Porque Anne Frank se escondeu?

Perguntado por: ibelchior . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Quando Margot recebeu um telefonema a 5 de julho de 1942 para se inscrever para trabalhar na Alemanha nazi, os pais ficam desconfiados. Eles não acreditam que se trate de trabalho e decidem esconder-se no dia seguinte para escapar da perseguição.

Foram algumas das dificuldades enfrentadas por Anne Frank o antissemitismo, os desafios de viver como uma refugiada durante a Segunda Guerra Mundial e os preconceitos tanto em relação à sua idade (era uma adolescente), seu gênero e orientação sexual.

Uma investigação arquivada identificou o judeu Arnold van den Bergh como principal suspeito de ter revelado o esconderijo de Anne Frank e sua família para os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

“Eu sei o que eu quero, eu tenho um objetivo, uma opinião, eu tenho uma religião e tenho amor. Deixe-me ser eu mesmo e então eu estou satisfeito. Eu sei que eu sou uma mulher, uma mulher com força interior e muita coragem”.

O esconderijo de Anne Frank era um anexo secreto atrás do prédio onde o pai dela trabalhava em Amsterdã. Para chegar ao esconderijo, a família teve que subir uma escada escondida e atravessar uma porta giratória secreta que os levava a um espaço de três quartos, onde eles viveram por dois anos.

A autora do Diário em análise, uma menina de seus 14 anos, denota ser, em geral, e de início, intolerante, sem autocrítica, dedicada a discussões acaloradas com membros de sua própria família e outros, todos refugiados dos nazistas, na Holanda, durante a II Guerra Mundial.

O gato de Anne Frank
Mouschi chegou ao sotão pelas mãos de outro foragido e lá ficou por dois anos até o dia em que os nazistas descobriram o esconderijo. O gato aparece no filme “O Diário de Anne Frank”, de 1959, baseado nas páginas escritas pela garota.

Em julho de 1942, Anne Frank, com 13 anos, teve que se esconder com seus pais e sua irmã Margot para escapar dos nazistas e seus colaboradores, tudo porque eles eram judeus.

Ela morava em Amsterdã com a família, mas em 1942 os Franks foram forçados a se esconder dos nazistas que queriam se livrar da população judaica da Europa. Durante este tempo escondida, Anne escreveu um diário, que se tornaria um dos livros mais famosos do mundo.

Do Anexo Secreto para o mundo
Assim, foi para o patriarca dos Frank que Miep Gies entregou o diário da menina. Segundo informações repercutidas pela revista Galileu, a princípio o homem não tinha forças para ler as palavras escritas por sua filha. A perda ainda era muito recente.

Van den Bergh teria entregado o endereço do esconderijo dos Frank para poder salvar sua própria família, que foi poupada dos campos.

De acordo com as pesquisas, o suspeito é Arnold van den Bergh, um (também) judeu de Amsterdã. Os indícios apontam que ele tenha entregado o local onde Anne Frank e sua família estavam numa tentativa de proteger a própria família depois de perder seus já parcos direitos.

A família de Anne Frank
Muito estudiosa e apaixonada por livros, tinha como sonho tornar-se uma artista e escritora famosa. A família Frank era composta por quatro pessoas: Anne, seus pais, Otto Frank e Edith Frank, e a irmã, três anos mais velha, Margot Frank.

Não creio que se possa realmente pôr em palavras. Amor é entender alguém, se importar, compartilhar as alegrias e tristezas.

16 anos (1929–1945)

O ANEXO SECRETO
O edifício tinha dois andares, com escritórios, moinho e depósito de grãos. Na parte de trás estava o “anexo secreto”. “Ninguém jamais suspeitaria da existência de tantos cômodos por trás daquela porta cinza e lisa”, escreve Anne em 9 de julho de 1942.

Conversar, só em sussurros. Anne passava as manhãs lendo e estudando. Por volta das 12h30, quando os funcionários saíam para almoçar, ela fazia sua refeição - a comida era racionada e carne, leite e ovos eram itens cada vez mais escassos - e, em seguida, ligava o rádio na BBC para ouvir notícias.

Após dois anos escondidos no chamado anexo do prédio, onde funcionava a fábrica de seu pai Otto Frank, a família e mais quatro pessoas foram descobertas e levadas para os campos de concentração. O seu pai Otto, foi o único sobrevivente entre as oito pessoas que ficaram na casa.

Todos os dias antes de dormir, ela escrevia relatos em seu diário, contendo detalhes sobre tudo que estava acontecendo. Após muito tempo depois do término da Guerra, historiadores encontraram seu diário, contendo informações detalhadas e o ponto de vista dos civis daquele período histórico.

Em 4 de agosto de 1944 a polícia secreta alemã descobriu o esconderijo, prendeu e deportou seus inquilinos. Após ter passado pelos campos de Westerbork e Auschwitz, Anne Frank morreu de tifo no início de 1945 em Bergen-Belsen, pouco tempo antes da chegada das forças aliadas.

Sabe-se que a garota foi descoberta pelas tropas do Führer ao lado de outras sete pessoas no andar de cima do armazém. Durante investigações, mais de 30 pessoas foram consideradas suspeitas de terem denunciado Anne Frank e seus parentes.