Porque diabetes causa acantose nigricans?

Perguntado por: aevangelista . Última atualização: 21 de maio de 2023
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Os acrocórdons são também lesões que têm relação com resistência insulínica. Esse fenômeno ocorre por conta dos níveis aumentados de insulina, para vencer a resistência encontrada nas células à ação desse hormônio a fim de manter os níveis de glicose normais na circulação (resistência insulínica).

O principal processo é a glicação, que acontece quando o açúcar em excesso se une às proteínas da pele, deixando-as endurecidas e quebradiças. O colágeno, por exemplo, é uma proteína; com esse fenômeno, portanto, a pele fica com aparência ressecada e com pouca elasticidade.

Dermopatia diabética
Essa doença tem relação com a neuropatia diabética e os pequenos vasos que se comprimem e dificultam a passagem do sangue no local. É caracterizada por manchas escuras arredondadas ou ovais nas pernas, que podem se transformar em feridas.

Um dos maiores fatores de risco para a resistência à insulina, por exemplo, é a obesidade. Isso acontece porque o crescimento do tecido adiposo faz com que o pâncreas precise produzir mais insulina. Entretanto, pode chegar a um ponto em que ele não consiga mais aumentar a produção.

A resistência à insulina acontece quando a ação desse hormônio, de transportar a glicose do sangue para o interior das células, está diminuída, fazendo com que a glicose se acumule no sangue, dando origem a uma diabetes.

O escurecimento localizado da pele, principalmente nas dobras do pescoço e axila, que deixa também um aspecto de estar mais grossa e aveludada, é o que se chama acantose nigricante ou nigricans. É comum em pessoas obesas com risco alto para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Quando não se encontra a causa, pode se prescrever despigmentantes e cremes ceratolíticos, como ácido retinóico, ácido salicílico e ureia para melhorar o aspecto da pele. Em alguns casos a dermoabrasão e o laser podem ser utilizados.

Quando o problema não tem causa definida, é recomendado o melhor método de tratamento de acordo com o quadro do paciente. As indicações podem variar entre cremes ceratolíticos, como ácido salicílico, ácido retinóico e uréia, ou dermoabrasão e laser.

Como fica a pele de uma pessoa com diabetes? Como a pele de alguém com diabetes não tem água suficiente, o tecido fica bem mais ressecado e apresenta rachaduras. Essas lesões acabam sendo portas de entrada para diferentes micro-organismos, aumentando muito o risco de infecções.

Quais os sintomas do diabetes?

  • Fome frequente;
  • Sede constante;
  • Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
  • Perda de peso;
  • Fraqueza;
  • Fadiga;
  • Mudanças de humor;
  • Náusea e vômito.

“Muitas vezes, é uma manifestação de pele causada por outras doenças, como obesidade, alterações endocrinológicas (alterações de tireoide, diabetes, resistência à insulina) e outras síndromes metabólicas (condições que predispõe ao risco de doenças cardíacas)”, afirma a médica.

Isso acontece porque o diabetes provoca lesão nos nervos das pernas, podendo levar à deformidade estrutural dos pés, o que altera a forma como o indivíduo caminha.

Estudos mostram que a hiperglicemia aumenta a produção de substâncias derivadas do oxigênio, o que provoca um aumento significativo de apoptose celular, que significa que algumas células irão morrer antes de concluir seu papel, o que leva a uma cicatrização inadequada ou prolongada.

O tamanho da barriga pode indicar diabetes. A medida que a cintura aumenta surgem os riscos e sinais da diabetes.

“Mas a resistência à insulina pode ser a causa da maioria dos casos de diabetes tipo 2.”

Alimentos ricos em carboidratos, quando ingeridos, representam aumento de teores de glicose no sangue. Da mesma forma, as elevações dos níveis de açúcar levam a mais presença de insulina.

Falta de insulina pode levar à cegueira em casos graves
Em caso de falta de aplicações, há risco de complicações agudas muito sérias como a cetoacidose diabética”, afirma o profissional, que diz ainda que esse problema pode levar ao coma diabético.

O diagnóstico da resistência insulínica é feito de acordo com a avaliação clínica do paciente, não existindo um teste específico para a condição. Exames de sangue são solicitados de acordo com o perfil de cada paciente e suas comorbidades, visando auxiliar os achados clínicos.