Por que perder alguém dói tanto?

Perguntado por: dpimenta . Última atualização: 1 de março de 2023
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Perder uma pessoa de nosso vínculo por rompimento ou morte pode gerar um estado mental de tristeza, desânimo, falta de interesse pelo mundo, um enorme sofrimento. Isso é luto”, explica Guilherme Gregório, psiquiatra, supervisor médico em Saúde Mental do Programa de Atenção Integral à Saúde, PAIS, da SPDM.

Aceite seus sentimentos
Enfrentar a perda não é negá-la. É preciso aceitar os sentimentos, a frustração e o vazio que estão envolvidos. Se sentir tristeza, não tenha medo de chorar. Tente observar suas emoções e geri-las em vez de descontar suas frustrações nas pessoas ao seu redor.

Na verdade, não existe um tempo certo para superar a perda de alguém, isso depende de cada pessoa, do modo como ela enfrenta e aceita a situação. Para alguns pode demorar meses, para outros, anos.

“Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. As coisas velhas já passaram”. Podemos esclarecer essa passagem como quem crê em Deus terá uma despedida tranquila, sem dor e sem sofrimento.

Viver o luto é essencial. Não esconda-o ou evite falar quando precisar. Escolha pessoas em quem confia para desabafar, chore toda vez que sentir vontade e, principalmente, não tente ignorar essa fase da vida.

Os cinco estágios do luto descritos por ela:

  • Primeiro estágio: negação e isolamento. ...
  • Segundo estágio: raiva. ...
  • Terceiro estágio: barganha. ...
  • Quarto estágio: depressão. ...
  • Quinto estágio: aceitação.

O transtorno de luto prolongado é um distúrbio no qual há uma resposta persistente e generalizada caracterizada por saudade ou preocupação persistente após uma perda Ao mesmo tempo, há uma intensa dor emocional que envolve sentimentos diversos como tristeza, culpa, raiva e negação.

Olá, sim é plenamente normal que tristeza, desanimo, choro frequente venham a fazer parte de quem está enfrentando fase de luto por perda de pessoa próxima ou ente querido.

Sete dias também é o tempo de luto dos familiares. Isso significa que a família fica esse tempo de luto a fim de eliminar as interferências da morte na vida dos que ficam e, com isso, diluir um pouco da dor. Mas é claro, o luto pode continuar (e geralmente segue fazendo parte da rotina) ao longo da vida de quem fica.

É importante, por mais que seja difícil, buscar o apoio de familiares e amigos. O isolamento após a perda tende a ser negativo, uma vez que os pensamentos invasivos podem sugerir um quadro de solidão (mesmo quando a pessoa possui uma rede de apoio). Dar vazão aos sentimentos é uma boa forma de deixar o luto acontecer.

É importante manter vivas as memórias daqueles que faleceram. Você consegue ser mais empático com aqueles que estão passando por uma fase de luto, porque sabe como esse processo é importante. Você chega à aceitação, entendendo que superar a morte não é esquecer a pessoa que se foi.

A terceira etapa no modelo de Kübler-Ross se aplica aos casos em que o luto chega antes da morte em si, ainda que ela seja iminente. É conhecida como fase da barganha, ou da negociação. São acordos internos ou com Deus e divindades, como os santos. – Se eu melhorar, eu prometo fazer algo ou deixar de fazer.

No caso da morte, superar a perda não significa esquecer aqueles que amamos e já partiram, pois o amor não termina com a interrupção da vida biológica. O amor é redirecionado. Os mortos não fazem mais parte da nossa vida terrena, mas continuam em nosso coração e, se dóceis à graça de Deus, no céu.

Quando o luto passa a ser patológico? O luto passa a ser patológico quando há um sentimento de falta e preocupação persistente com a pessoa que faleceu, além de dor emocional muito intensa. De modo que ocorrem danos significativos a essa pessoa e àquelas que a cercam.

Quando ocorre a morte encefálica, não existe mais a consciência do paciente. Ele não consegue mais pensar ou perceber o meio ao redor. Ele deixa de existir como pessoa e seus órgãos fora do sistema nervoso continuam funcionando de forma artificial”, afirma Duarte.

Entenda cada um deles:

  • estágio do luto: negação.
  • estágio do luto: raiva.
  • estágio do luto: barganha.
  • estágio do luto: depressão.
  • 5° estágio do luto: aceitação.

Na última fase do luto, a aceitação, é hora de seguir em frente definitivamente. É quando a pessoa percebe que não vai mais conseguir voltar no tempo e ter de novo aquilo que perdeu ali por perto, mas que vai tocar sua vida sem aquela presença.

“Quando nos sentimos tristes e estressados, nosso corpo libera substâncias e hormônios como adrenalina e cortisol, causando aumento na pressão arterial, taquicardia, aumento nos níveis de glicose e mal colesterol.

O Zohar ensina que 30 dias antes de a pessoa morrer a alma começa a sair do corpo. A alma tem três aspectos ou níveis, chamados Nefesh, Ruach e Neshamá. Na hora da morte os dois níveis mais elevados deixam o corpo. O mais baixo, Nefesh, passa por um processo de até 11 meses para se desprender do corpo.