Porque a maioria das capitanias hereditárias não deram certo?

Perguntado por: abotelho . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Resultado. Por vários motivos, as capitanias hereditárias duraram apenas 16 anos e fracassaram. O sistema de capitanias sofreu com a falta de recursos e também com o abandono por parte de seus donatários. Os ataques indígenas também colaboraram para o fracasso, por que lutaram contra a invasão de suas terras.

A explicação mais comum é que o sistema de capitanias hereditárias fracassou pois não havia incentivos estatais suficientes por parte de Portugal, infraestrutura básica no Brasil ou mesmo interesse por parte dos colonos.

Pernambuco e São Vicente foram as capitanias que mais prosperaram. Nelas haviam ocorrido experiências de ocupação agrícola desde o período da colonização acidental. Apesar de enfrentarem problemas comuns aos das demais capitanias, Duarte Coelho e Martim Afonso de Sousa obtiveram sucesso.

É correto afirmar que: a) as capitanias foram entregues a capitães-donatários, com o compromisso de promoverem seu povoamento e exploração; contudo, poucos eram os direitos e os privilégios que recebiam em troca.

A extinção do sistema de capitanias ocorreu formalmente em 28 de fevereiro de 1821, um pouco mais de um ano antes da declaração de independência.

As Capitanias Hereditárias foram um sistema administrativo implementado pela Coroa Portuguesa no Brasil em 1534. O território do Brasil, pertencente a Portugal, foi dividido em faixas de terras e concedidas aos nobres de confiança do rei D. João III (1502-1557).

O Sistema de Capitanias Hereditárias. As capitanias hereditárias no litoral brasileiro, doadas por Dom João III entre 1534 e 1536, foram 14.

As capitanias hereditárias foram implantadas no Brasil a partir de 1534 por determinação do rei D. João III. Foram criadas com o objetivo de incentivar a ocupação do território, garantir a exploração econômica das terras e impedir as invasões francesas.

Tomé de Sousa

O governo-geral permaneceu até a vinda da família real para o Brasil, em 1808. Tomé de Sousa, o primeiro governador do Brasil, chegou em 1549 e fundou a cidade de Salvador, a primeira da colônia.

O Governo-Geral foi um modelo administrativo que a Coroa de Portugal implantou na América Portuguesa em 1548. Esse governo foi estabelecido a fim de substituir e complementar o sistema de Capitanias Hereditárias, que não havia dado o retorno esperado.

Fernando de Noronha

A primeira capitania hereditária que o Brasil teve foi Fernando de Noronha. As ilhas foram descobertas por Gonçalo Coelho em 1503. Em 1504, D. Manuel I estabeleceu a divisão da colônia brasileira em capitanias hereditárias e então, doou o arquipélago a Fernão de Noronha, navegante e comerciante de pau-brasil.

As capitanias hereditárias surgiram por ordem do rei português D. João III, no ano de 1534, sendo a primeira divisão territorial e administrativa implantada pelos portugueses na América Portuguesa.

Sendo assim, em 1534, o rei português decidiu dividir as terras que pertenciam a Portugal pela força do Tratado de Tordesilhas. Com essa decisão, Portugal dividiu a colônia em 15 lotes de terra, que correspondiam, ao todo, a 14 capitanias, que foram entregues para a administração dos capitães-donatários.

João III fez a concessão de doze capitanias no Brasil na década de 1530. O primeiro capitão-donatário a estabelecer-se foi Martim Afonso de Sousa, em São Vicente.

O território do atual Estado de São Paulo englobava duas capitanias, a de São Vicente, onde foi fundada a cidade de mesmo nome, a primeira do Brasil, e a Capitania de Santo Amaro, mais ao sul, que foi incorporada em 1620 a São Vicente.

As sesmarias eram terrenos incultos e abandonados, entregues pela Monarquia portuguesa, desde o século XII, às pessoas que se comprometiam a colonizá-los dentro de um prazo previamente estabelecido.

Os donatários dispunham de grande autoridade, mas não eram os donos da terra, apenas detinham a posse sobre os territórios desde que pudessem defendê-los, mantê-los e cultivá-los.

Portugal não demonstrou interesse em efetivar a colonização do Brasil por causa dos lucros obtidos com o comércio das especiarias e por não ter encontrado metais preciosos logo após o desembarque da esquadra cabralina.

O Governo-Geral foi um modelo administrativo que os portugueses implantaram no Brasil em 1548 por ordem do rei D. João III. O novo modelo surgiu para substituir e complementar as Capitanias Hereditárias, um sistema que não trouxe o retorno esperado.

Com a transferência da capital em 1763, de Salvador para o Rio de Janeiro, a nomeação de um vice-rei para o Estado do Brasil tornou-se usual. O primeiro vice-rei no Rio de Janeiro foi o conde da Cunha e o último foi o conde dos Arcos.