Por que os escravos eram escolhidos pelos dentes?

Perguntado por: asalazar6 . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Olhavam também os dentes, os olhos, os ouvidos e solicitavam que os escravos saltassem e girassem para constatar suas condições de saúde. Além dessas observações, os compradores examinavam as partes íntimas dos escravos a fim de constatar alguma doença.

As fazendas da Companhia de Jesus eram tocadas por escravos, porque não havia outra mão de obra disponível. Os jesuítas mantinham escravos como poupança, que ia sendo consumida conforme a necessidade, isto é, escravos eram vendidos para pagar despesas da Igreja.

Os africanos eram tratados como se fossem um único povo, cuja cultura era considerada "inferior". Por isso eram obrigados a trabalhar em situações degradantes, vivendo de forma precária, sendo punidos com violência caso não cumprissem as ordens que lhes eram dadas.

“No Brasil antigo – já que era considerado falta de respeito o escravo permanecer de pés calçados diante de pessoas tidas como superiores -, uma das caracterizações externas da condição escrava eram os pés descalços. Assim, os sapatos eram, para os negros, o símbolo de sua libertação e de seu nivelamento aos brancos.

As primeiras pessoas a serem escravizadas na colônia foram os indígenas. Posteriormente, negros africanos seriam capturados em possessões portuguesas como Angola e Moçambique, e regiões como o Reino do Daomé, e trazidos à força ao Brasil para serem escravizados.

Essa é a Dona Maria do Carmo Gerônimo, a última escrava do Brasil. Ela nasceu em Carmos de Minas, a 5 de Março de 1871, poucos meses antes da aprovação da Lei do Ventre Livre, e morreu em 14 de Junho de 2000, aos 129 anos de idade.

19 anos

Ao analisar dados de diversas fontes, Schwartz [*13] mostrou que no Brasil do último quarto do século XIX a expectativa de vida dos escravos, ao nascer, variava em torno de 19 anos.

Quarenta e seis centavos de real: este é o preço de uma pessoa escravizada no Brasil, proporcionalmente.

No caso das escravas, a violência ganhava outra dimensão, pois além de tudo que sofriam em relação ao trabalho, ainda eram vítimas de estupros frequentes praticados por seus senhores e feitores.

Com a mão de obra escrava sendo utilizada em larga escala, foram os cativos apelidados de "tigres" os responsáveis pelo recolhimento e despejo da urina e fezes de muitos moradores das cidades durante cerca de 300 anos.

A escravidão era exemplo de subordinação completa de um indivíduo a outro, da negação da autonomia jurídica pessoal. Os hebreus provavelmente foram o primeiro povo a considerar Deus como um nobre senhor que podia ajudar e orientar seus “escravos”, ou seja, os próprios hebreus.

ESCRAVIDÃO, ESCRAVO NEGRO: a chamada "escravidão moderna, ou escravidão negra" começou com o tráfico africano no século XV, por iniciativa dos portugueses (em 1444, estes começam a adquirir escravos negros no Sudão), com a exploração da costa da África e a colonização das Américas.

Brasil

O Brasil utilizou-se do trabalho escravo desde o início da sua colonização e foi o último país a abolir o regime escravocrata. Isso só aconteceu no século XIX, após o imperador D. Pedro II não resistir mais à pressão da Inglaterra, de outros países europeus e da sociedade brasileira da época para libertar os negros.

Está associada não tanto à estabilidade quanto ao movimento. Pés descalços, por tradição, indicam humildade e símbolo de lamentação”. A ligação dos pés à terra é vista não só como lamuria, mas sinal de reverência e adoração.

A relação de escravos fugidos com marcas de tortura e castigo percorre todo o período da escravidão e era um mecanismo da classe senhorial para manter o cativo em estado de absoluta sujeição e obediência, sem o que o trabalho escravo não conseguiria se manter por muito tempo”.

Algumas formas eram: formação de quilombos, fugas ou suicídios, magia, assassinatos e sequestros de senhores, paralisações, sabotagens e roubos. Também havia a capoeira, que era considerada uma forma de resistência, diferente do fenômeno urbano do século 19.

Os indígenas foram a principal mão de obra dos portugueses até meados do século XVII, quando, de fato, os escravos africanos começaram a tornar-se a maioria desse tipo de trabalhador no Brasil.