Por que tem tanta pobreza no Brasil?

Perguntado por: mramos . Última atualização: 22 de fevereiro de 2023
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A pobreza no Brasil é derivada da má distribuição de renda e suas origens remontam ao período colonial. Atualmente o Nordeste concentra os maiores índices de pobreza do país. A falta de acesso a serviços básicos, como saneamento, é um dos fatores definidores de pobreza.

Consequências da pobreza
Situações de fome, doenças epidêmicas, desemprego, carência de saneamento básico, emigração, violência, discriminação, aumento de pessoas sem abrigo e baixa esperança de vida são apenas alguns dos efeitos gerados pelo contexto de pobreza.

As sugestões vão desde programas de recuperação escolar pós-pandemia, passando por requalificação de trabalhadores, investimentos em infraestrutura e saúde, inclusão financeira e digital da população mais vulnerável, regularização fundiária, até uma otimização dos programas sociais, com a revisão de benefícios menos ...

As causas para a fome no Brasil compreendem desde questões sociais e econômicas até políticas, destacando-se as desigualdades sociais, a pobreza, as crises (política, econômica, sanitária), má distribuição de alimentos e fatores naturais.

Podemos citar diversas causas dos problemas sociais no Brasil. Algumas delas são a falta de políticas públicas e de orçamento e má gestão do Estado nas esferas onde esses problemas se concentram. Além da má distribuição de renda estrutural, a falta de oportunidades, o preconceito e a corrupção.

A falta de alimentos e moradia digna tornaram-se realidade para milhares de famílias brasileiras. A principal determinante para os elevados níveis de pobreza que afligem a sociedade brasileira é a desigualdade da renda e das oportunidades de inclusão econômica e social.

Os dados indicam que os 10% mais ricos no Brasil, que em 2019 concentravam 58,6% de toda a renda nacional, agora detém 59% dos ganhos. Já a metade da população mais pobre era responsável por 10,1% da renda brasileira e agora representa uma fatia de apenas 10%.

Acabar com a pobreza é possível
De acordo com a ONU, se todos os países ricos direcionarem apenas 1% dos seus rendimentos para o combate à pobreza, seríamos capazes de acabar com este problema em menos de 20 anos.

A cidade com menor PIB per capita do país em 2020 era Matões do Norte, com R$ 4.924. Foi o terceiro ano seguido que o município de 17 mil habitantes aparecia como o mais pobre do Brasil.

A região Nordeste do Brasil mantém, em termos médios, problemas sociais históricos: defasagem e pouca diversificação da agricultura e indústria, grandes latifundiários, concentração de renda, agravados no sertão nordestino pelo fenômeno natural de secas constantes (ver: Polígono das secas).

Auxílio Brasil. Bolsa Família. Benefício de Prestação Continuada (BPC) Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.

Linha da pobreza no Brasil
A linha da pobreza vem aumentando de forma significativa no Brasil. Os últimos dados apresentados pelo IBGE, referentes ao ano de 2021, apontam que há cerca de 62,5 milhões de pessoas na pobreza, e 17,9 milhões de indivíduos desse grupo são classificados como pessoas em extrema pobreza.

Segundo o estudo, os homens mais ricos dos Estados Unidos e do Reino Unido vivem até aproximadamente os 81 anos, enquanto suas contrapartes menos endinheiradas vão até algo como 72 ou 73. Quanto às mulheres, as mais abastadas chegam aos 83 anos, mas as menos favorecidas morrem, em média, antes dos 75.

Um problema tão complexo não tem uma resposta tão simples. Segundo especialistas, há fatores mais conjunturais, como a pandemia de covid-19, os conflitos geopolíticos, como a guerra na Ucrânia, e a inflação que atinge todos os países de uma economia globalizada.

A distribuição de alimentos, os programas de profissionalização e a redistribuição de renda são algumas dos meios que ajudaram a melhorar o quadro e levar à saída do Mapa, em 2014. Mas, nos últimos anos, o Brasil enfrenta o aumento da inflação e a crise econômica, agravada pela pandemia.

O pior período para o Brasil foi a década de 80. Nessa altura, 40% da população vivia em extrema pobreza.