Por que os colonos entraram em conflito com os índios?

Perguntado por: nguedes4 . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Os primeiros anos da colonização efetiva do Brasil, a partir de 1530, expuseram conflitos entre a Igreja e os colonos portugueses. Os colonos queriam escravizar os índios para trabalharem nas plantações de cana-de-açúcar, enquanto os religiosos aproximaram-se deles para catequizá-los.

No início da colonização da América, portugueses e espanhóis tentaram escravizar os índios para trabalhar na agricultura ou na extração de metais preciosos. Os jesuítas eram contra e, no Brasil, levaram os índios do litoral para regiões mais afastadas, quase próximas à fronteira do domínio espanhol.

Com o passar do tempo, e ante a necessidade crescente de mão de obra dos senhores de engenho, essa relação sofreu alterações. Com a instalação do governo-geral, em 1549, intensificou-se a escravidão dos indígenas nas diversas atividades desenvolvidas na colônia, gerando constantes conflitos.

Conflitos relacionados a disputas pela posse, ocupação e exploração da terra são a principal causa da violência praticada contra populações indígenas e comunidades tradicionais no Brasil na última década.

Nessas capitanias os colonos conseguiam escravos índios roubando-os de tribos que os tinham aprisionado em suas guerras e, também, atacando as próprias tribos aliadas. Essas incursões às tribos, conhecidas como "saltos", foram consideradas ilegais, tanto pelos jesuítas como pela Coroa.

Com a chegada da primeira leva de europeus, logo no primeiro século, a população indígena foi reduzida a quatro milhões, com as doenças e o extermínio. Atualmente, no Brasil, são cerca de 450 mil indígenas distribuídos por todo o território brasileiro.

Interessados nas terras, os portugueses usaram a violência contra os índios. Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento violento seguiu-se por séculos, resultando no pequeno número de índios de hoje.

De fato, segundo as pesquisas da University College London (UCL), a colonização exterminou quase 90% da população em um século, ou seja, cerca de 56 milhões de indígenas.

No início, as relações entre colonos e índios eram um misto de cooperação e conflito. Por um lado, havia o exemplo das relações harmoniosas que prevaleceram durante o primeiro meio século de existência da Pensilvânia.

pelo menos trinta vezes em um dia. Quem não cumprir essa regra leva punição. A punição é não fazer amor por dez anos, entendeu?

Segundo os cronistas da época, os indígenas consideravam os europeus, amigos ou inimigos, conforme fossem tratados: amistosamente ou com hostilidade. Com o passar do tempo, e ante a necessidade crescente de mão-de-obra dos senhores de engenho, essa relação sofreu alterações.

Os colonos queriam escravizar os índios para trabalharem nas plantações de cana-de-açúcar, enquanto os religiosos aproximaram-se deles para catequizá-los. Os índios eram vistos como seres inferiores, que necessitavam da conversão ao catolicismo para que suas almas não fossem condenadas.

Violência, extermínio e submissão. Ainda hoje vigora a narrativa de que o primeiro contato entre portugueses e indígenas foi assim.

A presença dos colonos indicava a libertação do nativo da barbárie, a sua transformação em seres mais evoluídos, ao ensinar-lhes a modernidade, preenchendo- lhes o seu mundo “vazio” com os saberes da civilização. Seria esse um dos principais objetivos da missão colonial.

stress; uso ou abuso de autoridade, como a familiar ou a hierárquica nas empresas; falta de cooperação, engajamento ou motivação; altas expectativas e baixa performance.

Frustração, estresse e esgotamento
Quando as pessoas ficam frustradas ou estressadas são mais irritáveis e mais propensas a criar conflitos do que em outros momentos.

Nesse cenário, que inclui assassinatos, tentativas de assassinato, ameaças, agressões, tortura e prisões, povos tradicionais despontam como as principais vítimas. Em 2022, 38% das 47 pessoas assassinadas no campo eram indígenas, o que totaliza 18 casos.

As principais eram provar que os índios em questão eram bravios, não aceitavam a catequização, atacavam os colonos e eram antropófagos. A estes deveria ser decretada a Guerra Justa.

A pressão dos jesuítas para que a Coroa portuguesa proibisse a escravização indígena resultou em leis que determinaram a proibição da escravização indígena em 1570, 1587, 1595 e 1609. Essas leis defendiam que somente em caso de “guerra justa” é que os indígenas poderiam ser escravizados.