Por que os jesuítas foram expulsos do país?

Perguntado por: acurado . Última atualização: 21 de maio de 2023
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Na segunda metade do século XVIII, a presença dos jesuítas no Brasil sofreu um duro golpe. Nessa época, o influente ministro Marquês de Pombal decidiu que os jesuítas deveriam ser expulsos do Brasil por conta da grande autonomia política e econômica que conseguiam com a catequese.

Coleção Aluízio Rebelo de Araújo e Ana Helena Americano de Araújo. Em julho de 1640, os moradores da Vila de São Paulo de Piratininga se levantaram contra os jesuítas após eles divulgarem a decisão do Papa de proibir a escravidão indígena.

Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígenas.

Além disso, vários outros motivos fizeram com que os jesuítas fossem expulsos: eles não obedeciam e/ou não respeitavam o Tratado dos Limites entre Portugal e Espanha e havia divergências quanto a forma, posse e domínio com que os jesuítas tomavam e mantinham os indígenas brasileiros.

Pombal

Durante o seu trabalho como ministro, Pombal fez muitas reformas e conquistou um grande número de adversários políticos entre a nobreza, o clero e os oficiais. Ele foi o principal responsável pela expulsão dos jesuítas de Portugal e das colônias.

Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, foram implantadas as reformas do Marquês de Pombal, pelo Alvará Régio de 28 de junho de 1759, que mudaram a estrutura de educação em Portugal e em suas possessões além-mar.

A ordem possui hoje escolas e universidades em várias partes do mundo, com destacados teólogos e professores. O caráter organizacional foi apontado pelos entrevistados como razão da expansão da ordem pelo mundo.

A principal função dos jesuítas, ao virem ao Brasil, era evangelizar, catequizar e tornar cristãos os indígenas que habitavam estas terras.

Em 1759 os padres Jesuítas foram expulsos do Brasil por um ato baixado pelo Marques de Pombal, que então era o 'primeiro ministro' do reino de Portugal. Pombal (imagem) decretou o fim das Capitanias Hereditárias, fechou as escolas católicas que eram dirigidas pelo jesuítas, e combateu as Missões e Reduções Jesuíticas.

Fora dos domínios de Roma, os maiores inimigos dos jesuítas eram os protestantes que haviam sofrido ataques incansáveis da Companhia durante a chamada Contra-Reforma.

Para diminuir a resistência dos indígenas, os jesuítas criaram aldeamentos, chamados de missões, para afastar os povos de sua comunidade e lhes transmitir a cultura e a educação européias. Às vezes, as missões agiam de forma autoritária e violenta. Por isso, muitas foram ineficientes.

O Papa Francisco deve assinar nesta quarta-feira (2) um decreto em que proclama santo o jesuíta espanhol José de Anchieta, mais conhecido como Padre Anchieta, que atuou no Brasil no século 16 e foi um dos fundadores da cidade de São Paulo, em 1554.

Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígens.

A pressão dos jesuítas para que a Coroa portuguesa proibisse a escravização indígena resultou em leis que determinaram a proibição da escravização indígena em 1570, 1587, 1595 e 1609. Essas leis defendiam que somente em caso de “guerra justa” é que os indígenas poderiam ser escravizados.

No Brasil, entretanto, as conseqüências do desmantelamento da organização educacional jesuítica e a não-implantação de um novo projeto educacional foram graves, pois, somente em 1776, dezessete anos após a expulsão dos jesuítas, é que se instituíram escolas com cursos graduados e sistematizados.

Todas essas obras formas produzidas pelos padres jesuítas. Eram obras como cartas, tratados descritivos, poemas e crônicas históricas. Entre os principais autores da literatura de catequeses, três se destacaram na missão de catequização: Fernão Cardim, Padre Manuel da Nóbrega e Padre José de Anchieta.

A região em disputa se chamava Sete Povos das Missões e foi ocupada originalmente por padres jesuítas, que levaram os índios do litoral brasileiro para o sul da colônia no intuito de protegê-los da escravidão e iniciar a evangelização.

Como o objetivo principal dos bandeirantes era a captura de indígenas para a escravidão, eles descobriram que o ataque às missões jesuíticas eram uma rentável alternativa, em que poderiam obter índios acostumados a uma rotina de trabalhos braçais. Com isso, jesuítas e bandeirantes entraram em conflito diversas vezes.