Porque a refinaria da Bahia foi vendida?

Perguntado por: atavares . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Os novos valores começaram a valer no estado no mesmo dia e foram justificados pelos gestores como uma tentativa de acompanhar as últimas altas do preço internacional do petróleo. Assim, a antiga Landulpho Alves (Rlam), vendida ao capital privado pelo governo Bolsonaro, voltou a ter os combustíveis mais caros do país.

O comprador foi a Mubadala Capital, um fundo de investimentos de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, pelo valor de 1,65 bilhão de reais. A Mataripe foi a primeira refinaria nacional de petróleo. Sua criação, em setembro de 1950, foi impulsionada pela descoberta do petróleo na Bahia.

A refinaria foi privatizada em 2021, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, pelo valor de R$ 1,65 bilhão. Os requerimentos de informação (REQ 1/2023, REQ 2/2023 e REQ 3/2023) foram aprovados nesta terça-feira (14) na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC).

“Ao invés de investir no refino, retomando as obras paralisadas e a construção e implantação de novas refinarias, como anteriormente planejado, decide pela venda de metade da capacidade de refino da companhia alegando que os preços cairão com as privatizações e a concorrência, o que já está fartamente desmentido na ...

A venda do patrimônio da Petrobrás alcançou a marca de R$ 281 bilhões nos últimos oito anos, com a negociação de 70 ativos. Desse número, 54 ativos foram vendidos nos quatro anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, somando R$ 175 bilhões, o equivalente a 62,28% do valor total.

Em acordo firmado em 2019 com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a petroleira se comprometeu a vender a refinaria. A construção das refinarias Premium 1 e 2, no Maranhão e no Ceará, foi cancelada pela Petrobras, que em 2015 reconheceu que os projetos tinham gerado perdas de R$ 2,7 bilhões.

Trata-se da refinaria Mataripe (antes refinaria Landulpho Alves), privatizada por Jair Bolsonaro (PL) em dezembro de 2021, sendo comprada pela Acelen, vinculada ao fundo de investimentos Mubadala Capital, sediado em Abu Dhabi.

O governo Fernando Henrique Cardoso realizou quatro leilões de área exploratória. Teve menos tempo para fazer leilões pois teve que trabalhar no Congresso Nacional a mudança na lei para a abertura do setor e o fim do monopólio da Petrobras.

Ao todo o projeto original previa a venda de oito refinarias, mas até agora vendeu a refinaria da Bahia para o fundo árabe Mubadala. A Petrobras se desfez ainda da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, para a Forbes & Manhattan (F&M), e da Lubnor, no Ceará, para a Grepar.

O governo Bolsonaro privatizou a Rlam em março do ano passado para o grupo Mubadala Capital, fundos dos Emirados Árabes Unidos, por US$ 1,65 bilhão. De acordo com o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), a refinaria foi vendida por um preço 55% abaixo do valor de mercado.

Em decisão unânime, o Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou a operação, desde que cumpridas algumas condições.

A privatização da BR Distribuidora, mencionada por Lula, foi concluída em 2019.

Das 13 refinarias da Petrobras, oito seriam privatizadas. Mas passados quase três anos, apenas um negócio saiu do papel. A Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, foi vendida no início de 2021 por US$ 1,65 bilhão ao fundo soberano do governo de Abu Dhabi.

A resposta está relacionada às características do produto extraído no Brasil, à estrutura de refinarias e outros aspectos técnicos”, ressaltou ele. Boa parte das refinarias brasileiras foi construída na década de 1970, quando o petróleo era importado, porém, ele era do tipo leve.