Porque atropina causa taquicardia?

Perguntado por: omartins . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
4.7 / 5 15 votos

Ação cardiovascular: o bloqueio dos receptores m2 na musculatura cardíaca permite um aumento da força de contratilidade e da frequência cardíaca. Esse último efeito também é favorecido pelo bloqueio dos receptores m1 pré-juncionais do nodo sinoatrial, provocando uma leve taquicardia.

A maioria dos efeitos colaterais da atropina está diretamente relacionada à sua ação antimuscarínica. Boca seca, visão turva, fotofobia e taquicardia ocorrem com frequência. Anidrose pode produzir intolerância ao calor. Constipação e dificuldade na micção podem ocorrer.

A atropina inibe as ações muscarínicas da acetilcolina nas estruturas inervadas pelos nervos colinérgicos pós-ganglionares e nos músculos lisos que respondem à acetilcolina endógena, mas não são tão inervados.

Após instilação ocular, a atropina bloqueia a resposta do esfíncter muscular da íris e do músculo ciliar do cristalino à estimulação colinérgica, produzindo dilatação da pupila - midríase - e paralisação da acomodação - cicloplegia.

A atropina é indicada como terapêutica inicial para os pacientes com bradicardia sintomática, incluindo aqueles com FC dentro da faixa “fisiológica”, nas quais uma taquicardia sinusal seria mais apropriado.

APRESENTAÇÃO ATROPINA 0,5 MG/ML, AMPOLA 1 ML
É um medicamento de uso no pronto atendimento, indicado no tratamento da bradicardia e na intoxicação exógena, sendo o antídoto na intoxicação por organofosforados1,2,3. Faz parte dos medicamentos do carrinho de emergência dos serviços de saúde.

Se há bradicardia e o débito cardíaco está inadequado, atropina 0,5 mg EV (até 2 a 3 mg) pode ser efetiva. Para bradicardias sinusais sintomáticas e persistentes, indica-se marca-passo. Prefere-se estimulação atrial, para preservar a condução AV intrínseca.

A atropina é um antagonista competitivo das ações da acetilcolina e outros agonistas muscarínicos. Ela compete com estes agonistas por um local de ligação comum no receptor muscarínico.

Levar em consideração os riscos de adição do efeito atropínico (efeito de inibição, por exemplo, de algumas substâncias do corpo que estão sendo produzidas em excesso), em caso de associação com outras substâncias anticolinérgicas [anti- histamínicos (para alergia), neurolépticos (tranquilizantes), antiparkinsonianos ( ...

O sulfato de atropina é a substância ativa dos medicamentos com os nomes comerciais acima expostos. O sulfato de atropina é um alcaloide natural da beladona e possui ação anticolinérgica e antiespasmódica.

Cuidados específicos por parte da enfermagem quanto à atropina:

  • Atentar para a via de administração e a dosagem prescritas pelo médico.
  • Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio da enfermagem, devido ao risco de desorientação.
  • Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.

Os anticolinesterásicos, como a atropina e a escopolamina, agem mais especificamente em receptores chamados muscarínicos. Os seus efeitos, como a pupila dilatada, ocorrem devido ao bloqueio desse tipo de receptor.

Estas gotas dilatadoras terapêuticas (atropina) podem ter uma duração de ação mais longa, até 2 semanas.

Como age. Bloqueia a resposta à estimulação da acetilcolina no esfíncter da íris e no músculo acomodativo do corpo ciliar. Disso resulta midríase (dilatação da pupila) e cicloplegia (paralisia de acomodação).

Durante uma RCP com via aérea avançada, o socorrista aplica 1 ventilação a cada 6 segundos (10 respirações por minuto), enquanto são aplicadas compressões torácicas. Pode ser utilizada Atropina para substituir a Adrenalina.