Porque as pessoas estão lendo cada vez menos?

Perguntado por: dramires . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
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Segundo a cientista, o excesso de tempo de diante de telas e os nossos hábitos digitais associados a isso estão mudando o modo pelo qual processamos as informações.

Os jovens não leem, principalmente porque não são estimulados. Esse hábito deve vir, em primeiro lugar, de casa. Pais que tem o hábito de ler estimulam seus filhos, e isso passa de geração para geração. O avanço da tecnologia também contribui para que o número de leitores caia cada vez mais.

Ocorre, pois, uma descaracterização do texto como elemento comunicativo, pois o aluno não sabe por que leu, desconhece quem escreveu, não tem ideia da finalidade da leitura e não percebe sua importância como coautor do texto, ou seja, inexiste a interação texto-leitor imprescindível para o entendimento da mensagem.

De acordo com a coordenadora da pesquisa, Zoara Failla, a internet e as redes sociais são razões para a queda no percentual de leitores, sobretudo entre as camadas mais ricas e com ensino superior.

A Índia encabeça a lista, com uma média de 10,7 horas semanais de leitura por habitante. Em seguida temos a Tailândia (9,4 horas semanais), China (8h), Filipinas (7,6h) e Egito (7,5h).

"Os jovens estão desenvolvendo uma impaciência cognitiva que não favorece a leitura crítica. Deixamos de estar profundamente engajados no que estamos lendo, o que torna mais improvável que sejamos transportados para um entendimento real dos sentimentos e pensamentos de outra pessoa", pontua.

A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil indica a falta de domínio da habilidade de leitura como um dos principais desafios para a formação de leitores. “Não ter paciência para ler” e “ler muito devagar” estão entre as principais dificuldades apontadas, citadas por 24% e 20% dos entrevistados, respectivamente.

As dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita são ocasionadas por fatores relacionados diretamente com o ambiente familiar desestruturado, condições precárias de vida, insucesso social, cultural, problemas emocionais e condições de saúde.

Crianças e adolescentes concentram as maiores proporções de leitores na população. Na faixa de 5 a 10 anos, 67% são leitores. O topo do índice está na faixa de 11 a 13 anos, com 84%, e diminui para 75% entre os jovens de 14 a 17 anos.

De acordo com a 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, o brasileiro tem uma média anual de 4,96 livro por habitante.

- Confeccionar um mural onde se coloca notícias em forma de jornal, as informações devem ser oriundas do ambiente escolar. - Conscientizar os alunos de que a leitura deve ser algo diário e indispensável, assim como beber água, praticar esportes, academia entre outras atividades cotidianas.

Os principais fatores de dificuldade leitora e de escrita são a resistência à escrita, o problema de defasagens oriundas das etapas iniciais, a indisponibilidade de livros na biblioteca, o tipo de escola em que cursaram as etapas anteriores, a falta de hábito de escrever e, o tempo que dedicam à leitura.

Consequências da falta de leitura:
Dificuldade em interpretar textos; Dificuldades de escrever corretamente; Falta de senso crítico; A pessoa não é capaz de usar argumentos sólidos.

a Índia

O país que mais lê no mundo é a Índia, que ocupa essa distinção desde 2005. Os indianos dedicam, em média, 10 horas e 42 minutos semanais para ler. Os seguintes três postos também são ocupados por países da Ásia: Tailândia, China e Filipinas. Já o quinto é, notavelmente, o Egito.

Na campeã João Pessoa, capital da Paraíba, 64% da população é considerada leitora, seguida de perto por Curitiba, com 63%, Manaus, com 62%, Belém, 61%, e São Paulo, 60%.

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Nordeste

A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto pró-livro (IPL), realizada em parceria com o Itaú Cultural, mostra o índice das capitais que mais leram em 2019. O estudo apontou que cinco das 10 capitais ficam no Nordeste.

Depois de analisarem outros fatores como idade, gênero, educação e renda, a equipe descobriu que, em geral, quem lê livros vive até dois anos a mais que quem não lê nada. Os benefícios sobem de acordo com o tempo você gasta lendo durante a semana. Ler jornais e revistas também ajuda, mas não tanto quanto livros.

O estresse e a ansiedade estimulam o corpo a produzir uma substância chamada Quinase C (PKC) que prejudica a memória de curto prazo – onde as informações ficam armazenadas por um período. Esse processo evita que o conteúdo chegue até a memória a longo prazo e se consolide.