Por que os preços dos alimentos estão subindo?

Perguntado por: anunes . Última atualização: 23 de janeiro de 2023
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Os preços dos alimentos subiram por aqui em função da valorização de muitos deles nos mercados internacionais. E este impacto da alta nas commodities*, produtos que servem como a matéria-prima para fabricação de terceiros, como é o caso do milho, que serve de insumo para o leite e para carne, e são cotadas em dólar.

Segundo dados do Insper, 93% dos brasileiros sentiram o aumento dos preços dos alimentos no bolso. Outro levantamento, este do PoderData, revela que 42% dos brasileiros culpam o presidente pelo aumento no valor dos produtos nas gôndolas.

Porque tudo está tão caro no Brasil? O Brasil, assim como grande parte dos demais países do mundo enfrenta o processo inflacionário, e com isso há o aumento dos preços de forma generalizada.

Os preços dos alimentos subiram por aqui em função da valorização de muitos deles nos mercados internacionais. E este impacto da alta nas commodities*, produtos que servem como a matéria-prima para fabricação de terceiros, como é o caso do milho, que serve de insumo para o leite e para carne, e são cotadas em dólar.

Insumos e problemas climáticos fizeram produção de alimentos ficar mais cara no Brasil em 2022, diz CNA. A produção de alimentos ficou mais cara no Brasil em 2022 em relação ao ano passado, quando os custos já estavam em alta.

75% dos brasileiros acham que culpa pela inflação é do governo, mostra Datafolha. Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (28) aponta que 75% dos brasileiros culpam o governo do presidente Jair Bolsonaro pela alta da inflação, que fechou em 10,06% em 2021 e continua em patamares elevados neste ano.

Cobrado pela alta dos preços por um apoiador na porta do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro, insinuou que a alta da inflação é culpa do isolamento social, determinado para conter a expansão do novo coronavírus.. “[O] Pessoal tem reclamado do preço dos alimentos. Tem subido sim além do normal.

2023 deve trazer a tão sonhada redução nos preços
Contudo, ela revela que a expectativa — segundo projeções do BTG e de outros analistas de mercado — é que ocorra uma freada na recessão a partir do ano que vem.

Para combater a inflação de demanda, o governo tem que baixar a emissão monetária, diminuindo o estímulo ao consumo. Isso pode ser feito por meio da elevação da taxa básica de juros da economia, conhecida como taxa Selic.

Um aumento nos índices de inflação pode ser influenciado por diferentes causas, que podem ser agrupadas em quatro grandes grupos: 1) aumento na demanda; 2) aumento, ou pressões, nos custos de produção; 3) inércia inflacionária e expectativas de inflação; e 4) aumento de emissão de moeda.

Alta no setor de alimentação
Além disso, houve a demanda por alguns itens relativos à alimentos que vêm do exterior, como por exemplo os agrotóxicos usados nas plantações, que tem seu preço em dólar. "São fatores conjuntos que já vinham aguçando a inflação desde 2021", diz Gallo.

De forma resumida, o aumento nos combustíveis tem vários fatores: dependência de importação, política de preços adotada, aumento do preço do barril de petróleo, aumento do câmbio (dólar), reajustes às distribuidoras, entre outros.

Desequilíbrio entre a oferta e a demanda: os preços podem se elevar quando a demanda por um determinado produto ou serviço é muito alta, mas não é atendida adequadamente pela produção. Assim, a menor disponibilidade desses itens no mercado gera a tendência de aumento nos preços.

Dentre suas principais causas estão a desigualdade socioeconômica e a má distribuição de renda que caracteriza a população do país, sendo essas também as maiores causas da fome em um contexto mundial.

histórica concentração fundiária; grande desperdício de alimentos; ineficiente estrutura de abastecimento alimentar; dificuldade de acesso a políticas de emprego e renda pela população.

A inflação alta no longo prazo tem como causa os problemas fiscais. Esses problemas fazem com que o país recorra a impressão de moeda para que consiga fechar as contas. Desse modo, para controlar a inflação, o governo deve diminuir a necessidade de se financiar com emissão de moeda.