Porque a língua enrola na convulsão?

Perguntado por: igonzaga . Última atualização: 30 de janeiro de 2023
4.3 / 5 8 votos

Mito: A língua é um músculo e está fixada na cavidade oral pelo “frênulo da língua” ou freio da língua como é conhecido popularmente. Por este motivo conseguimos apenas levar a língua ao começo da garganta, O que ocorre na convulsão é um relaxamento da língua que acaba obstruindo a passagem do ar.

Portanto, a primeira coisa a fazer é NÃO puxar a língua do indivíduo, NÃO colocar nada na sua boca, como colher, meia etc. O que fazer, então? Bom, você deve procurar proteger o indivíduo, se possível, para que ele não se machuque.

Durante uma crise convulsiva, deve-se segurar os braços e a língua da pessoa – MITO. Durante uma crise o ideal é colocar o paciente deitado com a cabeça de lado para facilitar a saída de possíveis secreções e evitar a aspiração de vômito.

As crises epilépticas podem ser parciais (focais) ou generalizadas. A primeira é provocada por alterações em qualquer parte do cérebro e, por isso, pode apresentar sintomas diversos, que vão desde o formigamento ou náusea até ouvir barulhos estranhos ou sentir cheiros diferentes.

Os sintomas que sugerem uma convulsão incluem perda da consciência, espasmos musculares que agitam o corpo, língua mordida, perda do controle da bexiga, confusão súbita ou incapacidade de se concentrar.

Problemas na fala
Dificuldade para emitir palavras, impossibilidade de se comunicar, fala enrolada. São sinais fortíssimos de que a pessoa está tendo um AVC, principalmente se acompanhado de fraqueza dos membros inferiores ou superiores.

Disartria é uma alteração da fala, geralmente, provocada por um distúrbio neurológico, como um AVC, paralisia cerebral, doença de Parkinson, miastenia gravis ou esclerose lateral amiotrófica, por exemplo.

O desmaio que apresenta características sugestivas de crises convulsivas como balanço dos membros, urinar ou defecar, morder língua, arroxeamento, retração dos braços e desvio da cabeçe e olhos, deve ser investigado com o neurologista numa avaliação semiológica detalhada, bem como uma tomografia e/ou ressonância e um ...

Um detalhe muito importante é nunca forçar a abertura da boca e nem tentar colocar nada na boca da vítima, isso pode machucar ou até mesmo quebrar dentes. A LÍNGUA NÃO ENROLA.

Disartria hipocinética: há uma voz rouca, soprosa e trêmula, com imprecisão na articulação, havendo também alteração na velocidade da fala e tremor de lábio e língua.

A língua branca é resultado de um aumento excessivo de micro-organismos em sua superfície, o que causa um aspecto esbranquiçado e áspero. Esse revestimento branco, também conhecido como saburra lingual, é composto por detritos, bactérias e células mortas que criam uma placa branca na língua.

Tentar imobilizar a pessoa ou amarrar os membros, pois pode resultar em fraturas ou outras lesões; Colocar a mão na boca da pessoa, assim como objetos ou panos; Dar de comer ou beber até que a pessoa esteja completamente alerta, mesmo que se desconfie de uma diminuição de açúcar no sangue.

  1. nunca segure a pessoa ou tente impedir seus movimentos;
  2. não coloque nada em sua boca, isso poderá lesionar seus dentes e/ou a mandíbula. Uma pessoa em convulsão não irá engolir a própria língua;
  3. não tente fazer procedimentos de respiração boca-a-boca;
  4. não ofereça água ou comida até que ela esteja totalmente consciente.

O socorrista adverte: “Não coloque nada na boca da pessoa, porque a língua não enrola. Isso é mito! Apenas proteja e lateralize a cabeça.” Em alguns casos, pode ocorrer uma salivação excessiva da pessoa em convulsão.

Dentro das crises generalizadas, há três tipos principais:

  • Crise atônica: Aqui, a pessoa perde o tônus muscular, a força. Ela pode desmaiar e perder a consciência. ...
  • Tônico-clônica generalizada: Este é o tipo mais comum, a que estamos mais habituados a ver. ...
  • Crise de ausência: Esta é quase imperceptível.

Em todos os casos, é importante procurar não entrar em pânico e anotar a hora em que começou e terminou a crise. Se por acaso houver convulsões com duração maior do que 15 minutos, pode ser necessário utilizar medicamentos prescritos pelo pediatra/neurologista.

Não se deve dar água a pessoa durante a crise ou após, enquanto estiver inconsciente, não colocar a mão na boca da vítima a fim de desenrolar a língua e não medicar o indivíduo. Após a crise, as vítimas normalmente caem em sono profundo. Exceto em traumatismo craniano, esta condição de sono não deve ser evitada.

Anticonvulsivante de escolha para tratamento prolongado

  • Lamotrigina.
  • Levetiracetam.
  • Topiramato.
  • Valproato.
  • Zonisamida.

Os benzodiazepínicos são os fármacos de primeira escolha para o controle das crises convulsivas com duração maior que 5 minutos, sendo midazolam, diazepam e lorazepam os mais utilizados. Tais medicamentos atuam na inibição neural mediada pelo ácido gama-aminobutírico (GABA) e têm ação rápida e meia vida curta.

Nós neurologistas ouvimos muito este questionamento; e sua explicação é relativamente simples: uma pessoa pode ter uma ou duas convulsões pontuais durante sua vida toda; neste caso, dizemos que o paciente teve crises, convulsão, mas não tem epilepsia.