Porque antigamente as pessoas tinham medo de tomar banho?

Perguntado por: apeixoto . Última atualização: 3 de maio de 2023
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O medo do banho. Desde que o Império Romano caiu até ao século XVII, tomar banho era um pecado que podia 'chamar' as doenças. E isso era válido em casas pobres e em palácios. Recorde a parte fedorenta da História.

Os egípcios, mais ou menos em 3 mil antes de Cristo, usavam uma pasta feita de flores, folhas de menta, pimenta e sal. Em Roma, no mesmo período, era comum usar um pó obtido das cinzas dos ossos de animais (e misturado com ervas e areia). Na Idade Média, o hábito era fazer um bochecho com urina.

Mal sabemos que, no passado, o banho foi considerado pecado e caminho para o Inferno. Isso ocorreu quando o Papa Gregório proibiu terminantemente os cristãos de tomar banho. Gregório foi um papa genial e doutor da Igreja, mas cometeu essa barbaridade ouvindo os médicos que o assessoravam.

Os europeus desenvolverem um verdadeiro horror ao banho. Médicos diziam que a sujeira sobre a pele era natural e protegia as pessoas. A era da imundície duraria até o século 18.

Existem documentos de mais de 3.000 anos que relatam os costumes egípcios de tomar banhos diários, em uma média de três por dia. Tratava-se de uma prática ritualística com o intuito de purificar o espírito por meio do corpo.

Monges, dependendo da ordem, tomavam banho duas vezes por ano.

No século XVIII, as pessoas lavavam-se pouco e faziam-no a seco, evitando o uso de água. Isto explica-se em boa parte pela crença antiga, segundo a qual a saúde do corpo e da alma dependia do equilíbrio dos quatro humores que se supunha integrarem o corpo: sangue, pituitária, bílis amarela e atrabílis.

Os índios brasileiros eram muito limpos. Costumavam entrar no rio para se banhar mais de dez vezes por dia.

Por um longo período as escovas eram feitas com um osso como cabo e pelos de animais como cerdas. Uma escova mais parecida com a que usamos hoje, achada por paleontólogos na Europa, tem cerca de 300 anos. As cerdas de náilon, como conhecemos, surgiu apenas em 1938.

ESTUDO BÍBLICO 8 O lavar dos pés
Há muitas referências ao lavar de pés na Bíblia (Gênesis 18:4; 19:2; 24:32; 43:24; 1 Samuel 25:41 e 1 Timóteo 5:9-10). O lavar dos pés não era feito somente por razões de higiene, mas também para que os visitantes se sentissem confortáveis e bem-vindos. Leia João 13:1-17.

Entre os séculos 16 e 17, os colonos e os nativos americanos utilizavam espigas de milho como papel higiênico. Embora também haja evidências de outros materiais orgânicos como musgo, folhas e cascas, parece que havia certa preferência pelas espigas de milho.

O banheiro era comunitário e não necessariamente havia diferenciação de gênero. Todos se sentavam lado a lado em uma latrina coletiva. Ali as pessoas faziam suas necessidades enquanto interagiam, debatiam assuntos diversos e, até mesmo, realizavam banquetes.

O legado indígena para os brasileiros
Também veio deles o costume de tomar banho diariamente, ato que os portugueses evitavam. “Nessa época, os europeus tomavam de um a dois banhos por ano, e apenas por recomendação médica”, conta Eduardo Bueno.

Na história dos antigos egípcios, há mais ou menos 3000 anos, o ato de tomar banho era sagrado e uma forma de purificar o espírito. Os antigos romanos transformaram o banho em um evento, construindo termas públicas onde todo mundo tinha o prazer de relaxar e conviver com os semelhantes.

Entre os países que menos frequentam o chuveiro estão China e Inglaterra. O estudo descobriu, por exemplo, que 80% das mulheres inglesas não tomam banho todos os dias e que 30% delas chegam a passar até três dias sem se banhar. Na média global, a maioria das pessoas toma um banho por dia.

Para exemplificar, o Brasil é conhecido como o país que mais toma banho de chuveiro no mundo, enquanto o Reino Unido é considerado o país que menos toma banho no chuveiro. No entanto, o mais importante é que todos possamos manter em dia a higiene pessoal, independentemente de nossas preferências e práticas de banho.

Segundo dados do nosso Painel de Uso de Cuidados Pessoais, que representa um universo de 115 milhões de pessoas de todas as classes sociais e regiões do País, 68% dos brasileiros tomam, em média, dois banhos por dia.

Além de nadar pelado na praia, ele tinha uma necessidade de limpeza corporal absurda para a época dele. Os palácios podiam quase não ter móveis, mas todos tinham de ter uma casa de banho completamente equipada.

Os indianos tomam banho de balde
Mas posso dizer que a grande maioria mantém o costume do banho de balde, especialmente em cidades menores e nos vilarejos. Essa preferência pelo banho de balde, mesmo após o advento da água encanada e do chuveiro, não derivou de um único fator.

O banho diário era raro: apenas índios e escravos tomavam banhos diários em rios. Europeus, principalmente em regiões mais urbanas raramente se banhavam de corpo inteiro.