Por que os índios foram substituídos?

Perguntado por: nalencastro . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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Os índios estavam sendo massacrados pela sua resistência para se tornar escravos e também à conversão a fé católica, então tendo sua maioria exterminados. Era necessário repor os escravos perdidos durante o massacre, então foram substituídos por escravos africanos.

A população indígena no país sofreu um enorme decréscimo, entre o século XVI e o século XX, passando de milhões para a casa dos milhares. Extermínios, epidemias e também escravidão foram os principais motivos dessa redução.

Em diversos casos, temos no imaginário que os índios não aceitaram a escravidão porque eram "preguiçosos" e não estavam acostumados a trabalhar. Mas na verdade, eles foram muito resistentes à colonização, mesmo não tendo tantos anticorpos para resistir às doenças trazidas da Europa quanto os negros, trazidos da África.

Interessados nas terras, os portugueses usaram a violência contra os índios. Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento violento seguiu-se por séculos, resultando no pequeno número de índios de hoje.

Para Bessa, do Programa de Estudo de Povos Indígenas da Uerj (Pró-Índio), a abolição da escravidão indígena ocorreu somente de forma definitiva depois, por iniciativa do marquês de Pombal. Primeiro, por lei de 6 de junho de 1755, válida para o Estado do Grão-Pará e Maranhão.

O fim da escravidão indígena ocorreu em dois momentos. Em 1755, com uma lei válida apenas para o Estado Grão-Pará e Maranhão e em 1758, quando a lei foi estendida para todo o país.

Resposta. A mão de obra escrava indígena foi substituída pela mão de obra escrava africana em razão da proibição da escravização indígena pela Igreja Católica na América Portuguesa.

Alguns índios eram presos em buracos usados como fossas sanitárias. Outros em uma estreita caixa de madeira, com cerca de 2,6 metros quadrados, com um buraco apenas para respirar. Em alguns casos, os desobedientes eram obrigados a fazer trabalhos forçados para os fazendeiros das regiões.

Atualmente, o genocídio indígena perdura pelo desrespeito às demarcações de terra, além de ataques as comunidades indígenas, principalmente por parte de fazendeiros, de garimpeiros, entre outros, e também pela falta de recursos para lidar com doenças como a Covid-19.

Pois se a demarcação de uma terra tradicionalmente ocupada, é condição sem a qual esta comunidade não pode sobreviver física e culturalmente, e se índios são grupos étnicos, a questão se projeta para outra dimensão e de altíssima gravidade, eis que se trata de inviabilizar a vida de um povo e isso se chama GENOCÍDIO.

A principal razão para o despovoamento foram doenças como a varíola, que avançaram muito trazidas involuntariamente pelos europeus. O genocídio persiste na era moderna com a contínua destruição de povos indígenas da região amazônica.

A resistência indígena se dava pelas fugas dos aldeamentos missionários e de outros tipos de cativeiro, pela defesa das aldeias contra os Bandeirantes, por ataques a vilas e fazendas, pela colaboração com o europeu, bem como pelo suicídio quando presos.

Outro fator bastante importante, se não o mais importante, na substituição de mão-de-obra indígena pela africana, era a necessidade de uma melhor organização da produção açucareira, que assumia um papel cada vez mais importante na economia colonial.

Um escravo de origem africana, do sexo masculino, com essas mesmas características etárias, era orçado em 110$000 réis e do sexo feminino em 85$000 réis. No conjunto da capitania, naquele ano, um escravo valia, em média, 82$000 se fosse homem e 67$000 se fosse mulher (BERGAD, 2004, p. 357).

Extermínio dos povos indígenas
No primeiro século de contato, 90% dos indígenas foram exterminados, principalmente por meio de doenças trazidas pelos colonizadores, como a gripe, o sarampo e a varíola.

A atuação dos jesuítas contra a escravização dos indígenas criou diversos conflitos com colonos interessados nessa atividade. A pressão dos jesuítas para que a Coroa portuguesa proibisse a escravização indígena resultou em leis que determinaram a proibição da escravização indígena em 1570, 1587, 1595 e 1609.