Porque a Inglaterra era favorável ao fim da escravidão?

Perguntado por: ureal . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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A Inglaterra foi pioneira na Revolução Industrial por isso, já no século XIX, a maioria do capital da industrialização não era mais dependente do tráfico negreiro e pedia novos mercados. O fim do tráfico e da escravidão, estimularia o investimento do capital em outras áreas e aqueceria o mercado com novos consumidores.

A repressão ao tráfico transformou-se em política de Estado para o governo britânico. Interessava à Inglaterra defender seus interesses comerciais no mercado internacional de açúcar onde ela disputava com o Brasil e Cuba cujas produções eram feitas com mão de obra escrava.

Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou. Além disso, a independência trouxe problemas para a economia do país.

Haiti

Ou seja: conhecer a história da Revolução do Haiti (1791 – 1825). Foi o primeiro país a abolir a escravidão e o segundo a proclamar a Independência nas Américas.

A princípio a Inglaterra agiu buscando restringir as áreas de atuação do tráfico que entendia ser ilícito. A emancipação política do Brasil fez a Inglaterra, mediadora na questão do reconhecimento, tomar uma série de medidas restritivas ao tráfico negreiro.

Brasil

O Brasil utilizou-se do trabalho escravo desde o início da sua colonização e foi o último país a abolir o regime escravocrata. Isso só aconteceu no século XIX, após o imperador D. Pedro II não resistir mais à pressão da Inglaterra, de outros países europeus e da sociedade brasileira da época para libertar os negros.

Para os ingleses, a vinda da corte para a colônia era muito importante, pois, por meio de acordos diplomáticos, poderiam conseguir inúmeras vantagens para os seus negócios. Esse comércio serviria de compensação para os prejuízos econômicos causados pelo Bloqueio Continental.

Os britânicos foram pioneiros na abolição da escravidão e na proibição do tráfico negreiro devido à conscientização sobre os Direitos Humanos que surgia no continente europeu, tendo sido fundamentais para a criação de sanções como a Lei Eusébio de Queiroz que limitou consideravelmente esse comércio para a América ...

Estima-se que o Império Britânico foi responsável pelo transporte de 3,5 milhões de escravos africanos para o “Novo Mundo”, número que corresponde a um terço do total de vítimas do tráfico humano transatlântico entre 1670 e 1833, ano em que a escravidão foi completamente abolida dentro dos confins do Império.

Seus principais defensores foram Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e Jerônimo Sodré. A outra tendência era mais radical, porque defendia a ideia de que o fim da escravidão deveria ser conquistada pelos próprios escravos, através da insurreição e lutas de libertação.

Os ingleses passaram a pressionar pelo fim desse comércio, em resposta ao fortalecimento das mobilizações abolicionistas e especialmente de olho na conversão de escravos em potenciais consumidores de seus produtos industrializados.

Foi a Dinamarca, em 1792 – mas a lei criada nessa data só entrou em vigor em 1803. É importante lembrar que a escravidão – nascida junto com as primeiras civilizações – já havia sido adotada e abandonada diversas vezes por vários povos antigos, como egípcios, gregos e romanos.

A Inglaterra, que não fazia parte da Santa Aliança, e que desejava garantir seus privilégios comerciais e políticos no Brasil, foi a grande intermediária junto às demais nações para o reconhecimento externo da nossa independência. Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a Independência do Brasil, em 1824.

Sheila – Os ingleses não tiveram um projeto de efetiva colonização do Brasil, como ocorreu com os franceses e holandeses, e isso fez com que não se lançasse tanta luz sobre a produção discursiva inglesa a respeito da colônia portuguesa.

Os países que lideram essa estatística são Camboja, Paquistão, Afeganistão, Irã, Sudão do Sul, Etiópia, Somália, Mauritânia. No Brasil, entre 2003 e 2018, 45 mil pessoas foram resgatadas de em situação análoga à escravidão, especialmente em ambiente rural.

A abolição da escravatura no Brasil aconteceu por meio da: Resistência realizada pelos próprios escravos ao longo do século XIX; Adesão de parte da nossa sociedade à causa por meio de associações abolicionistas; Mobilização política dos defensores do abolicionismo.

ESCRAVIDÃO, ESCRAVO NEGRO: a chamada "escravidão moderna, ou escravidão negra" começou com o tráfico africano no século XV, por iniciativa dos portugueses (em 1444, estes começam a adquirir escravos negros no Sudão), com a exploração da costa da África e a colonização das Américas.

Os Interesses Ingleses. Para os ingleses a vinda da Corte para a Colônia era muito importante, pois, por meio de acordos diplomáticos, poderiam conseguir inúmeras vantagens para os seus negócios. Esse comércio serviria de compensação para os prejuízos econômicos causados pelo Bloqueio Continental.

A principal beneficiada foi a Inglaterra, que pôde comercializar seus produtos em terras brasileiras. Esse ato rompeu com o exclusivismo português sobre a economia brasileira, enfraquecendo seu domínio sobre sua colônia na América.

A Inglaterra estava interessada no Reconhecimento da Independência do Brasil por conta de seus investimentos na produção de produtos para exportação. Como vinha desenvolvendo-se na manufatura e no fornecimento de outros tipos de produto, era de interesse inglês poder comercializar com um grande mercado consumidor.

O século XIX foi marcado pela colonização europeia e a Inglaterra foi uma das nações que mais explorou os territórios africanos. Somente no século XX o processo de descolonização da África acontece. Das colônias inglesas a primeira a conquistar sua independência é a África do Sul, em 1910 e a última o Zimbábue em 1980.