Porque a antropofagia seria capaz de unir as pessoas?

Perguntado por: oespinosa . Última atualização: 1 de maio de 2023
4.6 / 5 2 votos

Através da antropofagia, o indivíduo acumula o capital e os valores do outro sem desfalcar o seu capital cultural, soma sempre. “O outro é a possibilidade de união neste mundo em que mais e mais se perde a fraternidade universal.

A proposta do movimento era a de assimilar outras culturas, mas não copiar. A marca símbolo do Movimento Antropofágico é o quadro Abaporu (1928) de Tarsila do Amaral, o qual foi dado de presente ao marido, Oswald de Andrade. A divulgação do movimento era realizado na Revista de Antropofagia, publicada em São Paulo.

O movimento antropofágico representou para o escritor brasileiro um verdadeiro “divisor de águas”, não apenas pela conscientização que buscou-se alcançar, mas sim porque estimulou a divergência de opiniões entre os modernistas, além de promover o deslocamento do objeto estético na fase do Pau-Brasil, outro movimento ...

Porém, não era a maioria das tribos na América Portuguesa que praticava a antropofagia. A prática antropofágica era fortemente desaconselhada pelos católicos europeus nos aldeamentos indígenas, pois era vista como forma pecaminosa e pagã de tratar a guerra.

Antropofagia é um ato ritual de comer uma ou várias partes de um ser humano. Os povos que praticavam esse ritual o faziam pensando que, assim, iriam ter a vingança do seu povo morto pelo bando do prisioneiro.

A prática antropofágica constituía o momento culminante do processo cultural Tupi que encontrava na guerra e na execução ritual dos prisioneiros a meta e o motivo fundamental da própria identidade cultural.

O ritual antropofágico é um dos costumes indígenas, que mais causaram espanto e perturbação entre os colonizadores portugueses. Ele era praticado amplamente pelos chamados tupinambás e outros grupos tupis-guaranis; e, consistia basicamente em consumir carne humana.

Objetivo do Manifesto
O Manifesto Antropófago, brilhantemente desenvolvido por Oswald, clamava aos artistas brasileiros por originalidade e criatividade. Ele pretendia celebrar o nosso multiculturalismo, a miscigenação. O desejo era devorar o que vinha de fora, assimilar a cultura alheia.

Significado de Antropofagia
substantivo feminino Condição de antropófago, de quem come carne humana; canibalismo: a antropofagia faz parte de alguns rituais indígenas.

O canibalismo é um termo usado para definir a prática de indivíduos se alimentarem de outros indivíduos da mesma espécie. O canibalismo pode ser praticado por seres humanos, embora seja frequentemente associado com a antropofagia. A antropofagia se refere ao consumo de carne humana dentro de um ritual religioso.

O movimento antropofágico foi uma vertente da primeira fase do modernismo brasileiro. Seus fundadores foram a pintora Tarsila do Amaral e os escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp. A ideia surgiu quando Tarsila pintou o quadro Abaporu, que serviu de inspiração para o marido, Oswald, idealizar o movimento.

Na obra de Tarsila, a antropofagia se expressa na busca por uma “brasilidade” após conhecer as vanguardas europeias e, em especial, a pintura do francês Fernand Léger (1881-1955), de quem foi próxima. Tarsila foi buscar essa “brasilidade” na paisagem nacional: nos cactos, nos bichos, nas cores, na luz.

Philosophicamente”. Assim, Oswald de Andrade iniciou seu Manifesto Antropófago, editado na edição n. 1 da Revista de Antropofagia, uma publicação nascida na esteira do movimento Modernista Brasileiro do início do Século XX, dirigida pelos poetas Antônio de Alcântara Machado e Raul Bopp, este também um diplomata.

O movimento portanto trabalharia tal conceito de 'canibalismo'; deglutir o alheio para produzir algo próprio. Em suma, a ideia era basicamente “devorar” essa cultura enriquecida por técnicas importadas e promover uma renovação estética na arte brasileira.

Oswald de Andrade

O movimento antropofágico foi uma manifestação artística brasileira da década de 1920, fundada e teorizada pelos paulistas Oswald de Andrade, poeta, e Tarsila do Amaral, pintora.

Entre as tribos indígenas que viviam no Brasil na época do início da colonização portuguesa, no século XVI, os tupinambás ficaram conhecidos amplamente por uma característica peculiar: a antropofagia, isto é, o ato de comer carne humana, também denominado canibalismo.

O destino final da antropofagia
Quando os missionários jesuítas vieram para o Brasil, eles ficaram horrorizados com a prática da antropofagia que os indígenas praticavam, e devido a isso, o ritual passou a ser fortemente combatido já que não era compatível com os valores critãos.

Os povos antropofágicos que residiam no Brasil durante o período colonial praticavam o canibalismo por questões de honra, vingança, cultivo da inimizade e até mesmo por amor e respeito. Na cultura Tupinambá, que é o foco desta reportagem, a guerra é uma maneira de atingir esse propósito.

No Brasil, o canibalismo ritual era prática comum pelo menos entre os indígenas do litoral brasileiro, que o interpretavam o de um modo bastante peculiar, pois, para o guerreiro, terminar como alimento do inimigo representava a mais alta honra; vergonha seria mostrar medo diante da morte e recusar-se a ser devorado.

É CORRETO afirmar que a prática da antropofagia entre algumas tribos indígenas brasileiras se devia: ao barbarismo daqueles povos, que não possuíam religião ou normas morais capazes de refrear seus instintos.