Porque compramos gasolina a usa?

Perguntado por: daguiar . Última atualização: 15 de janeiro de 2023
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Os Estados Unidos é quem mais exporta a sua gasolina para o Brasil com a marca de 1,4 Bilhão, quase 70% da gasolina que importamos tem vindo então dos EUA. O aumento da participação americana na importação de gasolina tem sido impressionante e diz respeito ao então vasto crescimento na produção do derivado de petróleo.

Isso acontece porque o petróleo nacional, mais denso e mais barato, o torna ideal e muito utilizado para fabricar asfaltos no exterior. Assim, a Petrobras exporta o petróleo excedente e importa o óleo leve para fazer a mistura.

Motivos para menos investimentos
Isso acontece porque o processamento dos combustíveis é uma atividade de menor risco que a exploração de petróleo. Uma refinaria é uma operação industrial, planejada a partir de uma demanda de mercado que é conhecida.

O preço da gasolina no Brasil
Ou seja, se o preço do barril ou o da gasolina refinada que importamo, porque o Brasil não têm grande capacidade de refino e precisa importar, estivesse muito alto, a Petrobras vendia mais barato do que comprava, ficando no vermelho.

No Brasil a principal produtora de gasolina é a Petrobras e a fiscalização é feita pela ANP.
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Quem compra Gasolina do Brasil?

Compra Gasolina do BrasilValor Fob US$
Estados Unidos1,2 Bilhão
Países baixos62,43 Milhões
Cingapura17,49 Milhões
Argentina5,23 Milhões

Exploração e Produção. Para obter o petróleo, é preciso perfurar os poços produtores, instalar plataformas marítimas, construir gasodutos e oleodutos que escoarão o óleo cru. O custo dessa exploração e da produção é medido em dólar, segundo especialistas ouvidos por Aos Fatos.

A decisão de atrelar foi de Dilma, em novembro de 2013. Temer a manteve e Bolsonaro idem. Mas Bolsonaro pegou o governo com o dólar a R$ 3,72.

A Petrobras, que fornece para as distribuidoras, calcula o preço nas refinarias com base na cotação do petróleo e na taxa de câmbio, pois a commodity é cotada em dólar. Nesse sentido, a valorização da moeda norte-americana, acumulada em 1,55% em 2021, também forçou para cima a gasolina.

Uma outra questão é que no país não é permitida a comercialização de gasolina 100% pura. Por determinação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), outro combustível, esse de origem vegetal, o etanol, é adicionado à mistura na proporção de 27% da composição final.

A Petrobras é uma estatal autossuficiente em produção de petróleo, mas segue os preços internacionais porque não tem condições de transformar todo o petróleo em gasolina e diesel. O Brasil não possui capacidade de refino, por isso precisa exportar petróleo bruto e importar petróleo refinado.

Isso ocorreu porque a produção de óleo e o consumo cresceram mais rápidos do que nossa capacidade de refino. A solução para reduzir este déficit comercial está na ampliação da nossa capacidade de produção daqueles derivados em que somos deficitários (GLP, gasolina, nafta petroquímica e diesel, especialmente).

Os maiores produtores de petróleo do mundo são Estados Unidos, Arábia Saudita e Rússia. Juntos, eles representam mais de 40% da produção mundial.

A refinaria foi vendida para o Grupo Mubadala – fundo financeiro de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes – pelo valor de US$ 1,6 bilhões.

No mundo, a Venezuela é o país com a gasolina mais barata. No país chavista o litro do combustível sai por apenas US$ 0,02, ou R$ 0,12. Isso mesmo, 12 centavos de real. O país tem uma enorme reserva de petróleo, e passa por uma inflação que desvaloriza muito sua moeda frente ao dólar.

Segundo o docente de Engenharia de Energia na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), o Brasil abriu mão de fazer a mediação entre o preço no mercado internacional do petróleo e o consumidor. O governo argentino mantém essa decisão, o que resulta em uma contenção do custo nas bombas.

Há um único tipo de gasolina no país, com a octanagem maior que a da brasileira e sem a mistura de etanol. O governo boliviano subsidia o preço, por isso ele é mais barato.

Apesar de ser o maior produtor global, os EUA continuam comprando petróleo russo para atender mercados costeiros sem acesso a oleodutos e para operar refinarias em níveis ótimos.