Porque a Rússia quer Mariupol?

Perguntado por: aribeiro . Última atualização: 24 de janeiro de 2023
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Com a tomada de Mariupol, os russos passariam a controlar o porto local e poderia impedir o acesso da Ucrânia ao mar, ao mesmo tempo em que conseguiria abastecer suas tropas com equipamentos e suprimentos.

A invasão da Ucrânia pela Rússia ocorreu no início de 2022. Ela foi motivada pelo avanço da Otan no Leste Europeu e por questões geopolíticas entre os dois países envolvidos. Interesses territoriais, culturais e econômicos motivaram a invasão da Ucrânia promovida pela Rússia.

O principal ponto de conflito entre os dois países — a luta entre socialismo e capitalismo — já tornara-se passado, visto que a Rússia, diferente da URSS, tornou-se um estado capitalista.

Tal como a península da Crimeia, Lugansk e Donetsk são regiões onde uma grande percentagem da população declara o russo como língua materna e é etnicamente russa. A situação é semelhante nas regiões vizinhas de Zaporíjia, Kharkiv e Odessa. No entanto, só na Crimeia os russos étnicos constituem a maioria da população.

Mariupol: 900 soldados ucranianos foram enviados a campos de prisioneiros, diz Rússia.

mai. 2022) que estão retirando as suas tropas da usina siderúrgica de Azovstal, último ponto de resistência ucraniana em Mariupol. Assim, depois de meses de bombardeio, a cidade portuária passa a ser controlada pela Rússia. A perda de Mariupol é considerada uma derrota significativa para a Ucrânia.

Por que a Ucrânia tem tanta importância para a Rússia? A Ucrânia possui grande importância para a Rússia, especialmente em termos geopolíticos, uma vez o país serve como “escudo” contra uma possível invasão do território russo.

A Rússia invadiu a Ucrânia com o propósito de manter sua zona de influência na porção oriental do território europeu. Um dos objetivos da ação russa é evitar que a Ucrânia ingresse na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

As explicações para a postura de Biden devem considerar os seguintes pontos: Capacidade nuclear da Rússia e temor de consequências de uma escalada global do conflito. Papel da Rússia na economia global e na Europa, inclusive por causa do fornecimento de gás natural.

No sábado (26/2), Estados Unidos, Alemanha, Austrália, França e Holanda anunciaram remessas de armas para a Ucrânia. O Departamento de Estado americano se comprometeu com o equivalente a US$ 350 milhões em armas, incluindo mísseis antitanque Javelin, sistemas antiaéreos e coletes à prova de balas.

Apesar do volume total modesto, a Ucrânia é o principal fornecedor para o Brasil de ferro fundido bruto e de uma liga chamada ferro especular. No ano passado, 99,76% desse tipo de produto foi importado da Ucrânia, movimentado US$ 11,7 milhões.

Antes da guerra, Mariupol era conhecida como uma lugar onde as pessoas podiam relaxar e aproveitar seus momentos de lazer. A cidade de cerca de 450 mil habitantes no sul do mar de Azov até se gabava de ter as águas balneares mais quentes de toda a Ucrânia.

Rússia e Ucrânia são dois dos maiores exportadores mundiais de cereais, especialmente trigo e girassol, e desde o início da guerra as exportações ucranianas têm sido severamente afetadas pelo conflito, especialmente dado que a Rússia controla as águas do Mar Negro, em cuja costa ficam os principais portos ucranianos.

Sobre a ajuda militar, o país interesses muito relevantes na Ucrânia —tanto em termos econômicos (em função da importância da Ucrânia para o mercado europeu, como rota de passagem do gás russo e exportador de commodities) quanto pela sua importância como um mercado para fornecimento de armamentos.

No total, os 2 países concentram 11.527 ogivas nucleares, sendo 5.977 do governo russo e 5.550 do governo norte-americano, até fevereiro de 2022.

A Rússia diz que a entidade é expansionista, agressiva e lhe representa uma ameaça. A Otan aponta que jamais houve uma promessa feita à Rússia de expansão da entidade após a Guerra Fria.

Trata-se de um conflito armado opondo as forças separatistas das autodeclaradas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk contra o governo ucraniano. Os separatistas são amplamente liderados por cidadãos russos.

A possibilidade da aproximação da Ucrânia com a União Europeia e com a Otan é um dos principais pontos destacados pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, como motivação para invadir o território ucraniano. Para ele, uma aliança militar da Ucrânia com a organização seria uma ameaça contra o Kremlin.

Os 20% do território ucraniano sob domínio russo superam a superfície de Bélgica, Holanda e Luxemburgo juntos, afirmou Zelensky.