Por que Roma tinha tantos escravos?

Perguntado por: nconceicao5 . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Na Roma Antiga os escravos eram conquistados em guerras ou através de dívidas. A mais fundamental diferença é justamente essa: os romanos não conquistavam escravos focando em um único povo. Eram negociações, processos de guerra ou dívidas internas.

Os escravos geralmente eram povos estrangeiros capturados em outras regiões como prisioneiros de guerra ou membros da sociedade que contraíam dívidas e, por isso, tornavam-se escravos de quem estavam devendo.

Ao contrário do que se pensa geralmente, a presença expressiva de escravos não foi um entrave ao desenvolvimento econômico no Império Romano, mas incentivou-o, permitindo não apenas entesourar a riqueza, mas investi-la.

Convertia-se em escravo por dívida, como prisioneiro de guerra, por atos de pirataria ou por mau comportamento cívico. Uma criança nascida de escrava tornava-se também escrava. Um escravo nascido na morada do seu dono era chamado verna.

A escravidão na Roma Antiga não era baseada na raça, embora houvesse escravos negros entre os escravos do Império Romano. Contudo, o perfil dos escravizados era muito variado, incluindo povos cartagineses, celtas, eslavos, germânicos, trácios e até mesmo etíopes, no Egito Romano.

Essas conquistas resultavam ainda no aumento da quantidade de terras que pertenciam aos latifundiários, que precisavam de um número cada vez maior de escravos para nelas trabalhar, pois além do aumento de suas dimensões, o número de pessoas livres disponível para o trabalho diminuía, já que eram recrutadas para o ...

Já em Roma, era comum que escravos urbanos fossem alforriados, e seus filhos, considerados livres. Os libertos adquiriam a cidadania romana. Outra diferença: entre os romanos, os libertos passavam a ser tratados como parentes do seu antigo dono, herdando, inclusive, seu nome de família.

Sobre a escravidão na Roma antiga, é correto afirmar que a) assemelhava-se à escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois era determinada pela procedência e pela raça.

Dessa forma, podemos perceber que se trata de um fenômeno histórico extenso e diverso. Em Atenas, boa parte dos escravos era proveniente de regiões da Ásia Menor e Trácia. Em geral, eram obtidos por meio da realização de guerras contra diversos povos de origem estrangeira.

Na realidade, Roma formou-se da fusão de sete pequenas aldeias de pastores latinos e sabinos situadas às margens do rio Tibre. Depois de conquistada pelos etruscos chegou a ser uma verdadeira cidade-Estado. Saiba mais sobre a lenda de Rômulo e Remo.

Durante doze séculos, um dos principais objetivos dos governantes do império romano foi a conquista. Diferente dos gregos ou persas, os romanos não tinham interesse em absorver a cultura ou valores de outros povos, mas conquistá-los e gerir suas riquezas.

revolta de Espártaco

Espártaco liderou uma revolta que ameaçou a vigência do sistema escravista em Roma. Nas primeiras décadas do século I a.C., várias transformações sociais e políticas questionaram a supremacia do governo republicano em Roma.

Entre 449 e 300 a.C., foram votadas leis que aboliram a escravidão e permitiu o exercício de funções em qualquer Magistratura por Plebeus. Em relação à religião os romanos eram politeístas, ou seja, adoravam vários deuses. Deuses esses que foram apropriados dos gregos.

Trazidos da África para trabalhar na lavoura, na mineração e no trabalho doméstico, os escravos eram alojados em galpões úmidos e sem condições de higiene, chamados senzala. Além disso, eles viviam acorrentados para evitar fugas, não tinham direitos, não possuíam bens e constantemente eram castigados fisicamente.