Porque Anvisa proibiu o Pod?

Perguntado por: lsalgueiro . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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De acordo com a Anvisa, estudos científicos demonstram que o uso dos dispositivos eletrônicos para fumar está relacionado com aumento do risco de jovens ao tabagismo, potencial de dependência e diversos danos à saúde pulmonar, cardiovascular e neurológica.

Além disso, o uso de cigarros eletrônicos pode levar à dependência de nicotina, aumentar o risco de iniciação de jovens e adolescentes ao tabagismo e possibilitar o uso de outras drogas. Não podemos deixar de citar também as lesões traumáticas provocadas por explosões de dispositivos.

Anvisa mantém proibição da venda do cigarro eletrônico, conhecido como vape e pod | Brasil | Valor Econômico.

É crime fabricar, vender, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo coisa ou substância nociva à saúde, ainda que não destinada à alimentação ou a fim medicinal: Pena – detenção, de um a três anos, e multa.

2º da Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, para vedar o uso de produtos fumígeros, incluindo dispositivos eletrônicos de fumar, em qualquer logradouro público.

De forma simplificada, a principal característica do vape é produzir nuvens de vapor ao esquentar os juices ou e-liquids, com teor mais baixo de nicotina. Já o pod descartável produz um vapor menor, com juices de alto teor de nicotina, e tem uma quantidade limitada de tragadas.

Do ponto de vista jurídico, conforme o documento, a utilização do cigarro eletrônico, por si só, não caracteriza ilícito penal, na medida em que a nicotina e as demais substâncias usualmente utilizadas não se encontram dentre aquelas proibidas pela Portaria Anvisa n.º 344/98.

Em contrapartida, no Brasil, em 06 de julho de 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o comércio irregular dos cigarros eletrônicos, o que inclui os vapes e pods.

Apesar da promessa de ser uma opção menos danosa à saúde e supostamente ajudar no combate ao consumo dos cigarros tradicionais, o médico pneumologista Helder Vinícius Ribeiro afirma que não há diferença entre os dois produtos e destaca o mal que o dispositivo pode fazer.

Embora não possua muitas das substâncias tóxicas do tabaco, o vape tem grande concentração de nicotina – uma substância altamente viciante – e libera outros componentes.

Pod descartável sem nicotina
Elas são indicadas para quem procura o uso recreativo do vape, como usar em festas ou encontros com os amigos e são opções mais saudáveis que não causam dependência.

O pod eletrônico descartável foi inventado por um farmacêutico chinês chamado Hon Lik. Ele estava tendo dificuldades para largar o vício no cigarro, então a invenção de uma solução eletrônica revolucionou a situação. O segredo era o uso de uma solução líquida sem as toxinas presentes no cigarro tradicional.

E o cigarro eletrônico, posso levar no voo? O vape ou o pod, mais conhecidos como cigarro eletrônico, não pode ser despachado na mala, precisa estar na bagagem de mão e as baterias devem estar fora do dispositivo e em embalagens de silicone ou plástico.

O uso dos aparelhos é permitido em 79 países, incluindo a China, com a maior população, e os EUA, com a 2ª maior. Há 84 países sem regulamentação sobre os cigarros eletrônicos, incluindo Indonésia e quase todos da África. A proibição dos dispositivos na Índia foi citada em um dos painéis do E-Cigarette Summit.

O cigarro eletrônico sem nicotina ainda sim não é uma opção segura ou recomendável, já que pode contribuir para o desenvolvimento de doenças respiratórias. Uma doença pulmonar cada vez mais comum por conta do consumo do vape é a Evali, encontrada pela primeira vez em 2019.

Quando uma pessoa fica 48 horas sem fumar a nicotina já não está mais presente em seu organismo, mas os efeitos do tabagismo ainda ficam presentes por muito tempo. Parar de fumar não é fácil. É uma tarefa que exige, antes de tudo, muita força de vontade.

A descoberta de quanto tempo a maconha fica no organismo nesse teste depende também dos fatores que citamos acima. Portanto, uma pessoa que tem um consumo moderado de maconha, pode ficar com a droga no organismo de 7 a 13 dias. Quem faz uso mais frequente, fica, em média, 15 dias com a substância.

Ainda que não recarregáveis, as versões descartáveis oferecem os mesmos riscos associados aos vapers tradicionais, por isso não são uma alternativa segura e nem certificada pela Anvisa.