Por que os povos tupis comiam seus inimigos?

Perguntado por: rfogaca5 . Última atualização: 30 de abril de 2023
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A guerra e os banquetes antropofágicos reforçavam a unidade da tribo: por meio da guerra era praticada a vingança dos parentes mortos, enquanto o ritual antropofágico significava para todos, homens, mulheres e crianças, a lembrança de seus bravos.

Os tupinambás faziam de seus inimigos, prisioneiros de guerra, levando-os para a aldeia, onde segundo os relatos dos cronistas Hans Staden e Jean de Lery, eram preparados por todos os aldeiantes para o sacrifício final: a devoração do corpo morto.

Com isso, os indígenas pensavam que consumir a carne humana permitiria a eles absorver a força, inteligência e outras habilidades de sua vítima. A prática, então, não tinha relação com uma necessidade de consumo da carne para atender a uma necessidade física, mas atendia a crenças religiosas desses povos.

Muitos alimentos usados pelos tupis foram difundidos para todo o planeta: milho, mandioca, amendoim, pimenta, goiaba, abacaxi, batata-doce, cará, abóbora, palmito, caju, açaí, cupuaçu, castanha-do-pará etc., incrementando a dieta alimentar de vários povos.

Ao longo da história, as causas mais comuns que levaram à prática do canibalismo foram os rituais e as crenças místicas indígenas. Em algumas tribos acreditava-se que quando o indivíduo comia a carne de outro, ele recebia toda a sua força e poder.

Os tupis se dividiam em várias nações, que guerreavam constantemente entre si ou contra tribos não tupis, os chamados tapuia ("estrangeiros" ou "inimigos" em tupi).

Vocabulário/Dicionário Yianomami (Yanomâmi)

Como viviam os Tupis ou Tupinambás
A população dessas tribos girava em torno de 200 indivíduos, mas podia atingir até 600. Viviam da caça, coleta, pesca, além de praticarem a agricultura, sobretudo de tubérculos, como a mandioca e a horticultura.

Em 2009, a Fundação Nacional do índio (Funai) descartou que a prática de canibalismo continue acontecendo entre povos indígenas no Brasil. O comunicado foi feito após o corpo de um rapaz de 21 anos ser encontrado nas terras da aldeia indígena Kulina, no Amazonas.

Os Korowai são uma das últimas tribos conhecidas no mundo por serem canibais. Devido à crença em espíritos malignos, eles acreditam ser necessário matar e comer uma pessoa que eles imaginam ter sido dominada por um demônio para vencê-lo.

Este discurso, aqui resumido, mostra como esses pobres selvagens americanos, que reputamos bárbaros, desprezam àqueles que com perigo de vida atravessam os mares em busca de pau-brasil e de riquezas.

Onde vivem os Tupis? Os indígenas se expandiram na América do Sul, ocupando regiões dos atuais Brasil, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Atualmente, ocupam aldeias indígenas principalmente o litoral da Bahia e do Espírito Santo.

Cor da carne humana
Conforme o japonês Issei Sagawa, que no final da década de 70 comeu uma holandesa em Paris, a carne humana é escura.

língua Tupinambá

O tupi diz respeito à língua Tupinambá, que era falada pelas comunidades indígenas existentes no Brasil quando o território foi colonizado pelos portugueses. Guarani, por sua vez, é a língua falada pelas nações que são encontradas na Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil.

- Os tupis praticavam a agricultura e também viviam da caça e da pesca. Na agricultura, praticavam a técnica da coivara (queimar a mata). - O indígena mais respeitado numa aldeia tupi era o pajé, que realizava as funções de curandeiro e sacerdote.

Os Tupis, também chamados de Tupinambás, ocupavam praticamente toda a costa brasileira. Concentravam-se, todavia, na região litorânea do Norte do Brasil até Cananéia, no sul do atual estado de São Paulo. Os Guaranis, por sua vez, ocupavam o litoral sul do Brasil e a Bacia Paraná-Paraguai.

Ele confessou, sem a menor hesitação, tudo o que fez. Quando descreveu o gosto da carne humana, nosso querido canibal disse que o sabor é parecido com o da carne de porco, só que mais amarga e forte. E aí, deu fome?

O Canibalismo é a relação desarmônica em que um indivíduo mata outro da mesma espécie para se alimentar. A prática canibal foi muito comum na Era antiga, quando aconteciam os antigos rituais, onde as tribos costumavam sacrificar outros seres humanos para comer uma parte ou até toda a carne do corpo da “vítima”.

A partir do século XIX, com a predominância dos costumes ocidentais e cristãos no mundo, o canibalismo foi gradualmente sendo abandonado por todos os povos que iam tendo contato com os exploradores, colonizadores e comerciantes europeus, presentes àquela altura em todas as partes do globo.

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