Porquê a radiação ionizante está associada ao câncer?

Perguntado por: ihilario . Última atualização: 6 de maio de 2023
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As radiações ionizantes são aquelas que têm energia suficiente para remover dos átomos, elétrons firmemente dispostos, criando então os íons. Têm energia suficiente para danificar o DNA das células e causar câncer.

A radioterapia é um tratamento no qual se utilizam radiações ionizantes (raios-x, por exemplo), que são um tipo de energia para destruir as células do tumor ou impedir que elas se multipliquem. Essas radiações não são vistas durante a aplicação e o paciente não sente nada durante a aplicação.

A radiação ionizante pode causar danos a células diretamente, quebrando ligações químicas de moléculas biológicas(quebra da molécula de DNA), ou indiretamente criando radicais livres nas moléculas de H2O, que são as mais atingidas pela radiação.

A radiação ionizante tem a capacidade de afetar e danificar as células do corpo humano, causando doenças graves, inclusive fatais, como o câncer por exemplo, talvez a mais conhecida consequência da exposição à radiação ionizante.

Câncer de tireoide, tumores, leucemia aguda, doenças oculares, distúrbios psicológicos e até mesmo danos à composição genética são apenas algumas das piores consequências à saúde que a alta exposição à radiação pode causar em humanos.

Ao alterar as moléculas no ambiente altamente organizado da célula, a radiação ionizante pode afetar e danificar células. Dependendo da magnitude da dose, órgãos expostos e tipos de radiação, o dano celular causado por radiação ionizante pode causar doença aguda, aumentar o risco de desenvolver câncer ou ambos.

Os efeitos biológicos das radiações ionizantes podem ser estocásticos ou determinísticos. A principal diferença entre eles é que os efeitos estocásticos causam a transformação celular enquanto que os determinísticos causam a morte celular.

Os radiofármacos mais empregados nesses tipos de exames é o Tecnécio (99mTc), Iodo (131I) e Gálio (68 Ga) administrado através de procedimento intravenoso. No Brasil esses medicamentos à base de radiação são produzidos e regulados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

A radiação pode provocar basicamente dois tipos de danos ao corpo, um deles é a destruição das células com o calor, e o outro consiste numa ionização e fragmentação (divisão) das células.

A contaminação externa ocorre quando o material radioativo entra em contato com a pele, o cabelo ou as roupas de uma pessoa. A contaminação interna pode ocorrer quando o material radioativo é engolido ou inalado.

Câncer radioinduzido
As mudanças nas moléculas de DNA podem resultar no processo conhecido como neoplásica. A célula modificada, mantendo sua capacidade reprodutiva, pode gerar um câncer (Tauhata, 2003; Stabin, 2007; Nouailhetas, [199-?]).

Radiação ionizante é uma forma de radiação que carrega energia suficiente para ionizar os átomos, arrancando os elétrons mais próximos dos núcleos atômicos. A radiação ionizante é capaz de arrancar os elétrons de átomos e moléculas.

raios gama

Os raios gama são os mais perigosos. Atravessam o corpo e deformam as células, podendo levar a vários tipos de câncer.

Radiações ionizantes
São exemplos de radiação ionizantes: Radiação alfa; Radiação beta; Radiação gama.

Os aparelhos de Raios X, Tomografia Computadorizada, Densitometria Óssea e Mamografia utilizam um tipo especial de radiação ionizante, chamada de raios X, que tem a capacidade de atravessar corpos que a luz habitual não atravessa. Os aparelhos de Ultrassonografia e Ressonância Magnética não utilizam radiação ionizante.

Por exemplo, se as células formadoras do sangue são as mais sensíveis devido a sua taxa de reprodução ser rápida, os órgãos formadores do sangue são os mais sensíveis à radiação. As células musculares e nervosas são relativamente mais resistentes à radiação e, portanto, os músculos e o cérebro são menos afetados.

Pilares da radiologia médica, os raios X são exemplos de radiação ionizante.

Quando a energia de um fotão é suficiente para quebrar ligações químicas, diz-se que estamos perante radiação ionizante; quando a energia não é suficiente, a radiação diz-se não-ionizante.

A radiação ionizante é capaz de alterar o número de cargas de um átomo, mudando a forma como ele interage com outros átomos. Pode causar queimaduras na pele e, dentro do corpo, dependendo da quantidade e intensidade da dose, causar mutações genéticas e danos irreversíveis às células.

A radioatividade entra no corpo através da inalação ou é absorvida através da pele. Câncer de tireoide, tumores, leucemia aguda, doenças oculares, distúrbios psicológicos e até mesmo danos à composição genética são apenas algumas das piores consequências à saúde que a alta exposição à radiação pode causar em humanos.