Por que os judeus ciganos e testemunhas de Jeová foram levados aos campos de concentração?

Perguntado por: onovais . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Após haverem silenciado a voz de seus opositores políticos, os nazistas expandiram o terror a outros povos “marginalizados”. Assim como os judeus, os ciganos (Romani) eram alvos dos nazistas por serem considerados “não-arianos” e racialmente “inferiores”.

Os prisioneiros dos campos de concentração eram pessoas deportadas dos territórios europeus ocupados pelos nazistas, especialmente os judeus. Havia, contudo, homossexuais, comunistas, ciganos e Testemunhas de Jeová, prisioneiros soviéticos, padres católicos, pastores protestantes, etc.

Os povos Romani (ciganos) também foram alvo de perseguições, discriminação e massacres, muitas delas sem sequer terem sido feitas nos campos de concentração, mas sim pelos próprios oficiais nazistas, tamanho era o ódio que havia pelos ciganos.

Auschwitz-Birkenau

O maior campo de extermínio foi Auschwitz-Birkenau, que no começo de 1943 já possuía quatro câmaras de gás que operavam com o gás venenoso Zyklon B. No auge das deportações, mais de 6.000 judeus eram asfixiados por dia com este gás, em Auschwitz-Birkenau, Polônia.

Libertação Os soldados soviéticos foram os primeiros a libertar prisioneiros dos campos de concentração nos estágios finais da guerra. Em 23 de julho de 1944, eles entraram no campo de Majdanek, na Polônia, e mais tarde invadiram vários outros centros de extermínio.

Os campos de concentração estão presentes na história da Alemanha nazista desde o momento em que Adolf Hitler ascendeu ao poder desse país em 1933. Nesse ano, foi aprovada pelo governo a construção de campos de concentração para conter os grandes adversários políticos dos nazistas: os social-democratas e comunistas.

Além do Ceará, o Brasil também contou com campos de concentração espalhados pelo país na época da Segunda Guerra Mundial. Após o rompimento de relações com os países do Eixo, os campos brasileiros serviram como uma forma de mostrar que o governo estava comprometido com os Aliados.

Os campos de Belzec, Sobibor e Treblinka usavam o monóxido de carbono gerado por máquinas que ficavam próximas às câmaras de gás. Auschwitz-Birkenau, o maior dos centros de extermínio, possuía quatro grandes câmaras de gás que usavam o agente químico Zyklon B (ácido cianídrico).

O Distintivo no Sistema dos Campos
Judeus encarcerados em campos foram marcados com dois triângulos amarelos sobrepostos formando uma estrela de Davi. Feitos de tecido, estes distintivos eram costurados nos uniformes usados pelos prisioneiros nos campos.

Acreditava-se que, por ser uma roupa pouco comum, as listras atrapalhariam as fugas, tornando difícil para o prisioneiro se misturar com outras pessoas e deixando-o visível tanto em paisagens claras como escuras.

Existem muitas especulações em torno da origem dos ciganos, mas de acordo com Ivatts (1975) e Guimarais (2012), a teoria mais aceitável é que são descendentes de uma casta de militares da Índia, que saíram em diáspora por volta do ano 1000 rumo ao oeste, motivados por uma série de invasões islâmicas.

O povo cigano, cujas origens remontam à Idade Média, constitui, na sociedade contemporânea, uma das etnias que mais sofrem com a aplicação da Lei estatal, considerada a premissa de territorialidade que lhe é inerente vis-à-vis a relação distinta daqueles povos com o espaço físico.

Para ciganos, usar dentes de ouro é um sinal de riqueza.

Auschwitz foi o maior e mais terrível campo de extermínio do regime de Hitler. Em suas câmaras de gás e crematórios foram mortas pelo menos um milhão de pessoas. No auge do Holocausto, em 1944, eram assassinadas seis mil pessoas por dia.

Uma placa na entrada do campo dizia: “ARBEIT MACHT FREI”, que significa “o trabalho liberta”. Na realidade, o que acontecia era o oposto. O trabalho se tornou outra forma de genocídio, chamada pelos nazistas de “extermínio por meio do trabalho”.

Fundado pelos alemães em 1940, nos subúrbios de Oswiecim, cidade polonesa, Auschwitz era um campo de concentração e extermínio nazista. Em 1942, tornou-se o maior dos centros de extermínio onde foi realizada a "Endlösung der Judenfrage", também conhecida como a 'solução final para a questão judaica'.

No 27 de janeiro de 1945, há 75 anos, as tropas soviéticas descobriram o campo de concentração de Auschwitz. Segundo a Unesco, o local foi o maior complexo de extermínio e “o maior centro de assassinatos em escala industrial, construído para implementar o genocídio dos judeus da Europa”.

Em 27 de janeiro de 1945, tropas soviéticas entraram no campo de concentração e encontraram os sobreviventes magros, torturados e exaustos. Apenas cerca de 7 mil prisioneiros esqueléticos e doentes terminais tinham sobrevivido, sendo que 500 deles eram crianças.

Os comandantes do complexo de campos de concentração de Auschwitz eram: Tenente-Coronel da SS Rudolf Hoess, de maio de 1940 a novembro de 1943; Tenente-Coronel da SS Arthur Liebehenschel, de novembro de 1943 até meados de maio de 1944; e Major da SS Richard Baer, de meados de maio de 1944 a 27 de janeiro de 1945.

Os alemães confinaram judeus e ciganos em guetos superlotados, até serem transportados, através de trens de carga, para campos de extermínio, onde, se sobrevivessem à viagem, a maioria era sistematicamente morta em câmaras de gás. Muitos judeus viviam na Alemanha antes da era nazista.