Porque a cisticercose é mais grave do que a teníase?

Perguntado por: arodrigues . Última atualização: 29 de abril de 2023
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O hospedeiro definitivo da Taenia, em que ocorre a fase adulta, é o homem. No entanto, na cisticercose, o homem é hospedeiro intermediário, pois ele é contaminado ao ingerir o ovo pela água e alimentos contaminados ou ao levar a mão suja à boca (autocontaminação).

A forma mais grave da teníase pode ocorrer quando há ingestão de carne contaminada com os ovos desses helmintos. Nesse caso, uma larva denominada cisticerco pode vir a se instalar no cérebro humano, provocando convulsões e graves complicações neurológicas.

A cisticercose só ocorre com a ingestão de ovos da Taenia solium. Os ovos da Taenia saginata não conseguem se transformar em cisticerco nos humanos, apenas nos bovinos.

A cisticercose é causada pela ingestão de ovos de Taenia solium e, mais raramente, de Taenia saginata. A neurocisticercose é uma das formas mais graves dessa doença.

É uma doença parasitária potencialmente fatal causada pela ingestão de ovos da Taenia solium e é comum em comunidades onde os seres humanos e os porcos vivem em estreita proximidade com más práticas de criação de suínos, o consumo de carne de porco mal cozida e onde as instalações sanitárias básicas estão precárias2.

O complexo Teníase/Cisticercose é constituído por duas entidades mórbidas distintas, causadas pela mesma espécie de cestódio, em fases diferentes do seu ciclo de vida. A Teníase é provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, no intestino delgado do homem.

Cisticercose é uma doença ocasionada pelas larvas da Taenia Solium, popularmente conhecida como solitária. É adquirida através da ingestão de alimentos e água contaminados com os ovos do verme. O único hospedeiro definitivo da Taenia é o ser humano.

Os cisticercos eclodem no estômago e as larvas fixam-se na mucosa intestinal e se desenvolvem até a forma adulta. Após 60 a 70 dias da ingestão do cisto, o hospedeiro definitivo começa a eliminar as primeiras proglotes grávidas e ovos pelas fezes, constituindo a principal forma de contaminação do ambiente.

Tipos de Infecção
Decorre da ingestão acidental dos ovos do parasito através de água ou alimentos contaminados. Ingestão de ovos por um indivíduo que já é portador de tênia. Geralmente por maus hábitos de higiene. Causada por movimentos antiperistálticos ou vômitos.

A cisticercose é uma doença que pode ser evitada facilmente mantendo a higiene nas granjas de suínos, e conscientizando as pessoas a não criarem seus animais livremente evitando o ciclo da Taenia solium.

4 A Taenia solium é considerada mais perigosa, pois, além da possibilidade de as pessoas desenvolverem teníase ao ingerirem a carne do porco com cisticercos, é possível ingerir os ovos dessa tênia, o que resulta no desenvol vimento de uma doença ainda mais grave, a cisticercose humana, que pode ser letal.

A diferença está no fato de a Taenia solium ter como hospedeiro intermediário o porco, e a Taenia saginata, o boi.

A Teníase pode não apresentar sintomas, mas alguns deles são: alterações do apetite, dores abdominais, diarreia ou constipação, perda de peso, tontura, fraqueza, irritabilidade, cansaço, náusea e vômitos. Além disso, se o verme obstrui o apêndice, o colédoco ou o ducto pancreático, a Teníase pode provocar complicações.

O único hospedeiro definitivo de ambas as tênias (fase adulta do parasito) é o homem, em cujo intestino delgado se alojam. Os hospedeiros intermediários de Taenia solium são os suínos e os deT.

O homem contrai a teníase ao alimentar-se da carne mal passada ou crua contendo os cisticercos vivos. As larvas são liberadas, o escólex da tênia fixa-se no intestino delgado, e o parasita desenvolve-se alimentando-se dos nutrientes, liberados no processo de digestão, por absorção pela superfície corpórea.

Os médicos diagnosticam teníase intestinal através da descoberta de segmentos ou ovos do verme em uma amostra de fezes e diagnosticam cisticercose identificando os cistos em outros locais do corpo ao fazer exames de imagem ou de sangue.

A gastroenterologista Luana Luz esclarece que para se chegar a um diagnóstico, os principais caminhos são exame parasitológico de fezes e coprocultura.