Por que os tupinambás praticavam o canibalismo?

Perguntado por: emodesto . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Esse ato de canibalismo era uma forma de bravura, um gesto honroso de uma cultura de seus antepassados. Assim sendo, os Tupinambás visavam, prioritariamente, a captura de seus prisioneiros, em especial, os europeus ainda vivos. Esse interesse era latente por parte dos guerreiros Tupinambás.

No ritual tupinambá, a vítima nunca era morta na mesma hora que chegava à aldeia. A preparação para sua degustação podia levar dias, até meses. Na chegada, o inimigo era levado para uma cabana só com mulheres e crianças. Elas o agrediam e cantavam canções de vingança.

Existem relatos históricos de que índios brasileiros da tribo Tupinambá, costumavam praticar o canibalismo indígena e utilizavam a carne humana nos rituais sagrados. Havia a crença de que ao comer a carne dos adversários mortos, iriam herdar a bravura, a coragem e a força do oponente em questão.

A vítima desapareceu em 1º de fevereiro e o corpo encontrado, no dia seguinte, nas terras da aldeia indígena kulina. Em nota à imprensa, a Funai informou que "a prática de antropofagia entre os povos indígenas no Brasil contemporâneo não ocorre mais.

Viviam da caça, coleta, pesca, além de praticarem a agricultura, sobretudo de tubérculos, como a mandioca e a horticultura.

A utilização do termo “antropofágico” está relacionado a “antropofagia”, que refere-se ao ato de comer ou devorar a carne de outra pessoa. Dentro da história, ela é usada para apontar atos ritualísticos, no qual acredita-se que, ao comer a carne de um outro homem, a pessoa estaria adquirindo também as suas habilidades.

Quando relacionadas a rituais sociais, coletivos, estas práticas são geralmente denominadas de antropofagia, enquanto que o termo canibalismo é usado mais freqüentemente, com relação ao ato de comer a carne para saciar a fome ou uma vontade, ou associado a um ato arbitrário, uma crueldade.

Os tupinambás faziam de seus inimigos, prisioneiros de guerra, levando-os para a aldeia, onde segundo os relatos dos cronistas Hans Staden e Jean de Lery, eram preparados por todos os aldeiantes para o sacrifício final: a devoração do corpo morto.

Os tupinambás sofreram abusos e foram tratados com violência. Em reação a essa conduta dos portugueses, as tribos se uniram para atacar os colonos na área de Belém.

Para os Tupinambás, o mundo (céu, terra, pássaros e os demais animais) foi criado por Monã. O mar só surge após Monã se decepcionar com os humanos, pois estes passaram a viver desordenadamente. Diante disso, Monã enviou o fogo que consumiu tudo, salvando apenas um homem: Irin-Magé.

Crê-se que as tribos na Papua Nova Guiné são dos grupos que mais praticam o canibalismo no mundo.

Quando descreveu o gosto da carne humana, nosso querido canibal disse que o sabor é parecido com o da carne de porco, só que mais amarga e forte.

Era uma prática de poucos povos indígenas, sendo o dos tupinambás o caso mais conhecido. Os tupinambás e suas práticas antropofágicas ficaram conhecidos por causa do relato dos colonizadores, em especial com o relato de um alemão chamado Hans Staden.

De acordo com Carvalho, a prática de “humanos comerem outros seres humanos deve existir desde que os homens existem.” Mas, segundo o livro de Lima, há evidências de canibalismo encontradas em fósseis na caverna Moula-Guercy, na França, sugerindo que os Neandertais já o praticavam há 50 mil anos.

Este discurso, aqui resumido, mostra como esses pobres selvagens americanos, que reputamos bárbaros, desprezam àqueles que com perigo de vida atravessam os mares em busca de pau-brasil e de riquezas.