Porque a pessoa passa mal na hemodiálise?

Perguntado por: rpeixoto6 . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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Quando os rins não funcionam adequadamente, substâncias indesejáveis - como potássio, fósforo, sal e líquidos - acumulam-se no sangue. Com isso durante o processo de hemodiálise surgem alguns sintomas como indisposição, câimbra, náuseas, vômitos, falta de apetite, aumento da pressão arterial, inchaço e mal-estar.

Quanto aos efeitos colaterais, no geral, os pacientes são sentem nada, mas pode ocorrer queda da pressão arterial, câimbras ou dor de cabeça. Em todos os casos, os pacientes são acompanhados por um médico e uma equipe de enfermagem durante o procedimento.

As complicações mais comuns durante a hemodiálise são, em ordem decrescente de freqüência, hipotensão (20%-30% das diálises), cãibras (5%-20%), náuseas e vômitos (5%-15%), cefaléia (5%), dor torácica (2%-5%), dor lombar (2%-5%), prurido (5%), febre e calafrios (< 1%).

A insuficiência cardíaca congestiva e a morte súbita são as mais frequentes causas de óbitos de origem cardiovascular no paciente renal crônico em estágio avançado.

Em geral três vezes por semana, com duração em torno de quatro horas. Existem variações neste tempo de acordo com o tamanho e a idade do paciente.

Cansaço e fraqueza
O doente renal crônico pode se sentir cansado e fraco, por isso é difícil para ele conseguir subir um andar de escadas, ou fazer uma caminhada pelo quarteirão. Ele pode sentir a necessidade de dormir mais do que o normal.

Da mesma forma, a perda da função renal ocasiona o acúmulo de fósforo no organismo, que, por sua vez, causa a calcificação dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de problemas como enfarte.

creatinina: pode causar confusão mental, inchaço nas pernas e braços, sensação de falta de ar e cansaço.

Quem faz hemodiálise precisa do tratamento para retirar o excesso de água do organismo. Entre uma sessão e outra, ela poderá se acumular no corpo causando diversos problemas. Por isso é importante controlar a quantidade de líquidos ingeridos.

Depois que começar a fazer hemodiálise, há chances do rim voltar a funcionar ? Não, se o paciente tiver doença renal crônica avançada, seus rins não voltarão a funcionar mesmo fazendo hemodiálise. A diálise é apenas um método de substituição do rim e não tem a capacidade de reverter lesões renais.

Devido às intercorrências e complicações os pacientes em tratamento dialítico podem apresentar uma taxa de mortalidade 3,5 vezes maior do que na população geral (20% em 1 ano e 70% em 5 anos), levando em conta fatores como idade, diabetes e doenças cardiovasculares, concomitantes no início da diálise.

Especializado em pronto-socorro e nefrologia, Alexandre Carvalho alerta para riscos severos por quem recusa a hemodiálise. “[Nestes casos], pacientes sofrem um altíssimo risco de complicações agudas, como edema agudo pulmonar, arritmia decorrente da hiperpotassemia, convulsões e até morte súbita”.

No período investigado, aproximadamente 50% das mortes tiveram como causa a insuficiência renal do tipo crônica, definida como uma lesão lenta, progressiva e irreversível dos rins; 45% foram mortes decorrentes da insuficiência renal aguda, quando há perda da função renal rápida e de maneira súbita.

Quando o rim entra em fase terminal, os sintomas que surgem são fadiga, náuseas e vômitos, perda do apetite, emagrecimento, falta de ar, hálito forte (com cheiro de urina) e edemas generalizados.

Uma curiosidade: enquanto na hemodiálise o filtro está na máquina, na diálise peritoneal ele é o peritônio, uma membrana que reveste os órgãos abdominais.

Elias David Neto – Em geral, a diálise é indicada quando a função renal está bastante reduzida, ou seja, em torno de 10% da função inicial, o que é insuficiente para manter a pessoa viva. Com 50%, 60% ou 70% da função preservada, ela conseguirá levar vida absolutamente normal.

No mundo todo, as doenças mais comuns que levam à perda de função renal são as nefropatias hipertensiva e diabética. As doenças primárias do rim (as chamadas glomerulonefrites) são menos comuns porém, dentre essas, na população adulta, a mais frequente é a nefropatia por IgA.

Na maioria das vezes, o procedimento é realizado três vezes por semana, durando em média 4 horas por sessão.