Por que os europeus tratavam os indígenas de uma forma fantasiosa?

Perguntado por: asilveira7 . Última atualização: 29 de abril de 2023
4.6 / 5 9 votos

Os europeus frequentemente retratavam os povos indígenas do Brasil de maneira fantasiosa por preconceito ou por ignorância, tendo este retrato variado de uma visão dos povos nativos como sociedades "exóticas", que eram irreais, até o retrato dos povos nativos como "selvagens".

Quando os portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar muitos indígenas ou a utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho. Interessados nas terras, os portugueses usaram a violência contra os índios.

Debret historiador e pintor, p. 40. Índios aldeados e índios considerados selvagens compunham a diversidade das populações indígenas presentes na América portuguesa, porém a barreira entre elas era muito menor do que se supunha e se apregoava, conforme a ideologia e a política indigenista, então vigentes.

Os índios eram vistos como seres inferiores, que necessitavam da conversão ao catolicismo para que suas almas não fossem condenadas. Por isso, as práticas religiosas realizadas pelas tribos antes da chegada dos portugueses foram abolidas pelos padres jesuítas.

A postura predatória tomada pelos colonizadores e a visão bestializante e desvalorizadora do indígena obedeceram, no século XVI à tendência eurocêntrica que enxergava a América reduzindo-a a visão do continente sem passado, e seus homens, como homens sem cultura.

Resposta. a) Os os indigenas são representados no mapa nus e de formas diferentes em duas diferentes regiões, o que revela que os portugueses compreendiam alguma diferença cultural entre os narrativos.

Os povos indígenas são geralmente representados carregando troncos de sequoias (provavelmente o pau-brasil), ou com arcos e flechas em sua posse.

Resposta. Por que eles tinham, a cultura e os costumes diferentes dos europeus, então quando foram colonizados era sim estranhos esses novos costumes e jeitos.

Com a chegada da primeira leva de europeus, logo no primeiro século, a população indígena foi reduzida a quatro milhões, com as doenças e o extermínio. Atualmente, no Brasil, são cerca de 450 mil indígenas distribuídos por todo o território brasileiro.

Outro termo muito comum para chamar os brancos é caraíba, karaíba ou kajaíba. Na região do Xingu, no Mato Grosso, diversos povos diferentes, como os Mehinako, os Kuikuro, os Kalapalo e os Kawaiwete, usam variações dessa palavra.

Um dos costumes locais que provocaram conflitos entre indígenas e europeus era a homossexualidade. Ainda que atualmente grupos de lideranças indígenas evangélicas neguem, a prática era aceita pelos nativos com os quais os europeus tiveram contato nos séculos 16 e 17.

No senso comum os índios são geralmente associados à indolência e preguiça, imagem construída pelas frentes colonizadoras diante da recusa destas populações em ocupar a posição de escravos ou subalternos.

Segundo o escritor Guarani Olívio Jekupé: “a gente sofre preconceito porque a sociedade sempre vê o índio como aquele primitivo que não vai crescer, e quando o índio mostra o seu talento, aí vem o preconceito, o racismo.

Caminha descreve os nativos: “eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas”. Mas estavam armados: “nas mãos traziam arcos com suas setas”. Segue uma troca de objetos, o que já revela estranhamento mútuo.

Os índios e os portugueses: o encontro de duas culturas. Durante os primeiros anos do descobrimento, os nativos foram tratados "como parceiros comerciais", uma vez que os interesses portugueses voltavam-se ao comércio do pau-brasil, realizado na base do escambo.

Os indígenas foram inicialmente entendidos e retratados pelos europeus como seres exóticos e primitivos. Caracterizá-los como inferiores justificava e facilitava os propósitos coloniais. A destruição da história dos indígenas pelos colonizadores era e é essencial para a dominação desse povo.

Os indígenas da época colonial foram retratados na visão eurocêntrica pelos primeiros habitantes europeus que chegaram no Brasil, como habitantes inocentes, ingênuos, ora dóceis e ora selva- gens, sendo passivos a catequização.