Porque evangélico não pode comer peixe na Semana Santa?

Perguntado por: icaldeira . Última atualização: 17 de maio de 2023
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A abstenção de carne na Sexta-Feira Santa acontece em respeito ao derramamento do sangue de Jesus Cristo durante o seu sacrifício.

A Santa Missa da Ceia do Senhor, que marca o início do Tríduo, a Encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo e a Procissão do Círio Pascal são alguns desses rituais ...

Antigamente, a Sexta-Feira Santa era considerada o feriado mais importante dos cristãos protestantes. Hoje há amplo consenso entre as religiões cristãs que a morte de Cristo, em sacrifício pelos pecados da humanidade, está indissociavelmente ligada à Páscoa, ou seja, ao dia de sua ressurreição.

Em Levítico 11, o Senhor fala a Moisés e Arão e estabelece quais animais podem ser comidos e quais não podem: “Você pode comer qualquer animal que tenha o casco fendido e que rumine.

Segundo a bíblia, Jesus Cristo viveu e morreu para salvar todas as pessoas de seus pecados. Durante a Quaresma, que é o período de 40 dias que antecede a Páscoa, a recomendação da Igreja é que o fiel não coma carne ou substitua isso por pequenas ações de sacrifício.

- Quem comia carne às sextas, mas não tinha pleno conhecimento, não cometeu pecado mortal; - Aqui no Brasil, CNBB permitiu que, em todas as sextas-feiras do ano, os fiéis comutem a abstinência de carne por outras práticas penitenciais ou exercícios piedosos.

O cristianismo herdou do judaísmo essa tradição cultural que não classifica peixe como carne. Peixes são animais pecilotérmicos, ou seja, de “sangue frio” (para ser mais preciso, seu sangue varia conforme a temperatura ambiente). Por sua vez, os animais de carne vermelha e as aves são homeotérmicos.

O peixe, inclusive, foi um símbolo adotado pelos primeiros cristãos. Isso porque a palavra Ichthys ou IXTUS, em grego, significa peixe e representa as iniciais de “Iesus Xristos Theos Huios Sopter” que significa “Jesus Cristo, filho de Deus e Salvador”.

Também denominado por Sexta-Feira da Paixão, esse dia representa uma data destinada para a prática de privações como a de não consumir carnes e frango por ser uma de penitência pela morte de Cristo.

Hoje em dia, a prática da privação de carne durante a Sexta-Feira Santa segue vigente. O Código de Direito Canônico afirma que todas as sextas-feiras do ano devem ser reservadas para a abstinência de carne ou outro alimento, mas o jejum pode ser substituído pela realização de uma obra de caridade, por exemplo.

Lendo a Bíblia
Os livros bíblicos que contam acerca da Semana Santa são os quatro primeiros livros do Novo Testamento, de autorias de São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João.

QUARTA-FEIRA SANTA – Quando um dos discípulos de Jesus Cristo se oferece para traí-lo, aceitando trinta moedas de prata como recompensa pela sua traição; QUINTA-FEIRA SANTA – Marca a última ceia de Jesus com seus apóstolos, lavando os pés dos doze discípulos, e ensinando-os que o evangelho é algo para servir.

Este Domingo, com a entrada de Jesus em Jerusalém, dá-se o reconhecimento de que Jesus é o Filho de Deus. As comunidades costumam levar ramos de palmeiras, que servem para fazer chá, para Celebrar a Entrada Triunfal, cantando: “Bendito o que vem em nome do Senhor”.

Nesse sentido estritamente relativo à Cristo, o peixe simboliza o alimento de vida (Le 24,24) e símbolo da Ceia Eucarística.

Aprenda a preparar receita servida aos apóstolos.

Segundo Colbert, "Jesus comia, basicamente, comidas naturais em seu estado natural - muitos vegetais, principalmente feijão e lentilhas".

7 Também o porco, porque tem cascos fendidos, e a fenda dos cascos se divide em dois, mas não remói; esse vos será imundo. 8 Da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver; esses vos serão imundos.