Por que o PIB em 2015 caiu?

Perguntado por: ypereira . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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A queda do PIB também sofreu influência do resultado negativo dos investimentos. A retração na formação bruta de capital fixo (que são os investimentos em produção), de 14,1%, foi atribuída principalmente à queda da produção interna e da importação de bens de capital.

A crise econômica brasileira de 2014, também conhecida como a recessão de 2015/2016 crise político-econômica ou a grande recessão brasileira, teve início em 2014, embora só fosse claramente percebida nos anos seguintes. O produto interno bruto (PIB) do país caiu 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016.

De acordo com o IBGE, esse resultado negativo pode ser explicado, principalmente, pela queda da produção interna e da importação de bens de capital. Nesse cenário, a taxa de investimento no ano de 2016 caiu para 16,4% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (18,1%).

Agropecuária despenca e puxa PIB
Apesar da alta nos serviços, que respondem por mais de 70% do PIB, o que puxou a queda da economia foi a agropecuária, que encolheu 8% em relação ao segundo trimestre e 9% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.

A crise de 2014/2017 da economia brasileira teve como origem uma série de choques de oferta e demanda, na maior parte ocasionados por erros de políticas públicas que reduziram a capacidade de crescimento da economia brasileira e geraram um custo fiscal elevado.

As principais causas dessa recessão foram o fim da era das commodities e a crise política e fiscal que o pais enfrentou.

O PIB em 2015 totalizou R$ 5.904,33 bilhões, com variação negativa de 3,8%, em termos reais (descontada a inflação), em relação ao PIB de 2014. Essa variação negativa foi a maior da série histórica mais recente, iniciada pelo IBGE em 1996.

Em valores correntes, o PIB fechou o ano passado em R$ 5,904 trilhões. A retração da economia em 2015 reflete retrações em praticamente todos os setores da economia, com destaque para Formação Bruta de Capital Fixo (investimento em bens de capital), com queda de 14,1%.

O maior crescimento da economia do país aconteceu no ano de 2010, quando houve crescimento de 7,5% com relação ao ano anterior. Veja também: O que é IDH?

Milagre econômico (1969–1973)
Entre 1969 e 1973, o Brasil viveu o chamado Milagre Econômico, quando um crescimento acelerado da indústria gerou empregos e aumentou a renda de muitos trabalhadores. Houve, porém, ampliação da concentração de renda.

A crise econômica do Brasil começou por volta de 2014. Para alguns analistas, o país só deve sair da recessão em 2020.

Dilma Rousseff tomou posse do cargo de Presidente da República para o seu segundo mandato no dia 1 de janeiro de 2015, em sessão solene na Câmara dos Deputados, com a presença do presidente do Senado, Renan Calheiros, do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

Entretanto, as primeiras simulações para o ranking de 2015, a partir da atual realidade da nova ordem econômica mundial, revelam que o Brasil será superado pela Índia e cairá para a 8ª posição.

Durante o governo de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia Paulo Guedes (2019-2022), o Brasil cresceu 1,5% ao ano, taxa inferior à registrada nos governos de FH, Lula e no primeiro mandato de Dilma.

Em 2016, o Brasil enfrentava sua pior recessão. Pela primeira vez na história, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou durante 11 trimestres seguidos até dezembro de 2016.

Segundo o instituto, a economia do país avançou 1,3% no período. O dado divulgado anteriormente apontava um crescimento da economia brasileira de 1,1% naquele ano. O ano de 2017 foi o primeiro com expansão após a recessão em 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,3%).