrito: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

Ao curar aquele paralítico, Cristo mostrou a todos que estava debaixo da autoridade e do poder de Deus. Também mostrou como todos eram filhos de Deus e dignos de inclusão social. Enquanto a sociedade e a religião excluía essas pessoas, Jesus abraçava e as tratava com dignidade.

Ele realiza esse milagre em um dia de sábado e ordena o homem que foi curado a levar a sua cama no dia de sábado, porque chegou o tempo de uma graça maior do que a Lei, e Jesus é senhor do dia de sábado.

Imagine que você estivesse entre as pessoas que testemunharam a cura do homem coxo. Muitas vezes você viu esse homem pedindo esmola na porta do templo. Então, um dia, você o vê pulando e correndo depois de ter sido curado. Como sua opinião sobre Pedro e João teria mudado após testemunhar esse milagre?

“Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra” (Jo 8,7)

Neste texto João descreve um dos momentos mais significativos do ministério de Jesus, o “Lava Pés”. Lavar os pés dos discípulos não somente revela o coração de servo de Cristo, como demonstra o Seu desejo de se identificar com as pessoas de igual para igual “nenhum escravo é maior que seu senhor”.

A quem perdoardes os pecados serão perdoados. A quem não perdoardes os pecados não serão perdoados” (Jo 20,22s). Assim, Cristo fez dos Apóstolos (e de seus sucessores) participantes do seu próprio poder de perdoar os pecados, reconciliando os pecadores com Ele mesmo e com a sua Igreja!

Perdão é algo que recebemos, mas tem que ser algo que também passamos para aqueles que nos ofenderam. Quem não perdoa torna-se prisioneiro da ofensa, das lembranças e de cadeias de amargura e ressentimento.