Por que os jesuítas foram expulsos de Portugal?

Perguntado por: amodesto . Última atualização: 30 de abril de 2023
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O marquês de Pombal ordenou a expulsão dos jesuítas em 1759, e isso foi uma tentativa da Coroa de centralizar a administração colonial e neutralizar a ação de ordens religiosas que atuavam na colônia de maneira autônoma e sem o controle da metrópole.

Além disso, vários outros motivos fizeram com que os jesuítas fossem expulsos: eles não obedeciam e/ou não respeitavam o Tratado dos Limites entre Portugal e Espanha e havia divergências quanto a forma, posse e domínio com que os jesuítas tomavam e mantinham os indígenas brasileiros.

Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, foram implantadas as reformas do Marquês de Pombal, pelo Alvará Régio de 28 de junho de 1759, que mudaram a estrutura de educação em Portugal e em suas possessões além-mar.

Na segunda metade do século XVIII, a presença dos jesuítas no Brasil sofreu um duro golpe. Nessa época, o influente ministro Marquês de Pombal decidiu que os jesuítas deveriam ser expulsos do Brasil por conta da grande autonomia política e econômica que conseguiam com a catequese.

Com a retirada dos Jesuítas, a Capitania sofreu perda considerável na instrução, na catequese dos índios e na agricultura: uma organização que se desmoronava com prejuízos sem conta.

Diante da solicitação feita pelos Estados católicos, Clemente XIV extinguiu a Companhia de Jesus em 1773, por meio da bula Dominus ac Redemptor noster.

Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígens.

No Brasil, entretanto, as conseqüências do desmantelamento da organização educacional jesuítica e a não-implantação de um novo projeto educacional foram graves, pois, somente em 1776, dezessete anos após a expulsão dos jesuítas, é que se instituíram escolas com cursos graduados e sistematizados.

Atualmente, somos cerca de 16 mil jesuítas atuando em torno de 100 países dos cinco continentes. Ao longo da nossa história, temos colaborado com a transformação da sociedade por meio da espiritualidade, da promoção social, do diálogo intercultural e inter-religioso, do serviço da fé e da promoção da justiça.

A principal função dos jesuítas, ao virem ao Brasil, era evangelizar, catequizar e tornar cristãos os indígenas que habitavam estas terras.

Incentivados pelos jesuítas, os nativos aldeados recusaram-se a abandonar as terras onde viviam uma experiência colonizadora diferente, pegando em armas contra as forças espanholas e portuguesas. Foram as Guerras Guaraníticas.

Outra importante medida trazida com a administração de Pombal foi a expulsão dos jesuítas do Brasil. Essa medida foi tomada com o objetivo de dar fim às contendas envolvendo os colonos e os jesuítas. O conflito se desenvolveu em torno da questão da exploração da mão-de-obra indígena.

Seu objetivo tácito era combater os males advindos do ensino monástico para os interesses econômicos e políticos do Estado, criando assim uma escola que, antes de servir à fé, servisse aos imperativos da Coroa.

Em 1759, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, foi o responsável por expulsar a Companhia de Jesus de Portugal e de todas as suas colônias.

No conturbado período do século 18, um secretário do Estado de Portugal ficou muito famoso por comprar uma briga com a principal companhia evangelística do mundo. Esse homem foi o Marquês de Pombal, que expulsou a Companhia de Jesus do solo tupiniquim. E qual foi o motivo dessa expulsão?

Foram essas perspectivas que motivaram os jesuítas a se deslocarem da Eu- ropa em direção ao novo mundo: o fortalecimento do cristianismo, o impedimen- to de avanço do protestantismo, a conversão do nativo americano e a concepção de uma igreja universal, a partir da perspectiva de direito natural.