Porque a deflação é um problema?

Perguntado por: umuniz . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
4.8 / 5 5 votos

Deflação é sinal de baixo crescimento ou economia estagnada e, nesse sentido, contribui para um quadro de aumento do desemprego, queda do poder aquisitivo da população e depressão da atividade econômica em geral. “A deflação em si não é boa ou ruim. É mais um reflexo de outras condições na economia.

Inflação é o oposto de deflação. Inflação zero, ou muito baixa, é uma situação chamada de estabilidade de preços. Porém, se achamos que inflação é algo ruim, deflação seria melhor? Não.

Uma das principais vantagens da deflação para a população é a redução nos preços. Afinal, isso significa que fica mais barato comprar produtos e contratar serviços. Por exemplo, suponha que em agosto você gastou R$ 800 ao fazer a compra do mês no mercado.

Em síntese, é fato que a inflação é o aumento e a deflação é a queda relativa dos preços, ambos, de forma generalizada, ou seja, em grupo de produtos e serviços pertencentes a uma determinada cesta de produtos e serviços normalmente adquiridos pelo consumidor final.

Entre os fatores que contribuem para a pouca ou nenhuma inflação no Japão, os economistas citam o envelhecimento da população e, também, a falta de mão de obra estrangeira.

A deflação é o processo oposto à inflação, representando a queda de preços. Diante dessa definição e por conta de, muitas vezes, a inflação ser preocupante para a economia de um país, a deflação segue com a imagem positiva, principalmente, quando se pensa nos consumidores.

Nesse sentido, um dos principais mecanismos que o governo tem para controlar a deflação, é através da emissão de moeda, colocando mais dinheiro em circulação. Essa medida é capaz de gerar inflação por um período que varia entre 3 e 6 meses. A outra forma seria através da manutenção da taxa de juros baixas.

O principal mecanismo é emitir moeda e colocar mais dinheiro em circulação, que gerará alguma inflação em um período de 3 a 6 meses, diz Chagas. Outra estratégia é jogar a taxa de juros lá embaixo, para reanimar o consumo. “Combater a deflação pode ser mais difícil que combater a inflação alta.

Em geral, as pessoas mais pobres têm sua poupança aplicada em ativos menos sensíveis à inflação (como o depósito à vista ou a caderneta de poupança). A inflação contribui para uma concentração de riqueza. Em ambos os casos a inflação acentua a desigualdade social.

A hiperinflação no Brasil ocorreu entre os três primeiros meses de 1990. As taxas mensais de inflação entre janeiro e março de 1990 foram de 71,9%, 71,7% e 81,3%, respectivamente.

A inflação negativa pode ser um risco apenas se ela for muito duradoura, por um ano inteiro, por exemplo. Aí provoca efeito contrário. As indústrias podem parar de produzir porque o preço de venda não é o que elas desejam. Isso causa desemprego (por causa da redução de produção) e a economia vai parando.

Segundo os dados compilados no portal, 12 outras economias apresentaram deflação no período. Dentre eles estão: Estados Unidos, Suécia, Bélgica, Grécia, Itália, Armênia e Espanha.

O termo pode causar dúvidas, já que é menos comum que o seu oposto - a inflação. Ou seja, enquanto a inflação se refere ao aumento geral dos preços, a deflação é a queda. Se o índice geral de preços ao consumidor sobe, pode-se dizer que houve inflação no período. Se os preços caem, houve deflação.

O processo de deflação ainda pode ser iniciado, ou agravado, pela baixa oferta de moeda. Quer dizer, falta dinheiro em circulação, seja por causa dos juros altos, que tornam o crédito proibitivo, seja pela falta de investimentos.