Porque a privatização da Eletrobras é boa?

Perguntado por: itaveira . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Desde a privatização da empresa, as condições hidrológicas brasileiras melhoraram muito. Depois de um período de seca e falta de chuvas, que levou o País a uma crise hídrica entre 2021 e 2022, os níveis dos reservatórios hidrelétricos se recuperaram em 2023. Como consequência, os preços da energia caíram.

Passado um ano da privatização da Eletrobras, as ações da empresa registraram uma queda de 8,5%, contrariando as previsões iniciais de especialistas. Essa variação não considera os dividendos distribuídos pela empresa no período.

A privatização da Eletrobras movimentou R$ 33,7 bilhões e representou uma das maiores ofertas de ações em todo o mundo em 2022.

A União Federal deixou de ser controladora da empresa. Embora o BNDES tenha vendido ações na oferta global, a perda do controle ocorreu principalmente pela diluição da participação do governo com a emissão de novas ações. Como resultado da transação, o governo terá pouco mais de 40% do capital social da companhia.

O governo Bolsonaro concluiu nesta 5ª feira (9. jun. 2022) o processo de privatização da Eletrobras. Com o fim do bookbuilding –quando se avalia a demanda do mercado–, a Diretoria Executiva da empresa estabeleceu o preço de R$ 42 por ação.

Com a conclusão do processo, a Eletrobras se tornou uma empresa sem controlador definido, como aconteceu com a Embraer. O governo tem reafirmado que a privatização resultará em benefícios para a população e pode reduzir a conta de luz dos consumidores residenciais, uma vez que tornará o setor mais competitivo.

Para além do tarifaço, a privatização causará queda na qualidade da energia com aumento de apagões no futuro, desindustrialização com consequente aumento da falência de empresas e desemprego, privatização da água e a destruição da soberania energética.

Eletrobras (ELET3): não feche os olhos para o risco
Apesar de fazer parte de um setor considerado um “porto seguro” na bolsa, esse não é um investimento livre de riscos – esteja você investindo por meio dos fundos mútuos de privatização (FMPs) ou diretamente na bolsa.

O trabalhador que usou parte do FGTS para investir na Eletrobras por meio de fundos mútuos de privatização precisará aguardar um prazo de 12 meses. Depois desse período de carência será possível realizar resgates.

Portanto, a mensagem é a seguinte: os papéis da Eletrobras foram derrubados nos últimos meses pela alta dos juros e a insegurança dos investidores em relação a uma empresa com ruídos políticos e em processo de turnaround (reestruturação).

O governo tem 43% das ações [Eletrobras], mas no conselho só tem direito a um voto.

Conforme o PL 10826/18, os empregados, inclusive os que estiverem em período probatório à época da venda, serão lotados em outras empresas públicas, sociedades de economia mista ou esfera do governo federal, sendo mantidos seus direitos adquiridos.

O Tribunal de Contas da União (TCU) fez o acompanhamento da desestatização das distribuidoras de energia elétrica então controladas pelas Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras).

O Projeto de Lei 5877/19, do Poder Executivo, viabiliza a privatização da Eletrobras, estatal responsável por 1/3 da produção de energia elétrica do País. A empresa é vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Somos líderes em geração e transmissão de energia elétrica no país e contribuímos para que a matriz energética brasileira seja uma das mais limpas e renováveis do mundo. Maior companhia do setor elétrico da América Latina, somos uma empresa de capital aberto.

Participação no capital votante (ações ON) antes e depois da oferta.

  • União: antes era de 51,8%; agora é 33%
  • BNDESPar: antes era de 11%; agora é de 3,6%
  • BNDES: Antes era de 5,8%; agora é de 3,7%
  • Outros: antes era de 31,4%; agora é de 59,7%