Porque a mandioca fica azul?

Perguntado por: afarias . Última atualização: 3 de junho de 2023
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Esse problema nada mais é do que uma defesa da planta, da raiz, para evitar perda da água.

R: A recomendação para o processamento e, portanto, para o consumo do aipim (mandioca de mesa) é que as raízes sejam selecionadas, excluindo-se as que apresentarem partes enrijecidas, escuras ou que tenham qualquer tipo de doença.

Afinal, é através dos testes de laboratório que se pode avaliar o teor do ácido cianídrico presente na mandioca. Ambos os tipos têm esse ácido; a diferença é que a mandioca brava tem uma concentração muito maior, tanto que chega a ser extremamente tóxica a humanos e animais.

Tanto a macaxeira quanto a mandioca brava podem apresentar pele branca ou rosada, caule verde ou rosado ou alguma característica semelhantes nas raízes. Esses dois tipos são bastante parecidos e não podem ser diferenciados a olho nu, precisando de uma análise laboratorial para quantificação do ácido cianídrico” diz.

É necessário cortar e descascar as raízes em pequenos pedaços e cozinhá-los para que as substâncias tóxicas sejam eliminadas. Com a mandioca-brava é diferente. Ela conserva elevado teor de precursores do ácido cianídrico.

Apos cinco a sete dias da colheita inicia a deterioracao microbiana causada por fungos e bacterias que atuam como patogenos e ocasionam podridoes umidas com fermentacao nas raizes.

Esse problema nada mais é do que uma defesa da planta, da raiz, para evitar perda da água. O azulamento começa a ocorrer nos vasos que levam a água do solo para as raízes da mandioca. Isso acontece com todas as variedades, com maior ou menor intensidade.

Lavagem: A mandioca deve ser mergulhada em água para soltar a sujeira e depois escovada para remover a matéria orgânica aderida (Figura 2a).

A mandioca-amarga ou brava possui alto teor de ácido cianídrico (quantidade de linamarina maior que 100 mg/kg), extremamente tóxico ao homem e aos animais. Quando a linamarina sofre a ação de enzimas externas ou existentes na própria raiz, surge o ácido cianídrico, com alto ou baixo grau de toxidade.

Durante o armazenamento, a mandioca escurece rapidamente, deixando a polpa com listas escurecidas. A rapidez de escurecimento pode ser reduzida se as raízes forem mantidas em lugares bastante úmidos. A desidratação limita a vida útil da mandioca fresca em cerca de uma semana.

Berinjela, cenoura e brócolis, por dez meses. Abóbora e abobrinha podem ser congeladas por até dez meses. A mandioca deve ser levada ao freezer descascada, crua e, preferencialmente, já cortada em pedaços por até oito meses.

Produzidos a partir da mandioca, a farinha, o tucupi e a maniva possuem compostos de cianeto, como o ácido cianídrico, uma substância tóxica.

Parte tóxica: Qualquer parte da planta, principalmente as folhas e a entrecasca da raiz. Princípio ativo: As variedades, tanto a brava como a doce contém como princípio ativo tóxico um glicossídio cianogenado denominado linamarina que, por decomposição hidrolítica libera ácido cianídrico (HCN).

O procedimento para a retirada do veneno é ralar a mandioca e deixar de molho em água com sal por cerca de 48 horas.

A mandioca rosada, depois de cozida, adquire uma coloração avermelhada. A mandioca rosada traz como benefício a prevenção de câncer de próstata, de acordo com o pesquisador bioquímico de plantas Luiz Joaquim Carvalho. Já o material de cor amarela mais intensa tem betacaroteno, vitamina A.

A hortaliça surgiu na Ásia Menor e foi levada para a Europa no século 16, sendo trazida ao Brasil apenas no século 19, aponta o Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Ela existe nas colorações branca, creme, amarela, laranja, verde e roxa – essas duas últimas ainda pouco comercializadas.

Quando a mandioca tem um teor alto de ácido cianídrico, ela tem um sabor muito amargo, mesmo após o cozimento, mais amargas que jiló cru, por exemplo”, explica Feltran. Outra dica para se proteger é descartar a água do cozimento, porque, se tiver ácido, sairá nesse líquido.